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terça-feira, 1 de junho de 2021

Conhecimento ancestral

Comunidade quilombola preserva farmácia centenária com plantas do Cerrado...

Aline Takashima

Colaboração para Ecoa, em Florianópolis (SC)

01/06/2021 06h00

Lucely Morais Pio tinha 5 anos quando acompanhou a sua avó Maria Bárbara de Morais nas matas do Cerrado pela primeira vez. De mãos dadas, elas identificavam as cascas, as folhas e raízes na savana mais biodiversa do mundo. "As plantas se revelam para nós", sussurrava a avó parteira, benzedeira e raizeira.

Bárbara viveu até os 103 anos e deixou como legado a sabedoria tradicional de plantas que curam. Hoje, aos 57 anos, a neta Lucely ensina e luta pela preservação dos conhecimentos medicinais do seu povo em Goiás, na Comunidade Quilombola do Cedro.

Cada uma das 37 famílias do quilombo possui uma horta com ervas como douradinha, barbatimão e velame-branco. Muitas delas são desconhecidas para quem não é da região. Mas, para a maioria dos 143 moradores da comunidade, são velhas companheiras. Eles sabem quais sementes e cascas aliviam as dores e quais misturas de plantas se transformam em remédios para doenças como sinusite, rinite alérgica e infecções.

Assim como Lucely, os moradores do quilombo aprenderam sobre o poder das plantas com os seus pais e avós. São centenas de anos observando a natureza e compreendendo os princípios de cada planta.

Tudo começou na década de 1880. Naquela época, o tataravô de Lucely, o ex-escravizado Chico Moleque, finalmente conseguiu comprar a sua alforria e da sua família, a esposa Rufina e a filha Benedita.

Eles saíram de Minas Gerais, onde moravam, e se embrenharam nas matas de Goiás. Se instalaram na curva do Rio Verde, em uma área no sudoeste do estado, a 420 km da capital Goiânia (GO). O casal criou os dez filhos e, aos poucos, recebeu outros escravizados que fugiam de fazendas próximas. E, assim, formaram a comunidade quilombola.

Leia mais em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2021/06/01/comunidade-quilombola-preserva-farmacia-centenaria-com-plantas-do-cerrado.htm

Instrumentos usados para medição do tempo

O tempo é uma convenção humana, pelo  menos a forma de contá-lo com certeza foi inventada pelo homem. Durante a História o homem criou variados instrumentos e formas de medir o tempo, utilizando-se desde a sombra que a posição da luz solar emitia em algum objeto na superfície terrestre para se localizar em qual fase do dia ele estava, até o relógio atômico que mede as trocas de energias no interior do átomo, sendo o mais precisa forma de  medir o tempo já criada pela mente humana. Veja alguns instrumentos usados pelo homem através dos tempos para medir o próprio tempo.

O relógio de sol é o mais antigo instrumento de medição do tempo, foi inventado há pelo menos 3.500 anos. Nele, as horas são indicadas pela sombra que o gnômon ( objeto que, pela direção ou comprimento de sua sombra, indica a hora do dia numa superfície horizontal.) faz na superfície do relógio. Essa sombra se move conforme a Terra gira em torno do Sol, mostrando a passagem do tempo.

Ampulheta
O relógio de areia, também conhecido como ampulheta, é um instrumento constituído de dois recipientes em forma de cone que estão interligados por uma pequena passagem. O relógio de areia marca o tempo pela passagem da areia do recipiente de cima para baixo.

Clepsidra
O relógio de água, também é conhecido como clepsidra, é formado por dois recipientes, colocados em níveis diferentes, sendo uma na parte superior, contendo a água, e o outro na parte inferior, com a marcação das horas na parte interna. Por meio de uma abertura no recipiente de cima, o líquido escorre, gradualmente, para o de baixo, ou seja, utilizando-se da força da gravidade. Elas eram utilizadas principalmente durante a noite, quando não era possível se basear no horário pelo sol. A clepsidra mais antiga foi encontrada no Egito. 

Por volta de 1504, Peter Henlein, na cidade de Nuremberga, fabricou o primeiro relógio de bolso, denominado pela forma, tamanho e procedência, de Ovo de Nuremberga.
Relógio de bolso
Era todo de ferro, com corda para quanta horas e precursor da "Mola Espiral", utilizando-se do pêlo de porco; constituía-se de um indicador e de um complexo mecanismo para badalar.
Foi sem dúvida, em muitos países, o acelerador para diversas invenções e melhorias, principalmente na Europa, desenvolvendo-se de maneira vertiginosa à indústria relojeira.


Relógio de pêndulo
O relógio de Pêndulo foi criado no ano de 1656. Utiliza pesos para fornecer a energia necessária para mover os ponteiros. A partir e do século XX, este instrumento foi superado em precisão pelo relógio de quartzo e depois pelo relógio atômico, mas continua a ter certo emprego pelo seu valor estético e artístico. A regularidade no movimento de um pêndulo foi estudada por Galileu Galilei no século XVI, mas a invenção do relógio de pêndulo é atribuída ao holandês Christiaan Huygens.


relógio de pulso foi inventado pela empresa Patek Philippe no fim do século XIX, embora costume-se atribuir, erroneamente, a Santos Dumont os louros da invenção desta modalidade de relógio.
Relógio de pulso
De facto, a Princesa Isabel, então exilada na França, deu-lhe uma medalha de São João Batista. Preocupado que o uso da medalha no pescoço pudesse machucá-lo, Santos Dumont colocou-a no pulso. Então teve a ideia de amarrar um relógio no pulso para controlar melhor os seus tempos de voo  Não se sabe ao certo, mas outro motivo seria que durante os voos, ele teria dificuldade de tirar o relógio do bolso. Santos Dumont encomendou então a seu amigo joalheiro, Louis Cartier, um relógio que ficasse preso ao pulso, para que ele pudesse cronometrar melhor as suas experiências aéreas.
Em março de 1904 Cartier apresentou o que é considerado erroneamente o primeiro relógio de pulso do mundo, batizado de Santos, com pulseira de couro. No entanto, os relógios de pulso já eram conhecidos e usados anteriormente. O que acontecia é que eram adereços essencialmente femininos e eram geralmente feitos sob encomenda. Na verdade, a Santos Dumont coube a popularização do relógio de pulso entre os homens. A Primeira Guerra Mundial foi o marco definitivo no uso do relógio de pulso, já que os soldados precisavam de uma forma prática de saber as horas.
Relógio digital

O relógio digital foi criado mais recentemente, na década de 1970. Para funcionar, o relógio digital utiliza a energia elétrica, geralmente de uma bateria. O relógio digital é pequeno, preciso e relativamente barato, por isso tornou-se popular. Hoje está integrado a outros equipamentos eletrônicos, como aparelho de som, forno de microondas, telefone celular, etc.


Relógio atômico
O Relógio Atômico foi criado em 1955. Seu funcionamento depende das propriedades do átomo. Desde 1967, a definição internacional do tempo baseia-se num relógio atômico, assim como os relógios, satélites e aparelhos de última geração. o Relógio Atômico é o mais preciso de todos que existem atualmente. Ele mede as diminutas trocas de energia do interior dos átomos do metal Césio. Por serem muito regulares, as trocas criam um padrão preciso para medir o tempo. O Relógio Atômico mede as vibrações naturais dos átomos de Césio. Eles vibram mais de 9 bilhões de vezes por segundo, com isso, o Relógio Atômico atrasará poucos segundos a cada 100.000 anos.

Pensantes...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Minas Gerais - 300 anos


Hino popular de Minas Gerais


Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esquece jamais
Oh! Minas Gerais

Tuas Terras que são altaneiras
O seu céu é do puro anil
És bonita oh terra mineira
Esperança do nosso Brasil

Tua lua é a mais prateada
Que ilumina o nosso torrão
És formosa oh terra encantada
És orgulho da nossa nação

Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esquece jamais

Oh! Minas Gerais

Teus regatos a enfeitam de ouro
Os teus rios carreiam diamantes
Que faiscam estrelas de aurora
Entre matas e penhas gigantes

Tuas Montanhas são preitos de ferro
Que se erguem da pátria alcantil
Nos teus ares suspiram serestas
És altar deste imenso Brasil

Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esqueces jamais
Oh! Minas Gerais.


 

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Estátua milenar do deus Hermes é encontrada em esgoto em Atenas

 



Trabalhadores de Atenas, capital da Grécia, encontraram a cabeça de uma estátua de mármore de Hermes, deus grego dos viajantes e mensageiro dos deuses do Olimpo, enquanto escavavam a região para aperfeiçoar o sistema de esgoto local. 

De acordo com o governo, a obra de arte teria sido esculpida entre os séculos IV e III antes de Cristo. Comunicados oficiais afirmam que a obra está em boas condições. 




sábado, 14 de novembro de 2020

Múmias enterradas há 2.500 anos são descobertos no Egito


O Egito revelou neste sábado (14) a descoberta de uma centena de sarcófagos com cerca de 2.500 anos em perfeitas condições, descobertos na necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo, o maior "tesouro" descoberto no país desde o início de 2020. Os caixões de madeira lacrados, revelados durante uma cerimônia, pertenceram a altos funcionários do período superior (entre 700 e 300 aC) e do período ptolomaico (323 a 30 aC).... 

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2020/11/14/egito-anuncia-descoberta-de-mais-de-cem-sarcofagos-intactos-de-25-mil-anos.htm?uol_app=uolnoticias&cmpid=copiaecola&fbclid=IwAR2nTZqtWsF1IJdIbzAfhpq_n7Db69j8nX4t95gZO5ipwY4C-Ha_aSrjQ8c&cmpid=copiaecola

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

domingo, 25 de outubro de 2020

Regras de "como ganhar uma eleição"

No ano de 64 a.C., Marcus Tullius Cícero, advogado; orador; filósofo; escritor e político romano, concorreu ao posto de Cônsul romano, o cargo político mais importante da vida pública romana. Cícero não pertencia à uma família aristocrática  como a maioria daqueles que dirigiam os destinos de Roma, mesmo assim, Cícero é normalmente visto como sendo uma das mentes mais versáteis da Roma antiga. Quintus Tullius, irmão mais novo de Cícero, e também general e político de Roma, produziu algumas recomendações para o seu irmão candidato, esperando assim auxiliá-lo na conquista do almejado cargo. 

Marcus Tullius venceu a eleição, acredita-se que as recomendações de Quintus Tullius  para a campanha de seu irmão podem realmente tê-lo beneficiado no intento da vitória. Mas existe algo inquestionável nestes eventos, a preocupação com a moral e a ética não faziam parte desta carta de conselhos,  ou seja, o político tornaria-se um demagogo (no conceito atual: Quem se comporta de maneira interesseira e ambiciosa, visando a manipulação dos interesses populares, através do discurso. ). Mesmo sendo uma cartilha de instruções para um político de dois milênios atrás, as recomendações de Quintus Tullius parecem  ser um livro de cabeceira dos nossos políticos contemporâneos, assim como foi daqueles que já se foram e provavelmente como será daqueles que virão, ou de pelo menos da maioria deles. 

Podendo ser encontrada no livro "Como ganhar uma eleição", segue abaixo uma pequena mas expressiva, pragmática e atemporal lista de conselhos práticos para administrar uma campanha e vencer uma eleição. Recomendado para "políticos profissionais" e para aqueles que observam e acompanham a vida política de nossa sociedade, que na verdade deveria ser para todos os cidadãos.  

 Assegure-se de que você conta com o apoio de sua família e dos amigos.
A lealdade começa em casa. Se sua esposa e filhos não estão ao seu lado, não somente você terá muita dificuldade de vencer mas isso parecerá ruim aos eleitores. Os rumores mais destrutivos sobre um candidato começam entre os mais próximos dele. 

Fique rodeado de pessoas certas.
Crie uma assessoria talentosa na qual possa confiar. Você não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Assim, escolha aqueles que possam representá-lo como se eles estivessem tentando ser eleitos por eles mesmos. 

Cobre todos os favores.
É hora de gentilmente (ou não) lembrar a todos os que você ajudou que lhe devem um favor. Se alguém não lhe dever nada, lembre-lhe de que seu apoio agora vai colocar você em dívida para com ele no futuro. E, como candidato eleito, você estará bem colocado para ajudá-lo quando ele precisar. 

Construa uma grande base de apoio.
Apele primariamente aos tradicionais agentes do poder, tanto no senado como na comunidade empresarial rica – uma tarefa nada fácil, dado que tais grupos geralmente estão em briga entre si. Se você for alguém de fora no jogo político, avance mais e prevaleça sobre os interesses particulares dos vários grupos, das organizações locais e das populações rurais ignoradas pelos outros candidatos. Eleitores jovens devem ser igualmente cortejados, junto com qualquer um que possa ser utilizado. 
Mesmo pessoas não muito recomendáveis devem se tornar amigas mais próximas durante a campanha, desde que possam ajudá-lo a ser eleito. Restringir a base de apoio garante o fracasso. 

Prometa tudo para todos. 
Exceto nos casos mais extremos, o candidato deve dizer tudo aquilo que as massas queiram ouvir naquele dia. Diga aos tradicionalistas que você tem consistentemente apoiado seus valores. Diga aos progressistas que você sempre esteve ao seu lado. Depois da eleição, você pode explicar a cada um que você adoraria ajudá-lo, mas que infelizmente surgiram fatores fora do seu controle. Os eleitores ficarão muito mais zangados se você não fizer as promessas que eles querem ouvir, do que se depois você recuar e não cumpri-las. 

A habilidade na comunicação é a chave do sucesso. 
Na Roma antiga, a arte de falar em público era estudada cuidadosamente por todos aqueles que aspirassem uma carreira política. Na mídia de hoje, um comunicador ruim tem poucas chances de vencer uma eleição. 

Não se afaste do eleitor. 
Fique pressionando os eleitores o tempo todo, sem descanso. Não existem ausências para candidatos decididos. Deixe para tirar férias depois da vitória. 

Conheça as fraquezas dos seus opositores – e as explore.
Todos os candidatos devem fazer um inventário honesto das vulnerabilidades e forças de seus rivais. Os vitoriosos distraem os eleitores sobre qualquer aspecto positivo de seus oponentes, enfatizando os negativos. Rumores de corrupção são o alimento básico. Escândalos sexuais são ainda melhores. 

Bajule os eleitores desavergonhadamente.
Agite os eleitores. Olhe-os de frente, dê um tapinha nas costas e diga-lhes que são importantes. Faça com que acreditem que você está verdadeiramente preocupado com eles. 

Dê esperanças aos eleitores.
Mesmo os eleitores mais cínicos precisam acreditar em alguém. Dê ao povo uma sensação de que você pode tornar o mundo melhor e que ele se tornará seu mais devotado seguidor – pelo menos até terminar a eleição, quando então você inevitavelmente o deixará para trás. Mas então isso não mais importará, porque você já terá vencido.

Acesse também: http://migre.me/lqSN1

Baseado no Livro: "How to Win an Election – An Ancient Guide for Modern Politicians" - Tradução de Philip Freeman, Princepton University Press  

Veja também:

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