Há 25 anos uma
carangolense torna-se a primeira mulher candidata ao mais alto posto de governo
no Brasil.
Em
2014 “o Brasil comemora 82 anos da conquista do voto feminino. O direito das
mulheres em escolher seus representantes foi garantido em 1932, através do
decreto 21.076 do Código Eleitoral Provisório, após intensa campanha nacional.
Com
a consolidação da participação feminina nas eleições, a mulher passou a
conquistar cada vez mais o seu espaço no cenário político brasileiro. Hoje, há
mulheres em todos os cargos eletivos. Além da Presidência da República, exercem
mandato duas governadoras, 11 senadoras, 45 deputadas federais e 134 deputadas
estaduais.” (Fonte: tre-es)
Neste
ano, as eleições para Presidente da República, pela primeira vez na história,
contará com três mulheres na disputa pelo mais alto cargo do Poder Executivo
nacional: Presidência da República. Sendo elas Dilma Roussef (PT), a qual tenta
a reeleição; a ex-senadora Marina Silva (PSB) e a ex-deputada Luciana Genro (PSol),
segundo as pesquisas de opinião divulgadas pela Imprensa, as duas primeiras
candidatas teriam mais chance de ocupar o cargo de chefe da nação brasileira.
Tal
fato, talvez se torne um pouco mais significativo ao lembrarmos que há 25 anos
o Brasil voltava a eleger um presidente da República pelo voto direto, era a
redemocratização do Brasil, o qual passara por 21 anos em ditadura civil-militar,
onde o povo era privado de escolher os seus governantes, proibido de se
expressar ou criticar o os detentores do poder, assim como vários outros
direitos provenientes de um país democrático também eram restringidos.
A vontade do povo
brasileiro, de escolher seus governantes foi representada pela campanha das “Diretas
já!”, a qual reuniu milhões de pessoas em comícios pelas principais cidades do
país, clamando pela volta das eleições
diretas, mas veio a frustração, Tancredo Neves foi eleito indiretamente Presidente
da República, sucedendo assim o último militar no poder, João Figueiredo. Tancredo
adoeceu e faleceu tempos depois, seu vice era José Sarney, o qual acabou assumindo o governo.
Em 1989 o país volta às urnas
para eleger o Presidente da República, desde
1960 não havia eleições diretas no Brasil, 22 candidatos disputam o pleito, tendo
Fernando Collor de Mello (PRN) eleito após uma disputa de segundo turno com o
candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Collor obteve 35 milhões (53% dos
votos válidos) contra 31 milhões (47 %) de Lula. Em 1992, o presidente sofreu impeachment e o vice,
Itamar Franco, assumiu. Mas, algo que também se destaca nesta eleição é a
candidatura da primeira mulher à presidência da República Federativa do Brasil,
a advogada mineira Lívia Maria Lêdo Pio
de Abreu, do extinto Partido Nacionalista. Entre os 22 candidatos, número
insuperável até hoje, tínhamos uma carangolense, bancária, residente do
Distrito Federal, na disputa pela vaga mais cobiçada no Palácio do Planalto. A
Dra. Lívia ficou em 16º. lugar, com 179.925 votos, o equivalente a 0,25% do
total.
Mesmo não tendo a expressividade das candidatas
ao pleito atual, a candidatura de Lívia Maria marca uma grande conquista
feminina na história do Brasil, a conquista das mulheres poderem ver-se
representadas. Hoje em dia, mesmo com cotas para mulheres nos partidos e na
disputa pelos cargos eletivos, a participação feminina na política ainda é
baixa comparada a outros países. Na comparação com 34 países das Américas,
ocupa o 30º lugar em participação parlamentar.
Principais conquistas das
mulheres na política brasileira
- Em 1932, as mulheres
brasileiras conquistam o direito de participar das eleições como eleitoras e
candidatas.
- Em 1933, Carlota Pereira de
Queirós tornou-se a primeira deputada federal brasileira
- Em 1979, Euníce Michiles
tornou-se a primeira senadora do Brasil.
- Entre 24 de agosto de 1982 e 15
de março de 1985, o Brasil teve a primeira mulher ministra. Foi Esther de
Figueiredo Ferraz, ocupando a pasta da Educação e Cultura.
- Em 1989, ocorre a primeira
candidatura de uma mulher para a presidência da República. A candidata era
Maria Pio de Abreu, do PN (Partido Nacional).
- Em 1995, Roseana Sarney
tornou-se a primeira governadora brasileira.
- Em 31 de outubro de 2010, Dilma
Rousseff (PT) venceu as eleições presidenciais no segundo turno,
tornando-se a primeira mulher presidente da República no Brasil.
Leia também: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/lugar_de_mulher_e_na_praca_publica.html
Leia também: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/lugar_de_mulher_e_na_praca_publica.html
É Carangola na História!
ResponderExcluirParabéns pela postagem bem feita e pertinente, uma vez que nesta eleição uma mulher na presidência da república disputa a eleição com outra mulher pelo cargo.
Obrigado Sylvio! Você está sempre prestigiando o História Pensante, sinta-se em casa.
ResponderExcluir