"Aos 12 anos, Alexandre iniciou um dos principais relacionamentos de sua vida, com um cavalo. O amigo Demarato ofereceu a Felipe um enorme garanhão preto por 13 talentos, mais de três vezes a quantia já paga por um cavalo. Felipe deu ordens para levarem o cavalo, mas o animal empinou e recuou, recusando-se a obedecer. Felipe estava preste a desistir de comprá-lo, quando Alexandre se ofereceu para domar o garanhão. Alexandre segurou-o pelo cabresto, lhe fez uma carícia e o acalmou. Em seguida, montou o cavalo e partiu a galope diante do aplauso geral. Felipe disse orgulhoso que a Macedônia nunca conseguiria reprimir um menino como ele. Ou assim conta a história. Alexandre percebera que o cavalo tinha medo de sua sombra. ao virar sua cabeça em direção ao sol, ele superou o medo do cavalo.
Alexandre batizou-o de Bucéfalo, por causa da "cabeça semelhante à de um boi", com uma marca branca. Bucéfalo foi amigo inseparável de Alexandre e o acompanhou nas campanhas pelo mundo distante. Alexandre montou-o em todas as principais batalhas e ensinou-o a se ajoelhar à sua frente, mesmo com a armadura. Quando as tribos das montanhas perto do Mar Cáspio raptaram o cavalo, a raiva de Alexandre foi tão terrível que elas o devolveram imediatamente.
Alexandre Montou pela última vez em Bucéfalo na batalha contra o rajá indiano Poro em 326 a.C. Logo depois Bucéfalo morreu em razão da idade avançada, talvez com 30 anos. (Os gregos não sabiam calcular a idade de um cavalo pelos dente, um método padrão.) Alexandre homenageou seu adorado garanhão com a fundação da cidade de Bucéfala no norte do atual Paquistão."
Fonte: RODGERS, Nigel - A Extraordinária História de Alexandre, o Grande; São Paulo - 2015 - M. Books do Brasil Editora Ltda.
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