sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Valorização do professor ??????

Piso do magistério será reajustado em 15,85% e subirá para R$ 1.187

Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011 - 17:53
O piso salarial do magistério deve ser reajustado em 15,85%. A correção reflete a variação ocorrida no valor mínimo nacional por aluno no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2010, em relação ao valor de 2009. E eleva a remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais para R$ 1.187,00.

De acordo com o MEC, a nova remuneração está assegurada pela Constituição Federal e deve ser acatada em todo o território nacional pelas redes educacionais públicas, municipais, estaduais e particulares.

Com relação à reivindicação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), de aplicação do reajuste em abril, o MEC observa que o aumento é determinado de acordo com a definição do custo por aluno estabelecido pela Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007 [Lei do Fundeb], no início de cada ano.

O MEC aprova resolução da Comissão Intergovernamental para Financiamento da Educação de Qualidade, que atenua os critérios para permitir a prefeituras e a governos estaduais complementar o orçamento com verbas federais e cumprir a determinação do piso da magistratura. A comissão é integrada também pelo Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

Critérios — Os novos critérios exigidos de estados e municípios para pedido de recursos federais destinados ao cumprimento do piso salarial do magistério abrangem:

  • Aplicar 25% das receitas na manutenção e no desenvolvimento do ensino
  • Preencher o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope)
  • Cumprir o regime de gestão plena dos recursos vinculados para manutenção e desenvolvimento do ensino
  • Dispor de plano de carreira para o magistério, com lei específica
  • Demonstrar cabalmente o impacto da lei do piso nos recursos do estado ou município

Com base nessas comprovações, o MEC, que reserva aproximadamente R$ 1 bilhão do orçamento para apoiar governos e prefeituras, avaliará o esforço dessas administrações na tentativa de pagar o piso salarial dos professores.

Assessoria de Comunicação Social


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Exposição traz fotos inéditas da intimidade da antiga família real


O acervo tem 150 fotografias originais e negativos em vidro de fotógrafos brasileiros e europeus escolhidos pelo imperador.


Uma coleção de fotos da família real no Brasil está permitindo aos brasileiros conhecer a rotina e a intimidade dos integrantes da Corte. As imagens expostas no Rio estavam guardadas há mais de 100 anos.
Dom Pedro II parecia sisudo, mas não era. Aberto a novidades e apaixonado por fotografia, fez um álbum de família junto com a princesa Isabel e seus descendentes.
A pintura a óleo ainda era a principal referencia da Corte, mas Dom Pedro já queria ser fotografado enquanto posava para um pintor em 1865.
Uma exposição apresenta pela primeira vez 150 fotografias originais e negativos em vidro de fotógrafos brasileiros e europeus escolhidos pelo imperador.
O acervo pertence a Dom João de Orleans e Bragança, tetraneto de Pedro II, fotógrafo e também curador da exposição.
“A fotografia na época era parte de um século, o século XIX, de mudanças no mundo. Era você fotografar, você gravar a realidade. Não uma pintura, que pintava de acordo com o olho do pintor e do pintado. E Dom Pedro II quis que o Brasil não perdesse esse trem”, conta o herdeiro.
A imperatriz Teresa Cristina aparece de costas, era uma foto ousada para a realeza naquela época. E era também um registro da disposição dessa família em mostrar o que havia por trás das aparências.
O que se vê são vários momentos da vida privada dessa família, como a princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, trocando afeto com os filhos e o marido. As crianças brincam como em qualquer família. Fotos bem comportadas, mas incomuns para outras Cortes do século XIX.
“Eu acho que aqui há um traço brasileiro, um traço tropical. Você tem uma família imperial que tem um grande despojamento. Transparece em muitos momentos, primeiro a família e, secundariamente, a sua condição de família imperial”, explica o coordenador do Instituto Moreira Salles, Sérgio Burgi.

Quem quer ser professor?

Fonte: www.revistamad.com.br 


Há algumas décadas os professores eram profissionais com grande valorização na sociedade. Os anos passaram e o prestígio caiu.
 
Dados publicados em uma das edições do mês de setembro da revista Época, dão conta de que, no Brasil, apenas 3% dos melhores alunos querem ser professores e que entre os 20% com as piores notas, 16% (cinco vezes mais) ambicionam dar aula.
 
A educadora infantil Mônica Rodrigues Mello, 25 anos, andou contra as estatísticas. Aluna com médias altas e dedicada, aos 16 anos, quando terminou o ensino médio, decidiu seguir o magistério.
 
“Escolhi a profissão pelo prazer de estar com crianças e de poder ensinar e transmitir conhecimento para eles. Foi por gosto mesmo, não pelo salário”, afirma.
 
Hoje o papel do professor é mais complexo do que há algumas décadas e educar é um dos maiores desafios deste profissional, uma vez que exerce funções que vão além da mediação do conhecimento, o que dificulta e lhe traz uma responsabilidade maior e diferente.
 
“Somos um pouquinho de tudo aqui na escola. Mãe, amiga, psicóloga e, por fim, mestre. O papel do professor, especialmente nesta fase em que as crianças estão formando o seu caráter, personalidade e começando a aprender novas coisas, é muito importante. Precisamos oferecer uma base boa aqui, transmitir para eles qualidades e atitudes”, diz.
 
Professor de história há 12 anos, Érico Paes de Campos, 40 anos, seguiu o caminho inverso. Aluno introspectivo e com dificuldades de relacionamentos, estudou Turismo e Hotelaria e atuou por anos na carreira antes de se dedicar à sala de aula. “Foi nesta profissão que aprendi a ter jogo de cintura e perdi a timidez”, conta.
 
Em 1999, quando perdeu o emprego em um hotel de Lages, Érico foi convidado para ser monitor do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), foi quando conheceu a área de atuação dos professores e se apaixonou pela profissão.
 
“Nesta época me encantei em descobrir que as coisas que eu falava eram ouvidas pelas crianças e podiam fazer a diferença em suas escolhas. Hoje, para mim, ser professor é um presente de Deus”, declara o professor.
 
Érico se apaixonou tanto pela profissão, que hoje, além de se dedicar à sala de aula, ministra palestras em escolas públicas e privadas sobre o bullying, problema antigo mas com nome novo e que merece atenção especial dos professores.
 
“A diferença para qualquer situação, é a informação. Devemos informar os alunos, esperando posterior conscientização. Os trabalhos sobre o bullying têm sido muito importantes para mudarmos as atitudes dos alunos”, explica.
 
Tanto para Érico como para Mônica, o papel do professor dentro da sociedade é cada vez mais complexo e a falta de reconhecimento profissional ainda é um desafio a ser enfrentado.
 
“Mesmo com todas as dificuldades, o que me faz acordar todas as manhãs, o que motiva minha vida, é ser professor. Os melhores alunos não se dedicarem à sala de aula como profissionais, isso se deve ao fato de que eles buscam respaldo financeiro e não a realização profissional”, completa.
 
Nova na carreira, Mônica se sente realizada e também admite gostar muito do que faz. “Sempre comento com minhas colegas que se tivesse que trabalhar sábado e domingo, eu viria, porque adoro ficar com ass. A cada dia ensino e aprendo coisas novas com eles, que são muito carinhosos. Isso tudo é muito importante para a minha realização pessoal e profissional”, destaca. criança

Fonte: http://www.clmais.com.br/informacao/9240


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A dura vida dos marinheiros das Grandes Navegações.

Apertados, com mantimentos escassos e mal conservados, os marinheiros enfrentam viagens longas e difíceis
Monstros povoavam as mentes dos marinheiros
das Grandes Navegações.
A vida nos navios que partem para alto-mar é muito dura. Oficiais e marinheiros espremem-se em espaços exíguos, enfrentam os perigos dos mares desconhecidos e padecem de doenças terríveis. A principal causa de mortalidade, além dos naufrágios, é o mal das gengivas, um flagelo das tripulações. Depois de algumas semanas no mar, as gengivas incham e começam a apodrecer, exalando um odor insuportável. Às vezes, é preciso cortar a carne apodrecida antes que o inchaço cubra os dentes e leve o doente à morte – sem conseguir mastigar, os infelizes definham de fome. A tripulação se ressente da falta de alimentos frescos. Os oficiais têm permissão para embarcar animais vivos, como galinhas, cabritos e porcos, mas essa carga geralmente é consumida nos primeiros dias de viagem. A partir daí, a principal comida a bordo são os biscoitos da regra, feitos de farinha de trigo e centeio. Cada tripulante tem direito geralmente a 400 gramas diários de biscoito, a ração básica de sobrevivência no mar.
A má conservação dos alimentos é um problema grave. Armazenada em paióis pouco arejados, quentes e úmidos, a comida apodrece rapidamente. Os navios vivem infestados de ratos, baratas e carunchos. Insetos e vermes disputam com os homens o alimento escasso e comprometem as já precárias condições de higiene. Os temperos fortes são usados para disfarçar o gosto dos alimentos deteriorados. Peixes frescos são uma raridade – além de difíceis de pescar em alto-mar, a tripulação prefere não gastar o pouco alimento disponível como isca de resultados incertos. As refeições são preparadas num fogão a lenha existente no convés e cuidadosamente vigiado para evitar incêndios. À noite e durante as borrascas, os fogões ficam apagados. A água, transportada em grandes tonéis, também apodrece pelo acúmulo de algas e parasitas. Quando ela escasseia, nas longas viagens, o racionamento aumenta e cozinha-se com água do mar. Talvez venham daí as febres e diarréias que atormentam a todos. Essas doenças não só minam o corpo como entorpecem a mente. Suspeita-se que uma diarréia intermitente tenha contribuído para os delírios do grande almirante Cristóvão Colombo, que ultimamente deu até para duvidar que o mundo é redondo, atribuindo-lhe, ao contrário, o formato de uma "teta de mulher", conforme escreveu em arrebatada carta enviada à piedosíssima rainha Isabel de Castela.

Os navios funcionam como organizações militares, com hierarquia e tarefas bem definidas, o que não tem impedido motins e rebeliões. Não é só a marujada ignara que se subleva nos momentos de desespero. Na viagem de volta das Índias, a tripulação da frota de Vasco da Gama estava tão devastada pelas doenças e pela exaustão que até os mestres e pilotos pediram ao almirante que retornasse à terra (numa reação típica de seu temperamento irascível, Gama prendeu os pilotos e assumiu ele mesmo o comando da navegação). A elite da tripulação é composta de representantes da nobreza e profissionais altamente especializados na arte de navegar. O posto mais alto é o do capitão-mor. Depois vêm o mestre e o contramestre, responsáveis pela contratação dos marujos e pela rotina de bordo. O piloto é o comandante das operações náuticas. Deve conhecer a posição do navio o tempo todo, definir seu curso, saber ir e retornar em segurança. O escrivão, representante direto da coroa, encarrega-se de fazer os relatos da viagem e os registros no livro de contabilidade. Agora, com a expansão da empresa das navegações, já começam a ser sistematicamente embarcados os representantes da Igreja. Eles prestam assistência espiritual à tripulação e viajam imbuídos da missão de propagar os ensinamentos cristãos entre os bárbaros e infiéis das novas terras, tarefa na qual até agora têm obtido pouco sucesso.
O restante da tripulação é dividido em três categorias. Os marinheiros são profissionais do mar com experiência em viagens anteriores. Nesse grupo estão os carpinteiros, calafates, tanoeiros, meirinhos, despenseiros, cozinheiros e bombardeiros. Os grumetes são aprendizes de marinheiros, novatos de primeira viagem. Aprendem a içar e recolher as velas, operar as bombas para drenar o navio e outras rotinas náuticas. Os que mostram aptidão são promovidos a marinheiros. Por fim, há os pajens, menores embarcados que servem os oficiais de bordo. Limpam as cabines, arrumam a mesa, servem as refeições e cantam hinos religiosos. Também cabe aos pajens virar a cada meia hora a ampulheta, o relógio de areia que marca as jornadas de trabalho a bordo e o progresso do navio durante a viagem. Os navios levam ainda a gente de guerra, os soldados equipados com os canhões que tanto efeito causam no além-mar.
Só os oficiais têm aposentos próprios. A maioria da tripulação vive esparramada pelo convés e dorme em lugares improvisados. Expostos ao sol, ao frio e à chuva, muitos marinheiros morrem de doenças pulmonares. Não há banheiros. As necessidades são feitas diretamente no mar, com a ajuda de pequenos assentos pendurados sobre a amurada. O uso de urinóis à noite e durante as tempestades aumenta a pestilência a bordo. O responsável pelos raros cuidados com a higiene da tripulação é o barbeiro. Seu estojo é composto de seis navalhas, duas pedras de limar, duas tesouras, dois espelhos, dois pentes, uma bacia de barbear e outra para se lavar. Também inclui apetrechos parar curar feridas e uma farmácia de bordo com ungüentos, óleos aromáticos, purgantes, água destilada e ervas medicinais. A função do barbeiro é tão importante que ele é dos poucos tripulantes com o privilégio de dividir a mesa de jantar com o capitão e o piloto.
 Na longa solidão dos mares, as viagens são intermináveis e tediosas. O jogo de cartas constitui uma das poucas atividades de lazer a bordo, mas é malvisto pelos padres. Embora seja muito pequeno o número dos tripulantes instruídos nas letras, os padres também se opõem à leitura de livros profanos. Em seu lugar, distribuem obras que contam histórias de santos. A atividade religiosa a bordo é intensa. Os padres promovem rezas, ladainhas e representações teatrais de episódios religiosos, como o Mistério da Paixão. A adesão da tripulação é entusiasmada. Desde tempos imemoriais, os marinheiros demonstram grande fervor religioso, quando não superstição pura e simples. Sua profissão de alto risco explica esse apego

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tratado de Tordesilhas

Representação da linha de demarcação do
Tratado de Tordesilhas de 1494.

A ambição expansionista de Portugal e Espanha no século XV trouxe a ameaça de uma guerra, que foi evitada pela assinatura do Tratado de Tordesilhas, primeiro acordo internacional definido por vias diplomáticas. Endossado pela Igreja Católica, o tratado foi rejeitado por outros países.
O Tratado de Tordesilhas estabeleceu que seriam de propriedade de Portugal as terras descobertas e a descobrir situadas a leste de um meridiano, traçado de pólo a pólo, a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde, enquanto as terras situadas a oeste desse meridiano pertenceriam à Espanha. O mesmo se aplicava às terras conquistadas a povos não cristãos e àquelas ainda por conquistar. O acordo foi assinado em 7 de junho de 1494 na cidade espanhola de Arévalo, província de Tordesilhas, entre o rei de Portugal, D. João II, e os Reis Católicos, Isabel e Fernando de Castela e Aragão. Representou o fim oficial de uma longa série de disputas, negociações e bulas papais a respeito da posse das novas terras. O meridiano de Tordesilhas, no entanto, nunca foi de fato demarcado e motivou várias disputas de fronteira.
Antecedentes. Durante o século XV, impulsionados pela crescente necessidade de expansão comercial e pelo desenvolvimento tecnológico, navegadores portugueses e espanhóis lançaram-se à aventura de descobrir novas terras e caminhos marítimos.
Portugal recebeu de Roma várias concessões importantes relativas aos descobrimentos. Assim, em 1454, o papa Nicolau V, a instâncias da coroa portuguesa, concedeu ao rei e a seus sucessores a posse do litoral africano e ilhas dos mares adjacentes. O Tratado de Toledo, assinado em 1480 pelos reis de Castela e por Afonso V, rei de Portugal, e seu filho, D. João, determinava que pertenciam a Castela as ilhas Canárias e, a Portugal, a Guiné e as ilhas achadas ou por achar ao sul das Canárias. Baseado nesse acordo e nas bulas papais, D. João II reivindicou a posse das terras descobertas por Cristóvão Colombo em 1492.
Representação da linha de demarcação proposta
pela Bula Inter Coetera do Papa Alexandre VI.
Os Reis Católicos, inconformados com os privilégios de Portugal, recorreram ao papa para assegurar seus direitos sobre as terras recém-descobertas por navios espanhóis. Pela bula de 4 de maio de 1493, um mês após a chegada de Colombo a Barcelona, o papa Alexandre VI -- espanhol de Valência e inclinado a favorecer os soberanos de Castela -- outorgou à Espanha a posse das novas terras. A bula determinava que seriam de Castela as ilhas descobertas e a descobrir situadas a oeste de um meridiano "situado a cem léguas das ilhas de Açores e de Cabo Verde". Dessa forma, anulavam-se as concessões anteriores a Portugal.
Perdido o monopólio marítimo, D. João II tentou assegurar uma repartição territorial mais conveniente a seus interesses. Para estabelecer negociações diretas, enviou embaixadores aos reis de Castela. Iniciados na cidade de Tordesilhas, os entendimentos foram conduzidos pelo espanhol Ferrer de Blanes e pelo português Duarte Pacheco Pereira. Finalmente foi firmado o acordo, pelo qual os Reis Católicos renunciavam ao disposto pela bula de Alexandre VI e aceitavam uma nova proposta: o deslocamento para oeste da linha meridiana, que passaria a "370 léguas de Cabo Verde, entre os 48o e 49o a oeste de Greenwich". Ratificado em 1506 pelo papa Júlio II, por petição do rei de Portugal D. Manuel I, o Tratado de Tordesilhas vigorou até 1750, quando foi revogado pelo Tratado de Madri.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Museu Nacional de Belas Artes reabre após três anos


Após restaurações, galeria conta com 230 obras, cem a mais do que antes do fechamento.


Obras de arte que há mais de um século ajudam a contar a história do Brasil estão expostas no Rio de Janeiro. A maioria das peças foi restaurada e algumas estão sendo vistas pela primeira vez.
Os amplos salões da galeria de arte mais antiga do país ficaram fechados nos últimos três anos. Enquanto o prédio centenário passava por reformas, a maior coleção de arte brasileira do século XIX recebeu os cuidados de uma equipe de restauradores.
Na reabertura do espaço, 230 obras, entre pinturas e esculturas, estão expostas no Museu Nacional de Belas Artes, cem a mais do que antes do fechamento, incluindo tesouros que não eram mostrados há mais de meio século, como o quadro “Remorso de Judas”, premiado em um concurso de 1880, em Paris.
O retrato do primeiro padroeiro do Brasil, São Pedro de Alcântara, é inédito. Estava preso a uma placa de madeira, cheia de cupins. Só agora, restaurado, pode ser visto. “A gente conseguiu salvar a obra e isso é muito gratificante”, conta o restaurador Eli Amaral Muniz.
Na galeria, encontram-se obras que estão nas páginas dos livros didáticos. São clássicos da arte brasileira, como “Batalha do Avaí”, de Pedro Américo, uma pintura monumental, que ocupa uma área de quase 70m².
A coleção tem várias obras que viraram símbolos de fatos históricos. De Victor Meirelles, “A Batalha de Guararapes” e “Primeira Missa”. De Debret, “Chegada de Dona Leopodina ao Brasil” e “Coroação de Dom Pedro I”.
Elas estão ao lado das senhoras e meninas do império, das paisagens perdidas nas hoje grandes cidades do país e também da índia Iracema e do último tamoio.
“Através da obras de arte, nós percebemos os fatos políticos, econômicos e históricos do nosso país. É uma grande alegria estarmos devolvendo estas obras tão bem cuidadas para as futuras gerações”, diz Mônica Xexéo, diretora do Museu Nacional de Belas Artes.
Fonte: www.globo.com/jn

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Missões artísticas e científicas no Brasil do século XIX.

Desenho de uma "Família de índios Botocudo".
Autor: príncipe Maximilian von Wied-Neuwied.
Muito do que se conhece hoje sobre o passado de nosso país deve-se ao trabalho dos artistas e cientistas que percorreram o Brasil registrando os costumes da população e desenhando animais, plantas e cenas do cotidiano nas chamadas expedições (ou missões) artísticas e científicas. 
Uma das primeiras missões foi liderada pelo príncipe alemão Maximiliano von Wied, entre 1815 e 1817. além de importante legado botânico e linguistico, essa expedição nos deixou um grande acervo etnográfico, tendo registrado diversos aspectos dos índios Puri, Botocudo e Pataxó.
Obra de Nicolas-Antoine Taunay
Já a vida dos escravos e o cotidiano foram retratados pelo artista francês Jean-Baptiste Debret, que chegou ao Rio de Janeiro em 186 integrando a Missão Artística Francesa. Juntamente com ele, vieram na Missão Francesa diversos outros artistas, como o pintor Nicolas-Antoine Taunay.
Obra de Debret
Outra missão importante foi a austríaca, que chegou em 1817, acompanhando a arquiduquesa da Áustria, Maria Leopoldina Habsburgo, casada por procuração com o príncipe dom Pedro (futuro dom Pedro I), filho de don João e dona Carlota Joaquina.
Entre os integrantes da expedição estavam o zoólogo Johann von Spix e o botânico Karl von Martius. Durante três anos eles percorreram mais de 20 mil quilômetros, registrando inúmeras informações sobre a fauna e a flora do Brasil.
A expedição de Langsdorff, por sua vez, foi organizada pelo cônsul da Rússia no Brasil, o barão Georg von Langsdorff. Ela saiu do Rio de Janeiro em 1824 com 34 pessoas e retornou três anos e meio depois. O trabalho desse grupo é considerado um dos tesouros científicos do Brasil. Entre seus artistas destacan-se Adrien Taunay (filho de Niolas-Antonie Taunay) e Hercule Florence. Também fez parte da expedição o pintor Johan Moritz Rugendas, que em 1827 publicou o livro Viagem pitoresca através do Brasil, com ilustrações que mostram a opressão sofrida pelos escravos.

Johann-Moritz Rugendas. Viagem pitoresca através do Brasil. 

Fonte: Ana Maria de Moraes Beluzzo. O Brasil dos viajantes.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Personalidades históricas: Átila o huno

O "flagelo de Deus", considerado o mais bárbaro de todos os bárbaros, devastou durante anos os territórios do decadente Império Romano. Dotado de grande intuição militar, Átila se vangloriava: "A grama não volta a crescer onde pisa meu cavalo."
Retrato anônimo de Átila (provavelmente do século XIX).
Aparece representado como um europeu,
embora seus traços devessem ser de tipo mongólico
 ou centro-asiático.
Não se conhece a data exata do nascimento de Átila. Rei dos hunos desde 434, junto com o irmão Bleda, a primeira ação que se conhece dele foi a assinatura, em Margus, de um tratado de paz com o Império Romano do Oriente.
Em 441, Átila e Bleda assolaram com suas hostes a fronteira do Danúbio e tomaram Singidunum (Belgrado), porque Constantinopla se recusara a pagar os tributos combinados. Depois de um ano de guerra, os bizantinos conseguiram restabelecer a paz, mas os hunos romperam de novo o tratado e voltaram a ocupar e destruir as cidades do Danúbio. Dirigindo-se para Constantinopla, tomaram Filipópolis (Plovdiv), derrotaram as forças do império duas vezes e chegaram a sitiar a capital. Depois da derrota definitiva do exército imperial na península de Galípoli, Constantinopla foi obrigada a aceitar as leoninas condições impostas por Átila.
No ano de 445 Bleda foi assassinado pelo irmão, que assim tornou-se comandante único do exército mais temível da época. Dois anos mais tarde, Átila atacou novamente o império do Oriente, mas há poucas informações sobre essa campanha. As condições de paz estabelecidas em 449 com Teodósio II foram muito favoráveis aos hunos, que aumentaram seus domínios ao sul do Danúbio e continuaram recebendo vultosos tributos do império.
Átila modificou seus objetivos militares em 451, quando invadiu a Gália, com a intenção de ocupar Tolosa (hoje Toulouse), capital do reino visigodo. Ante a ameaça dos hunos, o general romano Aécio pediu ajuda ao rei visigodo Teodorico I. Os dois exércitos se defrontaram em 23 de fevereiro nos campos Catalâunicos. Na encarniçada batalha morreu o rei visigodo, mas os hunos foram derrotados e obrigados a abandonar a Gália.
O encontro de Leão I e Átila, de Rafael, no qual se pode ver São Pedro e São Paulo apoiando o papa do alto em seu encontro com o rei huno.
Desejoso de vingar a derrota, a primeira e única de sua vida, Átila invadiu a península itálica um ano mais tarde e saqueou Pádua, Verona e outras cidades; mas, antes de chegar a Roma, retrocedeu, por causa da epidemia de peste que se abatia sobre a Itália. Segundo a lenda, foram o papa Leão I e os emissários imperiais que o convenceram a desistir do ataque à capital do império do Ocidente. Depois de voltar para seu acampamento da Panônia, em 453, Átila casou-se e morreu na noite das bodas. Seus coveiros foram assassinados, para que nunca revelassem onde tinham sido sepultados seu corpo e seus tesouros.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Roger Fenton e a Guerra da Crimeia

 Estrada de terra coberta por balas de canhão. Uma das mais famosas fotos de Fenton que é conhecida como “O vale da sombra da morte” 


Um dos capítulos mais importantes da história da fotografia mundial é a Guerra da Crimeia (1853-1856). Para o fotojornalismo de guerra, é o primeiro capítulo. O conflito aconteceu na península da Crimeia, na atual Ucrânia, e contrapôs o Império Russo a uma aliança formada por França, Reino Unido, Itália e Turquia (na época, Império Turco-Otomano).

Enviado pelo governo inglês para registrar os acontecimentos, o fotógrafo Roger Fenton (1819-1869) tornou-se autor da primeira cobertura de uma guerra com enfoque jornalístico.

Advogado com vocação artística, Fenton pulou da pintura para a fotografia e se tornou conhecido na Inglaterra vitoriana fotografando, inclusive, para a realeza. Com o agravamento da guerra, ele foi contratado pelo governo para registrar o conflito.

Em pouco mais de três meses no campo de batalha, Fenton pegou cólera, quebrou costelas e sofreu com o calor, que danificou muito o seu material fotográfico, extremamente sensível, transportado numa carroça que servia como laboratório. Ainda assim, produziu cerca de 350 imagens em grande formato.

A cobertura de Fenton não foi imparcial. Sua missão era fazer um registro ameno do conflito, sem sangue ou tragédia – e que obviamente exaltasse o exército britânico. Independentemente disso, suas fotos são um rico documento histórico sobre as circustâncias da guerra, seus personagens, vestimentas e costumes.

Na prática, mesmo se quisesse, Fenton teria problemas para registrar cenas dinâmicas. Tecnicamente, era inviável registrar imagens instantâneas. Os filmes pouco sensíveis e as lentes escuras só permitiam imagens estáticas e de paisagens. Isso explica a predominância de retratos posados, que exigiam que os personagens permanecessem parados por segundos intermináveis para o registro perfeito da fotografia.

As fotos que ilustram este post do Sobre Imagens fazem parte da coleção de 263 fotografias da Biblioteca do Congresso Americano que foram compradas em 1944 da sobrinha do fotógrafo, Francisca M. Fenton.

Alexandre Belém

Fonte: Revista Veja

 Acampamento da Cavalaria – 1855. (Roger Fenton/The Library of Congress)


Oficiais do 90º Regimento de Infantaria – 1855

Oficiais do 13º Regimento – 1855

Veja mais fotos clicando aqui.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Fugindo da Rotina

Bertold Brecht
Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruida,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Sò tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a legendária Atlântida
Na noite em que o mar a engoliu
Viu afogados gritar por seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou as Indias
Sózinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos
Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitòria.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas


Bertold Brecht

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Cotidiano chinês em fotos antigas.

Fotografias antigas e restauradas digitalmente, retratam o cotidiano da antiga China, um país conhecido pelos enormes contrastes, com um crescimento econômico invejável mas com uma gigantesca parcela da população que ainda agoniza com a pobreza e com falta de todo tipo de liberdade.












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