Após restaurações, galeria conta com 230 obras, cem a mais do que antes do fechamento.
Obras de arte que há mais de um século ajudam a contar a história do Brasil estão expostas no Rio de Janeiro. A maioria das peças foi restaurada e algumas estão sendo vistas pela primeira vez.
Os amplos salões da galeria de arte mais antiga do país ficaram fechados nos últimos três anos. Enquanto o prédio centenário passava por reformas, a maior coleção de arte brasileira do século XIX recebeu os cuidados de uma equipe de restauradores.
Na reabertura do espaço, 230 obras, entre pinturas e esculturas, estão expostas no Museu Nacional de Belas Artes, cem a mais do que antes do fechamento, incluindo tesouros que não eram mostrados há mais de meio século, como o quadro “Remorso de Judas”, premiado em um concurso de 1880, em Paris.
O retrato do primeiro padroeiro do Brasil, São Pedro de Alcântara, é inédito. Estava preso a uma placa de madeira, cheia de cupins. Só agora, restaurado, pode ser visto. “A gente conseguiu salvar a obra e isso é muito gratificante”, conta o restaurador Eli Amaral Muniz.
Na galeria, encontram-se obras que estão nas páginas dos livros didáticos. São clássicos da arte brasileira, como “Batalha do Avaí”, de Pedro Américo, uma pintura monumental, que ocupa uma área de quase 70m².
A coleção tem várias obras que viraram símbolos de fatos históricos. De Victor Meirelles, “A Batalha de Guararapes” e “Primeira Missa”. De Debret, “Chegada de Dona Leopodina ao Brasil” e “Coroação de Dom Pedro I”.
Elas estão ao lado das senhoras e meninas do império, das paisagens perdidas nas hoje grandes cidades do país e também da índia Iracema e do último tamoio.
“Através da obras de arte, nós percebemos os fatos políticos, econômicos e históricos do nosso país. É uma grande alegria estarmos devolvendo estas obras tão bem cuidadas para as futuras gerações”, diz Mônica Xexéo, diretora do Museu Nacional de Belas Artes.
Fonte: www.globo.com/jn
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