" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
sábado, 7 de dezembro de 2013
domingo, 17 de novembro de 2013
sábado, 19 de outubro de 2013
Google presta homenagem ao centenário de Vinícius de Moraes.
O centenário do diplomata, poeta e compositor
carioca Vinícius de Moraes foi lembrado pela equipe do Google Brasil,
que o homenageia com um doodle em sua página inicial neste sábado.
Nascido em 19 de outubro de 1913 na Gávea, Marcus Vinícius
da Cruz de Melo Moraes, o Poetinha, foi também compositor, jornalista,
teatrólogo e diplomata. Ele morreu em 9 de julho de 1980, em sua casa,
no bairro da Gávea, perto do Jardim Botânico, onde nasceu, há 66 anos.
Em comemoração ao centenário, o Google criou desenho de Vinícius
tocando violão, tendo como plano de fundo sua cidade-natal, o Rio de
Janeiro.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Perfil ideológico do eleitor brasileiro.
Pesquisa do Datafolha tenta demonstrar as proporções de eleitores considerados de Direita ou Esquerda no Brasil. O perfil ideológico dos eleitores entrevistados foi elaborado a partir de um questionário adaptado de pesquisas internacionais do gênero.
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Faça o teste aqui: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/10/1357430-faca-o-teste-do-perfil-ideologico-e-descubra-se-voce-e-de-direita-ou-de-esquerda.shtml
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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terça-feira, 15 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
A Guerra e Arte III
Guerra e Paz são dois painéis de, aproximadamente, 14 x 10 m cada um produzidos pelo pintor brasileiro Cândido Portinari, entre 1952 e 1956. Os painéis foram encomendados pelo governo brasileiro para presentear a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, mas antes de partirem, em 1956, foram expostos numa cerimônia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que contou com a presença do então Presidente Juscelino Kubitschek.
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Com 14 metros de altura por 10 de largura, obra monumental de Portinari foi encomendada pelo Governo Brasileiro como um presente à Sede da Organização das Nações Unidas na década de 1950 |
Os primeiros estudos para a obra surgiram em 1952, quando Portinari realizava uma outra encomenda, feita pelo Banco da Bahia, com a temática de retratar a chegada da família real portuguesa à Bahia. Com o auxílio de Enrico Bianco e de Maria Luiza Leão, os painéis Guerra e Paz foram pintados a óleo sobre madeira compensada naval. Enquanto um é uma representação da guerra, o outro representa a paz. Por seu trabalho com os painéis, Portinari foi agraciado em 1956 com o prêmio concedido pela Solomon Guggenheim Foundation de Nova York. Naquela ocasião, o crítico de arte Mario Barata publicou a seguinte nota no Diário de Notícias:
"Nunca, na arte moderna do mundo inteiro, um pintor viu as suas obras substituírem-se aos acorde de Wagner e Verdi, à fantasia dos ballets de Chopin, à majestade das orquestras sinfônicas. Pela primeira vez no século XX, o maior teatro de uma cidade transforma-se em templo da pintura" — Mario Barata
Cinquenta e quatro anos depois, em dezembro de 2010, os painéis deixaram a sede da ONU e retornaram ao Brasil para uma restauração que ocorrerá no Palácio Gustavo Capanema, de fevereiro a maio de 2011, em ateliê aberto ao público. Graças aos esforços do Projeto Portinari, do Governo Federal, através do Ministério da Cultura e do Itamaraty, de instituições internacionais e de empresas estatais e privadas, a obra será exposta no Brasil e no exterior até agosto de 2013, enquanto a sede da ONU sofrerá uma grande reforma.
No retorno ao Brasil, contou com uma exibição franca que foi de 22 de dezembro de 2010 até 6 de janeiro de 2011, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. A exposição foi visitada por mais de 40 mil pessoas.6 Do Rio, os painéis seguiram para São Paulo (Memorial da América Latina) e, após, um itinerário que deve passar pelo Grand Palais, em Paris, pelo Memorial da Paz de Hiroshima, no Japão, pelo Auditório Municipal de Oslo, onde ficarão expostos durante a entrega do Prêmio Nobel da Paz, e pelo Museu de Arte Moderna de Nova York.
Um mundo sem professores...
"O ano é de 2063 D.C - ou seja, daqui a cinquenta anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
– Vovô, por que o mundo está acabando? A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E, no mesmo tom, vem a resposta:
– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.
– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.
– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
– E como foi que eles desapareceram, vovô?
– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação.
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Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de ideias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas.
Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério. Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor.
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Autoria desconhecida
sábado, 5 de outubro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Histórias
Uma crônica sobre o professor de História
O professor de História, no seu primeiro dia de aula, entra e os a
lunos nem percebem, conversando, falando ou jogando no celular. Ele escreve na velha lousa um imenso H, e depois vai desenhando cabeças com bigodes e barbas, enxada, foice. A turma foi prestando atenção, trocando risinhos, e agora espera curiosa. Finalmente ele fala:
– Não vamos estudar aquela História com H, só com heróis e grandes eventos! Vamos estudar a partir da nossa história, daonde e como viemos. Por exemplo, como é seu sobrenome?
– Oliveira.
– Pois é, muitos Oliveiras têm esse nome porque eram imigrantes europeus, fugidos de perseguições religiosas, então adotavam nomes de árvores ou plantas, Oliveira, Pereira, Trigueiro e tantos outros. E o seu sobrenome?
Santos.
– Foi o nome adotado por muitos ex-escravos ou filhos mestiços de fazendeiros com escravas. Você é, como diz o IBGE, pardo, o que não é vergonha nem demérito algum, ao contrário, a maioria do povo brasileiro é pardo. E o seu sobrenome?
– Vicentini.
– Origem italiana. Os italianos, como os espanhóis, alemães, japoneses, vieram para cá para bater enxada, trabalhar nos cafezais quando os escravos foram libertados.
O engraçadinho da turma levanta o braço:
– Meu sobrenome é Silva, professor. Tem mais Silva na lista telefônica que formiga em formigueiro. Daonde eu vim?
– Da selva. Silva é selva, em latim. Foi o nome dado pelos romanos antigos aos que vinham das florestas para morar na cidade, eram os “da selva”. Se a gente pensar que a maioria das pessoas morava no campo há meio século, e depois se mudou em massa para as cidades, a origem do nome até se justifica.
A turma espera em silêncio: aonde ele quer chegar?
– Proponho o seguinte. Vocês conversem com seus pais, avós, tios, para saber dos antepassados. Daonde vieram, por que, trabalharam e viveram onde e como. Cada um contará então a história de sua família, e daí vamos situar essa história familiar na história social. Vamos falar da cafeicultura, por exemplo, depois que alguém falar que seu avô trabalhou com café.
Uma mocinha levanta a mão:
– Não só meu avô, professor, minha avó conta que também trabalhava. Levantava às cinco, fazia café, dava de mamar ao nenê, porque ela diz que sempre tinha um nenê no ombro, outro na barriga e uma criança na barra da saia. Depois de fazer o café e tratar das galinhas, recolher os ovos, tirar leite das vacas e cuidar da horta, ela ia levar marmita pro meu avô e os filhos maiores no cafezal, e ficava lá também batendo enxada até o meio da tarde, quando voltava pra preparar e janta e…
– Bem, só com isso que você contou podemos estudar a cafeicultura e o feminismo, comparando as famílias daquele tempo e de hoje, tantas mudanças. Cada um de vocês, com sua história, vai acender o fogo do conhecimento em cada aula. Eu só vou botar lenha, dar as informações, vocês vão dar vida à História, que aí, sim, vai merecer H maiúsculo! Combinado?
Os alunos aplaudem, entusiasmados, comentam: nossa, massa, uau, professor maneiro!… Saem, e depois ele, saindo, dá com o diretor nervoso:
– Eu ouvi sua aula, professor, aqui ao lado da porta, como faço com todo novato! O senhor tire essas ideias da cabeça, viu? Vai ensinar conforme o programa, começando pelo descobrimento, as três caravelas, a calmaria etc. Entendido? Ora, onde já se viu, História viva… Só por cima do meu cadáver!
O professor novato vai pelo corredor, sentindo-se morrer por dentro. Na sala dos professores, nas paredes estão Tiradentes e o crucifixo de Jesus, dois mártires. Ele chora, perguntam por que, apenas consegue dizer “não é nada, é uma longa História”.
Autor: Domingos Pellegrini
Fonte: Jornal Gazeta do Povo
domingo, 8 de setembro de 2013
Documentário sobre a história da escravidão africana no Brasil
Brasil - Uma história inconveniente
Sinopse: Portugal foi responsável pela maior emigração forçada da história da humanidade. De Angola chegou ao Brasil um número 10 vezes superior de escravos comparado à America do Norte. Este documentário, sobre o passado colonial do Brasil, foi realizado em 2000 por Phil Grabsky, para a BBC/History Channel. Ganhou um Gold Remi Award no Houston International Film Festival em 2001. Uma verdade inconveniente da história de Portugal.
Enquanto todo o mundo conhece a história da escravidão nos EUA, poucas pessoas percebem que o Brasil foi, na verdade, o maior participante do comércio de escravos. Quarenta por cento de todos os escravos que sobreviviam à travessia do Atlântico eram destinados ao Brasil, quando apenas 4% iam para os EUA. Chegou uma época em que a metade da população brasileira era de escravos. O Brasil foi o último país a abolir a escravidão, em 1888. O documentário tem depoimentos dos historiadores João José Reis, Cya Teixeira, Marilene Rosa da Silva; do antropologista Peter Fry e outras pessoas que contam os efeitos de séculos de escravidão no Brasil de hoje. Este é um importante documentário sobre a história dos negros, história africana e estudos latino americanos.
Direção: Phil Grabsky
Áudio: Português/Inglês
Legenda: Português
Duração: 00:46:54
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Sítios arqueológicos de Carangola são afetados por obras do mineroduto de Eike Batista.
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O novo traçado programado pela empresa Anglo e aprovado pelo Ibama (para o Mineroduto ligado ao projeto de instalação do Complexo Portuário do Açu, idealizado pelo empresário Eike Batista) passa por três sítios arqueológicos, conhecidos como Córrego do Maranhão, Toca dos Puris e um recém-descoberto sítio arqueológico que fica no imóvel Fazenda Santa Cruz, no distrito mineiro de Alvorada, todos no município mineiro de Carangola. Segundo o procurador Lucas Moraes, as escavações da Anglo no Córrego do Maranhão já ocasionaram prejuízos irreparáveis aos bens culturais da região. No local, havia uma antiga aldeia Tupi Guarani do ano 400 depois de Cristo, sendo o mais antigo sítio arqueológico dessa natureza na zona da mata mineira, que foi destruído pelas obras da empresa, segundo as investigações do MPF/MG. Pelo crime ambiental, a Anglo foi multada em R$1,2 milhão, que está sendo aplicado na construção do primeiro Centro de Referência em Arqueologia (CRA) no Estado de Minas Gerais.
A Toca dos Purís, que abriga um cemitério indígena do século XVIII, ainda não sofreu a degradação das escavações, assim como o sítio da fazenda Santa Cruz, que começou a ser ocupada pela Anglo na sexta-feira passada ((23). “Na fazenda Santa Cruz, os pesquisadores encontraram restos de cerâmica de origem pré-colombiana, que estão espalhados numa área bastante extensa, que com a trepidação dos maquinários pesados podem ser completamente destruídos”, ressaltou o procurador.
A advogada Carla de Araújo, que representa a família Musse, proprietária do Sítio Santa Cruz, entrou com ação civil no Ministério Público Federal solicitando que as obras da Anglo sejam delimitadas à uma área de 50 metros do sítio arqueológico. As atividade iniciadas no local na semana passada, estão à apenas 25 metros da reserva cultural. “Essa distância não é segura para a preservação do bem recém-descoberto, de acordo com o alerta de arqueólogos que estiveram na fazenda para avaliar a situação. Porém, o IPHAN [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] liberou a mudança proposta da Anglo, diminuindo a distância entre as escavações e o sítio arqueológico”, contou a advogada. Segundo Carla, existe um caminho alternativo na parte detrás da fazenda, que poderia ser utilizada pela empresa. “Isso prova a falta de critério nas atividades da Anglo, que não prisma pela preservação do meio ambiente”, destacou ela.
Reportagem completa: http://migre.me/fWMJb
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A Equipe de pesquisadores do MAEA UFJF realizando uma Campanha de Escavação Arqueológica no sítio Córrego do Maranhão situado no distrito de Alvorada, município de Carangola MG. |
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Lançamento de livro: Os bispos católicos e a ditadura militar brasileira a visão da espionagem
"Este livro é um exemplo marcante da verdadeira revolução que a historiografia sobre o regime militar vem experimentando. Com a abertura de documentos outrora sigilosos produzidos entre 1964 e 1985, novas análises trazem à luz dados que possibilitam análises mais precisas daquele período. Esses documentos nos permitem entender como pensavam os agentes da repressão, que montaram uma teia nacional de espionagem com o propósito de inculpar os críticos da ditadura. Em Os bispos católicos e a ditadura militar brasileira: a visão da espionagem, Paulo César Gomes Bezerra mostra como esta comunidade de informações vigiava um setor específico, os bispos católicos que faziam oposição aos desmandos dos governos militares. Além de trabalhar com documentos inéditos e até recentemente secretos, o autor não adere a explicações simplistas e mostra a complexidade dos atores envolvidos, como os chamados “bispos progressistas” (lembremo-nos de que a Igreja apoiou golpe de 1964). Este trabalho aborda questões delicadas, mas o faz de maneira serena e bem fundamentada – como, aliás, sempre ocorre com os livros destinados a permanecer."
Carlos Fico
"Pesquisando os arquivos da chamada “comunidade de informações”, garimpados por mão segura e olhar aguçado, dialogando com a melhor literatura sobre o assunto, Paulo César Gomes Bezerra reconstitui esta trama complexa – recoberta e dissimulada por grossas camadas de memória -, apanhada em seus meios-tons e matizes diferenciados, tortuosa e contraditória como a vida.
É o que faz deste livro um trabalho de História"
domingo, 18 de agosto de 2013
Saindo da rotina...
Cães são transvestidos como personalidades históricas ou do mundo "Pop". Alguns ficaram realmente semelhantes à personalidade "homenageada".
Jornal O GLOBO disponibiliza seu acervo na internet.
O GLOBO lança acervo digital com 88 anos de História
Site possibilita busca por reportagens, recurso inédito em acervos; internauta poderá navegar pelas páginas do jornal desde sua fundação, ver fotogalerias e compartilhar frases históricas com amigos
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/o-globo-lanca-acervo-digital-com-88-anos-de-historia-9596934#ixzz2cJMIoCD2
sábado, 27 de julho de 2013
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Jaime Pinsky: O pecado original
Pode parecer que há motivos variados e até mesmo conflitantes para as manifestações em todo o Brasil. Errado. Todos os protestos decorrem do indiscutível e inaceitável distanciamento que existe no Brasil entre a nação e o Estado.
A nação, constituída pelos cidadãos concretos, pelas pessoas reais, não reconhece nos poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) seus representantes. "Nós" somos nós e "eles" são eles.
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Mas, como escreveram em seus cartazes Lívia e Ana Paula, desde os primeiros dias, "são 513 anos e 20 centavos". Cabe-nos ler e entender o que elas queriam dizer com isso.
Somos fruto de um pecado original, aquele que criou o Estado brasileiro em 1822 sem que houvesse, de fato, uma nação que o reivindicasse --o contrário do que aconteceu na maioria dos países em que a estrutura jurídico-política surge como decorrência dos anseios de uma nação já constituída (nação aqui definida como o povo com consciência de sua identidade).
Pelo fato de, entre nós, criarmos um Estado com todo seu aparato que não respondia a anseios da população, esta nunca o reconheceu, tratando-o sempre na terceira pessoa do plural.
É verdade que governantes, legisladores e juízes não têm facilitado. Ao assumirem papéis na estrutura jurídico-política, deixam de ser povo e se transformam em "autoridades". Claro que, em qualquer país, há rituais inerentes a funções públicas, mas o exagero entre nós é evidente. Nossos supostos representantes vão muito além de cumprimento de obrigações protocolares: as "autoridades" exigem "respeito" equivalente ao que o Faraó, seus funcionários e sacerdotes exigiam dos súditos.
São automóveis com motoristas à disposição de toda a família, são diárias de viagem superiores ao salário mensal de professores, é o uso de aviões de serviço para conforto pessoal (e até da sogra), é cabeleireiro que cobra cinco salários mínimos por hora de trabalho. Tudo isso às custas dos nossos impostos diretos e indiretos.
Entre nós, ao contrário do que acontece na maioria das democracias, o modo como se exerce o poder distancia os representantes dos representados. Cidadãos brasileiros são percebidos pelos poderosos de plantão (ou os vitalícios, que os há) não como cidadãos, mas como súditos, simples massa de manobra, gente para ser enganada a cada eleição.
Talvez por isso nossos governantes quase não governem: uma vez no poder, dedicam-se a criar as bases de sua permanência (e da corriola, é claro) na função obtida, preparando-se para a próxima eleição. Não querem perder o direito ao uso (e abuso) das vantagens conquistadas. Detestariam voltar a ser apenas parte da nação.
Por outro lado, povo nas ruas pode ser bom, mas substituir a democracia representativa pela direta é inviável em uma sociedade complexa como a nossa. Afinal, não estamos na Grécia clássica, não cabemos todos em uma praça. Precisamos, pois, de representantes. Porém, chegou a hora destes mudarem sua forma de fazer política, criar leis, promover justiça. Temos que melhorar nossa democracia.
Estamos todos de acordo com penas mais severas e sentenças rápidas para os que confundem patrimônio público com o privado. Concordamos também que não tem sentido arrotar prioridade de transporte público e manter um modelo que isenta de impostos os automóveis privados. Não há dúvidas ainda sobre a necessidade de uma ampla reforma política. Mas, antes que o abismo cresça ainda mais, precisamos reaproximar o Estado da nação.
JAIME PINSKY, 74, é historiador e editor, livre- docente pela Universidade de São Paulo, professor titular da Universidade Estadual de Campinas e autor de "Por Que Gostamos de História"
terça-feira, 16 de julho de 2013
Curiosidades sobre a história do papel higiênico.
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1. Antes da invenção do papel higiênico, diversos materiais foram usados com a mesma finalidade: trapos, peles, grama, folhas de coco ou de milho e até alface (?). Na antiguidade, os gregos optavam por pedaços de argila e pedra, enquanto os romanos preferiam esponjas embebidas em água salgada, que eram amarradas a uma vara para facilitar o uso.
2. Os primeiros a criar o papel higiênico semelhante ao que conhecemos hoje foram (adivinhe só?)os chineses! Já no século II a.C. eles inventaram um papel cujo uso principal era o asseio íntimo. Vários séculos mais tarde (por volta do ano de 1500), as folhas de papel higiênico dos chineses mais poderosos chamavam a atenção por sua largura – cerca de 50cmx90cm.
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4. Joseph C. Gayetty foi o primeiro a comercializar o papel higiênico, por volta do ano de 1857. Mais tarde, por volta de 1880, os irmãos Scott começaram a vender o papel enrolado da forma que conhecemos hoje. Na época, era considerada uma afronta aos bons costumes que o papel ficasse exposto nos mercados.
5. Em 1944, uma empresa de produtos higiênicos recebeu uma condecoração do governo norte-americano. O motivo do reconhecimento? Foi “o heroico esforço em abastecer as necessidades dos soldados durante a Segunda Guerra Mundial”. Entenda como quiser.
6. Há registros de que o papel higiênico já teve utilidade estratégica em períodos de guerra: na operação Tempestade no Deserto, na Guerra do Golfo, os tanques americanos contrastavam demais com a areia e não havia tempo para pintar os veículos. A “tática de guerra” foi, então, envolver os tanques em papel higiênico como técnica de camuflagem.
7. O papel higiênico, tal como o conhecemos hoje, já existe há 142 anos. Em 1935 foi lançada uma versão que trazia algumas melhoras, sob o slogan “papel livre de bactérias” – o que nos faz pensar sobre a qualidade do que era comercializado anteriormente. A folha dupla surgiu por volta de 1942.
Fonte: Super Interessante.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Resumo: Primeira Guerra Mundial
Causas do conflito:
A disputa colonial:
buscando novos mercados para a venda de seus produtos, matéria-prima e fontes
de energias baratas, os países industrializados, especialmente Inglaterra,
França, Alemanha e Itália, entravam em choque pela conquista de colônias na África
e na Ásia.
Rivalidade
Anglo-Germânica: cada
um dos grandes países industrializados dificultara a expansão econômica do país
concorrente. Essa briga econômica foi especialmente intensa entre Inglaterra e
Alemanha.
A disputa nacionalista: em diversas regiões da Europa (especialmente na
Península Balcânica) surgiram movimentos nacionalistas que pretendiam agrupar
sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes. O nacionalismo
exaltado provocava um desejo de expansão territorial.
Movimentos nacionalistas: os interesses da Alemanha, Rússia e França.
Entre os principais movimentos nacionalistas que se desenvolveram na Europa no início do século XX, podemos destacar os seguintes:
· Pan-eslavismo:
buscava a união de todos os povos eslavos da Europa oriental. Era liderado pela
Rússia.
· Pangermanismo:
buscava a expansão da Alemanha através dos territórios ocupados por povos
germânicos da Europa central. Era liderado pela Alemanha.
· Revanchismo
francês: visava desforrar a derrota francesa para a Alemanha em 1871
(Guerra Franco-prussiana) e recuperar os territórios da Alsácia-Lorena, cedidos
aos alemães.
A situação conflituosa deu origem à chamada paz armada. Como o risco de guerra era bastante grande, as principais potências trataram de estimular a produção de armas e de fortalecer seus exércitos.
A situação conflituosa deu origem à chamada paz armada. Como o risco de guerra era bastante grande, as principais potências trataram de estimular a produção de armas e de fortalecer seus exércitos.
Corrida armamentista: Os
anos anteriores à eclosão da guerra em 1914 receberam o nome de Paz Armada
porque a indústria bélica aumentou consideravelmente os seus recursos,
produzindo novas tecnologias para a guerra. Além disso, quase todas as nações
europeias adotaram o serviço militar obrigatório, incentivando assim o
sentimento nacionalista e militarista.
A política das alianças:
O clima de tensão internacional levou as grandes
potências a firmar tratados de alianças com certos países. O objetivo desses
tratados era somar forças para enfrentar a potência rival.
A Tríplice Aliança: formada por Alemanha, Império
Austro-húngaro e Itália.
A Tríplice Entente: formada por Inglaterra, França e
Rússia.
A explosão da guerra mundial
Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro e sua esposa Sofia foram assassinados em Sarajevo, capital da Bósnia por Gavrilo Princip, membro da Jovem Bósnia, grupo terrorista que almejava a unificação da "Terra dos Eslavos do Sul" (Iugoslávia). Tal evento serviu como pretexto para o início da Primeira Guerra Mundial. O assassinato desencadeou uma série de eventos e declarações que acionaram o mecanismo mortal da Política de Alianças.
Principais fases: primeira fase (1914/1915) movimentação de tropas e equilíbrio entre as forças rivais; segunda fase (1915/1917) guerra de trincheiras; terceira fase (1917-1918) entrada dos Estados Unidos, ao lado da França e da Inglaterra, e derrota da Alemanha.
Entrada da Itália – A Itália, membro da Tríplice Aliança, manteve-se neutra até que, em 1915, sob promessa de receber territórios austríacos, entro na guerra ao lado de franceses e ingleses.
Saída da Rússia –
Com o triunfo da Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques estabeleceram-se
no poder, foi assinado um acordo com a Alemanha para oficializar sua retirada
do grande conflito. Este acordo chamou-se Tratado de Brest-Litovsk, que impôs
duras condições para a Rússia.
Entrada dos Estados Unidos – Desde
o início da guerra, os Estados Unidos mantiveram-se neutros, apesar de
abastecerem de alimentos e armas os países da Entente. Ameaçados de ter
elevados prejuízos caso a Alemanha vencesse a guerra (empréstimos e dívidas
contraídos por Inglaterra e França dificilmente seriam pagos), e também por medo da Alemanha tornar-se
vitoriosa e assim uma potência difícil de ser combatida, os norte-americanos
decidiram entrar na guerra, usando como pretexto a afundamento de navios que transportavam suprimentos para a
Inglaterra, mas especialmente o afundamento do navio “Lusitânia”, que conduzia
passageiros norte-americanos. A entrada dos Estados Unidos na guerra, com seu
imenso potencial industrial e humano, reforçou o bloco dos Aliados e garantiu a
vitória da Entente sobre os impérios centrais.
Outro episódio
decisivo para a entrada americana foi o telegrama Zimmermann. Tratava-se de uma
mensagem em código do secretário do Exterior Arthur Zimmermann ao embaixador
alemão no México. Zimmermann queria que o México declarasse guerra aos EUA para
pedir os territórios perdidos na guerra mexicano-americana. O telegrama acabou
interceptado e decodificado pela inteligência britânica.
Participação do Brasil –
Os alemães, diante da superioridade naval da Inglaterra, resolveram empreender
uma guerra submarina sem restrições. Na noite de 3 de abril de 1917, o navio
brasileiro “Paraná” foi atacado pelos submarinos alemães perto de Barfleur, na
França. O Brasil, presidido por Wenceslau Brás, rompeu as relações com Berlim e
revogou sua neutralidade na guerra. Novos navios brasileiros foram afundados.
No dia 25 de outubro, quando recebeu a noticia do afundamento do navio “Macau”,
o Brasil declarou guerra à Alemanha. Enviou auxilio à esquadra inglesa no
policiamento do Atlântico e uma missão médica.
Conseqüências da guerra: a) O aparecimento de novas nações; b) Desmembramento do império Austro- Húngaro; c) A hegemonia do militarismo francês, em decorrência do desarmamento alemão; d) A Inglaterra dividiu sua hegemonia marítima com os Estados Unidos; e) O enriquecimento dos Estados Unidos; f) A depreciação do marco alemão, que baixou à milionésima parte do valor, e a baixa do franco e do dólar; g) O surgimento do fascismo na Itália e do Nazismo na Alemanha.
Os "14 Pontos do Presidente Wilson"
Em mensagem enviada ao Congresso americano em 8 de janeiro de 1918, o Presidente Wilson sumariou sua plataforma para a Paz que concebia:
1) "acordos públicos, negociados publicamente", ou seja a abolição da diplomacia secreta; 2) liberdade dos mares; 3) eliminação das barriras econômicas entre as nações; 4) limitação dos armamentos nacionais "ao nível mínimo compatível com a segurança"; 5) ajuste imparcial das pretensões coloniais, tendo em vista os interesses dos povos atingidos por elas; 6) evacuação da Rússia; 7) restauração da independência da Bélgica; 8) restituição da Alsácia e da Lorena à França; 9) reajustamento das fronteiras italianas, "seguindo linhas divisórias de nacionalidade claramente reconhecíveis"; 10) desenvolvimento autônomo dos povos da Áutria-Hungria; 11) restauração da Romênia, da Sérvia e do Montenegro, com acesso ao mar para Sérvia; 12) desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia, sendo os estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo "abertos permanentemente"; 13) uma Polônia independente, "habitada por populações indiscutivelmente polonesas" e com acesso para o mar; e 14) uma Liga das Nações, órgão internacional que evitaria novos conflitos atuando como árbitro nas contendas entre os países.
Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a idéia de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson foram aplicadas, pois o desejo de uma "vendetta" por parte da Inglaterra e principalmente da França prevaleceram sobre as intenções americanas.
O Tratado de Versalhes: conjunto de decisões tomadas no palácio de Versalhes no período de
- Restituir as regiões da Alsácia-Lorena à França.
- Ceder outras regiões à Bélgica, à Tchecoslováquia, à
Dinamarca e à Polônia (corredor polonês).
- Ceder todas as colônias aos países vitoriosos.
- Entregar quase todos seu navios mercantes à França, à
Inglaterra e à Bélgica.
- Pagar uma enorme indenização em dinheiro aos paises vencedores.
- Reduzir o poderio militar de seus exércitos limitados a 100 mil voluntários.
- Pagar uma enorme indenização em dinheiro aos paises vencedores.
- Reduzir o poderio militar de seus exércitos limitados a 100 mil voluntários.
- Foi proibida de possuir aviação militar, submarinos,
artilharia pesada e tanques, e o recrutamento militar foi proibido.
- A província do Sarre (rica em carvão) passaria para o
controle da Liga das Nações por 15 anos
- Reconhecer a independência da Áustria e da Polônia.
- Considerada a grande culpada pela guerra.
A formação da Liga das Nações: em 28 de abril de
A ascensão econômica dos Estados Unidos no pós-guerra: os Estados unidos alcançaram significativo
desenvolvimento econômico através da exportação de produtos industrializados. A
Europa tornou-se dependente dos produtos americanos.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Livro " A Origem das espécies" de Charles Darwin na visão do cartunista Fernando Gonsales.
Esta é uma versão bem-humorada do livro "A Origem das Espécies", de Charles Darwin (1809-1882), criador da teoria da seleção natural, elaborada pelo cartunista brasileiro Fernando Gonsales. Nos quadrinhos, alguns animais conversam com o cientista, questionando as suas ideias.
terça-feira, 18 de junho de 2013
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História
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O X ENPEH elegeu como temática do evento o âmbito de “Políticas e Práticas do Ensino de História”. O objetivo principal desta edição é manter e fomentar a pesquisa na articulação com as políticas e práticas do Ensino de História no Brasil. Destina-se a pesquisadores, professores, alunos de pós-graduação e estudantes que possuem o tema como seu objeto de pesquisa.
Local: Universidade Federal de Sergipe - são Cristovão/SE
Acesse: http://www.xenpeh.com.br/
sábado, 25 de maio de 2013
Entrevista com o escritor carangolense Paulo Mercadante (1923-2013)
PAULO MERCADANTE
1. Nascido em Carangola, Minas Gerais, em 23-06-1923, filho de Xenofonte Mercadante e de Adélia de Freitas Mercadante, nascida Garcia de Freitas. De família de humanistas e músicos da Itália meridional, (da qual fez parte o compositor Savério Mercadante), o primeiro, nascido em Campos, RJ, era advogado, tendo integrado em 1946, a bancada do Partido Social Democrático na Constituinte mineira; a segunda, natural de Leopoldina, MG, era filha de imigrante português.
2. Cursou Paulo Mercadante humanidades na cidade natal, fundando, em 1937, com colegas do Ginásio, um jornal semanal - O Ariel. Também foi membro do grupo engajado à esquerda, então na ilegalidade em razão do movimento insurrecional de 1935. Após o serviço militar, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde, feitos os preparatórios, prestou exame vestibular à Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Foi, de 1945 a 1946, Presidente do Centro Acadêmico Luís Carpenter, delegado junto ao Congresso da UNE, participando ativamente dos movimentos universitários pela anistia, convocação de Constituinte e pela abertura democrática.
3. Admitido no Ministério da Aeronáutica, por concurso, como tradutor de inglês e alemão, foi incorporado, após convocação do Exército, aos serviços de guerra, permanecendo na base aérea do Galeão, como intérprete e tradutor, onde também desempenhou na Fábrica de Aviões atividades técnicas ligadas à conversão de tecnologia de aviação alemã à norte-americana. Seria mais tarde condecorado pelo Ministério da Aeronáutica por destacados serviços prestados ao País.
4. Licenciado, dedicou-se após o final do conflito, ao magistério, lecionando até 1951, várias disciplinas, inclusivamente Filosofia. Dois anos mais tarde casou-se com Ana Elisa Viana Mercadante, nascida Lichtenfels Viana, médica psicanalista, vindo a ter o casal dois filhos e uma filha.
5. Entregou-se no Rio de Janeiro à atividade profissional de advogado nos ramos civil e comercial. Retomou as pesquisas, iniciadas em sua puberdade, sobre a Mata Mineira, a comunidade natal e a região fluminense, percorrendo-as todas. Os resultados traduziram-se em dois livros e um ensaio, este último servindo de Introdução às Fazendas Fluminenses de Café, editada pela Nova Fronteira.
6. Nos anos sessenta tomou parte em diversos grupos de estudos, visando ao aperfeiçoamento de sua base científica, publicando, ainda, em colaboração com Antônio Paim, em edição oficial do Ministério da Educação e do Instituto Nacional do Livro, os Estudos de Filosofia, de Tobias Barreto. Em 1990 viam ambos realizados os seus objetivos, graças à colaboração de Luiz Antônio Barreto, com a publicação em dez volumes, em edição do Ministério da Cultura e do Governo de Sergipe, das obras completas do pensador Tobias Barreto. Ingressando no Instituto Brasileiro de Filosofia, dá início a sua colaboração na Revista Brasileira de Filosofia. Também publica em 1965 o seu livro mais conhecido - A Consciência Conservadora no Brasil - sobre a formação histórica nacional.
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