O militar e administrador colonial português Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, empenhou-se em tornar efetiva para a coroa a ocupação das terras brasileiras.
Tomé de Sousa |
Tomé de Sousa nasceu em Portugal no século XVI. De origem nobre, era primo de D. Antônio de Ataíde, primeiro conde de Castanheira, e de Martim Afonso de Sousa, íntimos do rei D. João III. Serviu de 1527 a 1532 numa base portuguesa na costa setentrional do Marrocos. Em 1535 comandou, em missão à Índia, a nau Conceição, da armada do capitão-mor Fernando Peres de Andrade. Nessas missões demonstrou a prudência e o tino político que ajudaram a impulsionar sua carreira. Após o fracasso do regime de capitanias hereditárias instituído no Brasil pela coroa, foi nomeado para o governo geral, com sede na Bahia, como autoridade local suprema e representativa do soberano, à qual os donatários estavam sujeitos.
Em 1º de fevereiro de 1549 Tomé de Sousa partiu do Tejo com cinco naus, duas caravelas e um bergantim, além de mil homens, entre colonos, 600 degredados e seis jesuítas liderados pelo padre Manuel da Nóbrega. A esquadra avistou a Bahia em 27 de março do mesmo ano. Dois dias depois, Tomé de Sousa desembarcou junto às ruínas da capela da Vitória, mas no mês seguinte mudou o acampamento para lugar mais alto e protegido. Ali fundou a nova capital, Salvador, solenemente instalada no dia de Todos os Santos. Mandou construir casas cobertas de palha e uma paliçada, logo substituída por muralha de taipa. Dentro do quadrilátero, Nóbrega erigiu a capela de Nossa Senhora da Ajuda, que seria a primeira matriz. Em quatro meses Salvador possuía uma centena de casas e prosperavam a criação de gado oriundo de Cabo Verde e o cultivo de cana-de-açúcar.
Chegada de Tomé de Souza ao Brasil |
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