" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias

segunda-feira, 30 de maio de 2011

3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

Museu Exploratório de Ciências - UNICAMP recebe desta segunda-feira até 9 de agosto, em sua página na internet, as inscrições para a 3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Composta por cinco fases online e uma presencial, a competição envolve professores e alunos na resolução dos problemas propostos, com o objetivo de estimular o conhecimento e o estudo, despertando talentos e aptidões. A primeira fase da competição começa dia 15 de agosto. A fase presencial acontece no dias 15 e 16 de outubro, na Universidade Estadual de Campinas.
          Podem participar estudantes regularmente matriculados no 8º e 9º anos do ensino fundamental e demais séries do ensino médio, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Para orientar a equipe, composta por três estudantes, é obrigatória a participação de um professor de história. A taxa de inscrição é de 20 reais para equipes de escolas públicas e 40 para equipes de escolas particulares.
            Como nas edições anteriores, o Museu custeará com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da empresa Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a vinda de uma equipe de cada estado brasileiro para participar da fase presencial. Após a final da Olimpíada, os professores responsáveis por essas equipes permanecerão na Unicamp para realizar capacitação de uma semana.
           A ONHB premiará escolas, alunos e professores, com medalhas de ouro, prata e bronze e certificados de participação. A escola receberá doação de livros para o acervo da biblioteca e a assinatura da Revista de História da Biblioteca Nacional por um ano.
Sobre
A Olimpíada Nacional em História do Brasil é uma realização do Museu Exploratório de Ciências – UNICAMP, concebida e elaborada por historiadores e professores de história do MC e da universidade. Como proposta, os participantes têm a oportunidade de trabalhar com temas fundamentais da história nacional e de conhecer de perto as práticas e metodologias utilizadas pelos historiadores.
 O evento é patrocinado pelo CNPq e conta com o apoio da Revista de História da Biblioteca Nacional, da Azul Linhas Aéreas Brasileira e da TV Globo.
A 1ª Olimpíada, realizada em 2009, inscreveu mais de 16 mil participantes e reuniu cerca de duas mil pessoas na final presencial realizada na Unicamp, nos dias 12 e 13 de dezembro. No ano passado, a 2ª edição cresceu exponencialmente, tendo grande alcance nacional com mais de 43 mil participantes. A estimativa dos organizadores para 2011 é triplicar a quantidade de participantes.
 
CALENDÁRIO
Inscrições
30/05 a 09/08
Fase 1
15/08
Fase 2
22/08
Fase 3
29/08
Fase 4 
05/09
Fase 5
12/09
Fase 6
15 e 16/10
 
 
 
 
 
 
 
 

Contato:
Camila Delmondes
Assessoria de Imprensa
(019) 3521 1816 / (019) 9281 0354 

Um tour pelos mausoléus comunistas.

O site Atlas Obscura alega fazer compêndios de coisas maravilhosas, curiosas e exóticas. Bem, esse é realmente exótico: um guia dos túmulos de líderes comunistas. Mas se você der uma chance, irá descobrir diversos fatos históricos interessantes e nós selecionamos alguns para você (por lá tem muito mais, só que em inglês):

Lênin – União Soviética 
Editora Globo
O corpo de Lênin embalsamado// Crédito: Reprodução

“O cadáver de Lênin só deixou seu mausoléu na Praça Vermelha em Moscou uma vez. Tirou férias – se assim você quiser – para Tymen, na Sibéria (juntos com seus embalsamadores, que tinham que mantê-lo “fresco”), quando Moscou estava no meio da invasão nazista. Em março de 1945, uma operação soviética chamada “Objeto nº 1” transferiu Lênin da Sibéria de volta para seu mausoléu em Moscou”


Ho Chi Minh – Vietnã 
Editora Globo
O mausoléu de Ho Chi Minh// Crédito: Reprodução

Na verdade, o corpo de Ho está tão bem conservado que gera controvérsias. O consenso geral é que mesmo um corpo perfeitamente embalsamado teria mais marcas de decadência que o corpo do líder vietnamita. Logo após o aniversário de 40 anos de sua morte, o mausoléu foi fechado para “renovação” para que especialistas russos trabalhassem na preservação do corpo. Com isso tudo, as pessoas quem prestavam homenagens diárias a Ho Chi Minh passaram a expressar dúvidas...”


Mao Tsé-Tung - China 
Editora Globo
O corpo de Mao Tsé-Tung embalsamado// Crédito: Reprodução

“Um caixão de cristal era necessário, mas a técnica de construção para uma peça assim era bem guardada pelos soviéticos, inimigos políticos da China. Assim, uma competição para construir o caixão de Mão foi iniciada e cada competidor era forçado a colocar sua testar sua criação por meio de testes de desastres ambientais, incluindo terremotos

“Após sua morte, suas orelhas ficaram em posições engraçadas, seu corpo inchou e os embalsamadores foram forçados a cortar seu terno para que o corpo de Mão não estourasse a roupa.”

Kim Il Sung - Coreia do Norte 
Editora Globo
O mausoléu de Kim Il Sung// Crédito: Reprodução

“Um estrangeiro, que presenciou tudo, relatou que o processo de prestar homenagem a Kim Il Sung em sua data de nascimento foi uma das experiências mais surreais de sua vida. Consiste em uma parada com toda pompa e circunstância que dura metade de um dia e faz um tour completo pelo mausoléu, passando por túneis de vento e rolos de borracha para retirar toda a sujeira dos sapatos, tudo pulsando ao som triste da música Realismo Socialista”
 [ Fonte: Revista Galileu]

domingo, 29 de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Breve história da Tatuagem.


A tatuagem já foi usada para identificar bandidos e enfeitar poderosos; para juntar tribos e afugentar inimigos; para mostrar preferências e esconder imperfeições. O que não mudou quase nada foi a técnica de aplicação de tinta na pele. Passados mais de 4 mil anos, ela ainda é feita por meio de agulhas que perfuram a derme. Perseguida em vários momentos da história, a prática foi banida por decreto papal no século 8 e na Nova York do século 20. Apesar disso, é difícil encontrar quem nunca tenha pensado em fazer uma.


>> Entre 2160 a.C e 1994 a.C.
Múmias de mulheres egípcias, como a Amunet, possuem traços e inscrições na região do abdome

>>> Há mais de 2.400 anos
Múmias encontradas nas montanhas de Altais, na Sibéria, apresentam ombros tatuados com animais, reais e imaginários

>>> Entre 509 aC e 27 aC
Os imperadores romanos determinam que, para não serem confundidos com súditos mais bem afortunados, prisioneiros e escravos sejam tatuados

>>> 787
Sob a alegação de ser coisa do demônio, o papa Adriano I proíbe as pessoas de se tatuarem

>>> Entre os séculos 15 e 17
Durante a invasão da Bósnia e Herzegovina pelos turcos otomanos, os católicos tatuavam cruzes como forma de evitar ter de rezar para Alá

>>> 1600
Com o fim das guerras feudais no Japão, os serviços dos samurais tornaram-se desnecessários. Surge, então, a Yakuza, a máfia japonesa

>>> 1769
Em expedição à Polinésia, o navegador inglês James Cook nota a tradição local de marcar o corpo com tinta. Na língua local, chamam isso de "tatao"

>>> Entre 1831 a 1836
A bordo do HMS Beagle, Charles Darwin registra que a maioria dos povos do planeta conheciam ou utilizavam algum tipo de tatuagem

>>> 1891
O americano Samuel O’Reilly patenteia a máquina de tatuar. Trata-se de uma adaptação de uma invenção de Thomas Edison

>>> 1928
Em Chicago, um caminhão com peles tatuadas é roubado. A coleção pertencia a Masaichi Fukushi, médico japonês que estudava como a tatuagem ajudava a preservar a pele

>>> 1942
Durante a Segunda Guerra, os nazistas tatuavam um número no corpo dos judeus para identificá-los como prisioneiros nos campos de concentração

>>> 1959
Chega ao Brasil o dinamarquês Knud Gegersen, o primeiro tatuador profissional a atuar por aqui

>>> 1961
Depois de um surto de hepatite B, a Secretaria da Saúde de Nova York proíbe a realização de novas tatuagens na cidade

>>> 1999
A empresa de brinquedos Mattel lança a Barbie Butterfly Art, boneca que vinha com uma tatuagem lavável

>>> dezembro de 2009
Ao passar 52 horas tatuando o corpo de Nick Thunberg, o americano Jeremy Brown bateu o recorde mundial de sessão mais longa, que era de 43h50min, estabelecido em 2006

[ Fonte: Revista Galileu ]

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Manifesto distribuído em Salvador, 1798


No dia 12 de agosto de 1798, foram espalhados diversos panfletos manuscritos pela cidade de Salvado. Um deles anunciava que a revolução e a liberdade estavam para chegar. A responsabilidade por ele e pelos outros manuscritos foi atribuída ao soldado Luiz Gonzaga das Virgens, identificado pela letra como seu autor. Os Soldado Luiz Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, assim como os alfaiates João de Deus Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira, foram condenados à morte na forca por serem responsabilizados pela Conspiração que queria proclamar uma República independente e livre da escravidão na Bahia, outros mulatos e negros, como eles, foram condenados a penas de açoites, prisão perpétua e degredo na África . Os brancos, pertencentes à elite baiana, tiveram penas menores ou foram absolvidos. 

"Aviso ao Povo Bahiense
Ó vós Homens cidadãos; ó vós Povos curvado, e abandonados pelo Rei, pelo seus depotismos [...]
Ó vós Povo que nascesteis para sereis livre e para gozares dos bons efeitos da Liberdade, ó vós Povos que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado, esse mesmo rei que vós criastes; esse mesmo rei tirano é quem se firma no trono [...] para vos roubar e para vos maltratar.
Homens, o tempo é chegado para a vossa ressurreição, sim para ressuscitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade. [...]
A França está cada vez mais exaltada [...], as nações do mundo todas têm seus olhos fixos na França, a liberdade é agradável para todos; é tempo povo, povo o tempo é chegado para vós defendereis a vossa Liberdade; o dia da nossa revolução; da nossa Liberdade e de nossa felicidade está para chegar, animais-vos que sereis felizes."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Saindo da rotina...

MENSAGEM CRIATIVA DE UMA ESCOLA DA CALIFÓRNIA

Esta é a mensagem que os professores de uma escola da Califórnia decidiram gravar na secretária eletrônica. 
A escola cobra responsabilidade dos alunos e dos pais perante as faltas e trabalhos de casa e, por isso, ela e os professores estão sendo processados por pais que querem que seus filhos sejam aprovados mesmo com muitas faltas e sem fazer os trabalhos escolares. 

 
Eis a mensagem gravada: 
 
- Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções: 
- Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho - tecle 1. 
- Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa - tecle 2. 
- Para se queixar sobre o que nós fazemos - tecle 3. 
- Para insultar os professores - tecle 4. 
- Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho ou em diversos documentos que lhe enviamos - tecle 5. 
- Se quiser que criemos o seu filho - tecle 6. 
- Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém - tecle 7. 
- Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano - tecle 8. 
- Para se queixar do transporte escolar - tecle 9. 
- Para se queixar da alimentação fornecida pela escola - tecle 0. 
- Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa, e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!"

domingo, 22 de maio de 2011

Excursão à UFV.



Os alunos dos segundos e terceiros anos do Ensino Médio E. E. Altivo Leopoldino de Souza de Espera Feliz, realizaram uma excursão   à Universidade Federal de Viçosa ( UFV ), para participarem do evento "A Graduação na UFV", que visa  demonstrar aos estudantes do 9º ano do Ensino fundamental e Ensino Médio, sua grade de cursos universitários, o campus da UFV é aberto para os estudantes participarem de vários eventos como palestras, visitação a estandes, apresentações de danças e músicas,  é uma grande oportunidade para criar uma perspectiva de futuro para nossos estudantes, que possam entender que a EDUCAÇÃO é o melhor meio para levá-los a trilhar as carreiras que desejam. Foi um belo dia com muita descontração, alegria e aprendizado.

Tratados de Paz: Tratado de Versalhes

Aliados e Alemanha assinam Tratado de Versailles – Documento 
obriga derrotados a assumir total e única responsabilidade pela guerra
– Caráter excessivamente punitivo traz críticas e desconfiança
Autoridades reunidas: Lloyd George, Vittorio Emanuele Orlando, Georges Clemenceau e o americano Woodrow Wilson

m 1871, o Palácio de Versailles abria, constrangido, sua famosa Galeria dos Espelhos para as solenidades em comemoração à acachapante vitória germânica na Guerra Franco-Prussiana. Ali, em pleno coração da derrotada França, Otto von Bismarck finalizava a unificação do estado alemão e proclamava o Império Germânico, rascunhando o destino de uma nação cujo poderio militar parecia não conhecer limites – mas que a História, quatro décadas depois, trataria de estabelecer. Em 28 de junho de 1919, os alemães, agora solapados pelo fracasso na Grande Guerra, voltaram a Versailles cabisbaixos, para assumir toda a culpa pelas hostilidades militares e para mostrar sua disposição em reparar territorial e financeiramente todo o estrago causado em quatro anos de batalhas. Humilhados, também concordaram em ter sua brilhante máquina de guerra desmobilizada e seu exército tosado e marginalizado, limitado em número e amansado pelos inimigos. Assinado por vencedores e vencidos, o Tratado de Versalhes decreta oficialmente o final da guerra – mas não o término do vexame germânico.

Punitivo, o calhamaço tem 440 artigos e mais um florilégio de apêndices, anunciando de alguma forma a responsabilidade da Alemanha por todas as agruras sofridas no planeta nestes últimos anos. O documento também redefine as fronteiras da Europa, obrigando os germânicos a devolver territórios anexados e a ceder alguns rincões como compensação. A lista de exigências é longa; a seguir, alguns dos principais pontos do tratado, que versa apenas sobre a Alemanha – a negociação com as outras nações das Potências Centrais (Áustria, Bulgária, Hungria e Turquia) será feita separadamente e em datas ainda a serem definidas.
  • Admissão de culpa e responsabilidade única da Alemanha pela ocorrência da Grande Guerra
  • Proibição da união entre Alemanha e Áustria
  • Compromisso de reparações financeiras a definir (especialistas falam em uma quantia superior a 20 bilhões de dólares)
  • Concordância com julgamento internacional do Kaiser e de outros líderes de guerra
  • Devolução da Alsácia e da Lorena à França
  • Cessão de Eupen-Malmedy à Bélgica, de Memel à Lituânia e do distrito de Hultschin à Checoslováquia
  • Entrega da Poznania, Silésua setentrional e Prússia oriental à Polônia restabelecida
  • Entrega das possessões ultramarinas na China, África e Pacífico
  • Transformação de Danzig em cidade livre
  • Desmilitarização permanente e ocupação aliada por 15 anos da província do Reno
  • Limitação do Exército Alemão a 100.000 homens, para segurança interna, sem tanques, sem artilharia pesada, sem suprimentos de gás, sem navios ou aviões
  • Limitação da Marinha Alemã a belonaves inferiores a 100.000 toneladas e proibição de submarinos
Impossível – Finalizado pelos aliados em abril, após quatro meses de deliberações de 70 delegados de 27 países – nenhum dos derrotados –, o documento foi entregue às autoridades alemãs no dia 7 de maio, com um prazo de resposta de três semanas. Ao chegar à delegação de paz germânica, liderada pelo conde Brockdorff-Rantzau, os termos do pacto causaram revolta. “Perdemos o fôlego quando lemos as exigências que nos foram feitas, a violência vitoriosa de nosso inimigos. Quando mais penetramos no espírito desse tratado, mais nos convencemos que é impossível levá-lo adiante”, respondeu o conde, devolvendo aos aliados uma contraproposta com nove itens e requisitando ainda uma audiência para discutir outros termos detalhadamente. Inflexíveis, os vencedores, em documento assinado pelo primeiro-ministro francês Georges Clemenceau, rejeitaram o pedido de encontro e ignoraram a absoluta maioria das ponderações tedescas. “O protesto da delegação germânica mostra que eles não entendem a posição que está a Alemanha hoje”, disparou Clemenceau.
Contudo, os alemães se mantinham firmes na decisão de não assinar o documento, justificando ser um peso que a população não poderia suportar. No início do mês de junho, as negociações chegaram a um preocupante impasse, o que fez, no dia 16, os aliados soltarem uma ameaça que aterrorizou os germânicos: caso os derrotados não subscrevessem o tratado no prazo de uma semana, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha retomariam as ações militares contra a Alemanha. O conde Brockdorff-Rantzau, então, aconselhou as autoridades provisórias, que se reuniam na Assembleia Nacional em Weimar para criar uma nova e democrática Constituição para o país, a autorizar a ratificação dos termos dos aliados. Dito e feito, estabeleceu-se para a assinatura do tratado o dia de 28 de junho. Simbólica, é a mesma data em que, na folhinha de 1914, o estudante sérvio Gavrilo Princip alvejou o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do hoje defunto Império Austro-Húngaro – balázio que acendeu a fagulha da Grande Guerra.
Insatisfação generalizada – Curiosamente, o Tratado de Versalhes desagradou igualmente vencidos, vencedores e observadores neutros. Para os especialistas independentes, o documento, punitivo em excesso, teria se distanciado demais da aclamada proposta de catorze pontos do presidente Woodrow Wilson, que fundamentou o armistício. Para os franceses, porém, todo o castigo ainda foi pequeno. O Tratado de Versalhes não atendeu por completo a sede de vingança dos gauleses, que sofreram a invasão alemã em seu território, vitimando mais de 400.000 civis. Clemenceau, por exemplo, queria que a província do Reno, de indústria historicamente pujante, fosse retirada da Alemanha para evitar um novo fortalecimento do país. Wilson e o primeiro-ministro britânico David Lloyd George vetaram a proposta, determinando, em contrapartida, uma ocupação militar aliada na região durante 15 anos.
Mesmo com o veto às exigências de Clemenceau (a quem apelidou de “Napoleão” e “Jesus Cristo”), Lloyd George achou a carta em demasiado pesada – suas exigências poderiam, ao invés de apaziguar a Alemanha, incitá-la ainda mais contra os aliados. E é esse o único ponto que parece ter se tornado unanimidade em Versalhes. O indefinido futuro europeu ao fim da “guerra para acabar com todas as guerras” toma ares sombrios. Seja nas palavras de Lloyd George, já antecipando novos problemas com a Alemanha, ou no clamor da publicação holandesa Algemeen Handelsblad, cujo editorial grita que “a Alemanha acorrentada e escravizada será sempre uma ameaça à Europa”, todos têm em mente um só pensamento – e ninguém melhor que o supremo comandante aliado, marechal Ferdinand Foch, para externá-lo. Com seu pragmatismo característico, ele sentenciou, após a notícia da assinatura do Tratado de Versailles: “Isto não é a paz. É apenas um armistício válido pelos próximos vinte anos.”
Dia histórico em Versalhes
Autoridades chegam para a assinatura do tratado e
multidões tentam acompanhar a ocasião marcante.


[Fonte: Veja da História]

sábado, 21 de maio de 2011

Depoimento da Professora Amanda Gurgel - a Educação no Brasil



Discurso de professora vira hit na web e ganha apoio de secretária do RN
'Não basta mobilização virtual', diz Amanda Gurgel, que leciona português.
Ela resumiu a realidade do professor pelos números do seu salário: R$ 930.

Amanda Gurgel, professora de português da rede pública do Rio Grande do Norte, virou nos últimos dias uma "celebridade" na internet depois que o vídeo com seu discurso na Assembléia Legislativa daquele estado, feito em audiência pública na semana passada, foi postado na rede. No seu pronunciamento, Amanda resume a situação da vida de um professor de escola pública em três algarismos: nove, três zero. "São os números do meu salário: R$ 930", discursou a professora. A secretária da educação do estado, Betânia Ramalho, se disse solidária à posição da professora. "Que grito de indignação desperte a sociedade por um novo projeto de educação para o país", afirmou a secretária.
O vídeo se multiplicou na web e o nome de Amanda Gurgel surgiu entre os mais citados do Twitter. Em quatro dias, o vídeo já teve mais de 200 mil exibições. A repercussão surpreendeu a professora. Em entrevista ao programa "RN TV", da InterTV, afiliada da Rede Globo, Amanda disse que falou apenas o que vive diariamente em seu trabalho. "Falei de forma esportânea. É o que comentamos diariamente nas escolas. No intevalo é só o que a gente fala do cansaço, da rotina, diário, aula trabalho, ônibus para pegar", afirmou a docente, que já tem perfis fakes nos sites de rede social. "Não participo dessas redes por falta de tempo. Não faço parte do mundo da internet."

A professora espera que este sucesso na internet possa de alguma forma mobilizar a população a exigir melhores condições de trabalho para os professores. "Não basta uma mobilização apenas no espaço virtual. Se todas as pessoas estão se identificando com o que eu falei naquele vídeo elas precisam transformar este sentimento em uma ação coletiva."
Veja ao lado a entrevista de Amanda Gurgel ao RNTV e imagens do discurso na Assembléia Legislativa do RN
No discurso para os deputados estaduais, a professora criticou a política educacional do governo. Ela fez um apelo aos deputados potiguares: "Parem de associar qualidade de educação com professor dentro de sala de aula. Porque não tem condição de ter qualidade em educação com professores tendo de multiplicar o que ganha trabalhando em três horários em sala de aula: R$ 930 de manhã, R$ 930 à tarde e R$ 930 à noite".
Estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil? Não posso, não tenho condições. Muito menos com o salário que recebo"
Amanda Gurgel, professora
Após mostrar o contra-cheque e exaltar seu salário, Amanda declarou: "Só quem está em sala de aula e pega três ônibus por dia para chegar em seu local de trabalho é que pode falar com propriedade sobre isso. Fora isso, qualquer colocação que seja feita aqui é apenas para mascarar uma verdade: em nenhum governo, em nenhum momento a educação foi uma prioridade".
Ela reclamou da forma em que os governos relevam a situação dos professores de escolas públicas e o discurso de que cabe à categoria trabalhar pela melhoria do ensino no país. "Estão me colocando dentro de uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o Brasil? Salas de aulas superlotadas com alunos entrando com carteira na cabeça porque não têm carteiras nas salas. Sou eu a redentora do país? Não posso, não tenho condições. Muito menos com o salário que recebo."
Secretária do RN se diz solidária
Em entrevista ao G1, a secretária de educação do Rio Grande do Norte afirmou que o pronunciamento emocionado de Amanda Gurgel revelou a realidade do professor brasileiro. Betânia Ramalho criticou a falta de uma política consolidada de educação no estado. "Foram dez secretários de educação em oito anos, é a face perversa de política descontinuada", disse a secretária, que é professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e está há quatro meses no cargo.
"Nós secretários de estado conversamos com Fernando Haddad (ministro da Educação) no mês passado falando dessas questões que afligem os estados. Precisamos saber como podemos fazer uma revolução na educação pública. Estamos reestruturando a secretaria, investindo na parte pedagógica. Mas temos muitas escolas em situação precária. O problema é da educação pública nacional. Aqui temos escolas que funcionam muito bem e escolas que precisam avançar muito."
Sobre o salário de R$ 930 revelado pela professora Amanda, a secretária disse que é uma luta da categoria que se arrasta há muitos anos. "Podemos dizer que o salário dela está acima do piso nacional para 30 horas, que é de R$ 890. É preciso construir uma carreira docente que coloque professores no mesmo pé de igualdade dos demais profissionais. Mas isto é uma trajetória longa."

Origens da bicicleta.



A Bicicleta, veículo tão simples e popular, teve de esperar mais de 100 anos para ter uma tecnologia eficiente. Apesar da origem bastante discutível, ainda no século XVIII apareceu um veículo de duas rodas movido sem a ajuda de animais, denominado celerífero. Era um engenho rudimentar, todo feito de madeira, com duas rodas e direção fixa, movimentado pelo impulso das pernas. Andava somente em linha reta e exigia grande esforço do usuário. 
Na segunda metade do século XIX, o celífero passou por um aprimoramento, feito pelo barão alemão Karl Dreis von Sauerbron, com a adaptação de uma direção, embora seu funcionamento continuasse sendo feito com os pés, sem pedais. A nova bicicleta se chamava "draisiana".
Na década de 1860 foram acrescentados pedais e freios, mas o veículo se tornou eficiente somente no final do século, com a utilização de pneus de borracha. Inicialmente muito cara, acessível apenas aos ricos, a bicicleta tornou-se moda no início do século XX, quando havia mais de meio milhão delas circulando pela inglaterra. 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um pouco de mineiridade...

Carangolense entra para o Guinness como a mulher mais velha do mundo

Maria Gomes Valentim, de 114 anos,
em foto de 11 de março.

Uma moradora de Minas Gerais foi reconhecida pelo Guinness, o livro dos recordes, como a pessoa viva mais velha do mundo nesta quarta-feira (18). Maria Gomes Valentim, de 114 anos, é moradora da cidade de Carangola e tem 48 dias de vida a mais que a antiga detentora do recorde, a norte-americana Besse Cooper.
A equipe do Guinness confirmou a data de nascimento de Maria: 9 de julho de 1896. Com isso, Besse Cooper, que ainda está viva, passa a ser a pessoa mais velha na América da Norte.
A mineira morou durante toda a vida na mesma cidade. Maria Valentim se locomove atualmente em uma cadeira de rodas e recebe o equivalente a um salário mínimo para sobreviver (R$ 545,00). A mineira também depende o sistema público para tratamentos, já que a família não consegue pagar seguro de saúde privado.

Ela se casou com João em 1913, mas seu marido morreu em 1946. Teve apenas um filho, quatro netos, sete bisnetos e cinco trinetos. Conhecida como Vó Quita, a mineira parece ter herdado a longevidade do seu próprio pai, que também viveu muito: 100 anos.
Informações: Guinness World Records

[Fonte: Click Carangola ]                                                                                                                      Leia mais no G1

terça-feira, 17 de maio de 2011

Saindo da rotina...



 O cara termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.
O pai, meio mão de ferro, dá um apertão:
- Ahh, não quer estudar? Bem, perfeito. Vadio dentro de casa eu não mantenho, então vai trabalhar...
O velho, que tem muitos amigos, fala com um deles, que fala com outro até que ele consegue uma audiência com um político que foi seu colega lá na época de muito tempo atrás:
- Rodriguez!!!! Meu velho amigo!!! Tu te lembra do meu filho? Pois é, terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar. Será que tu não consegue nada pro rapaz não ficar em casa vagabundeando?
Aos 3 dias, Rodriguez liga:
- Zé, já tenho. Assessor na Comissão de Saúde no Congresso, R$ 9.000,00 por mês, prá começar.
- Tu tá loco!!!!! O guri recém terminou o colégio, não vai querer estudar mais, consegue algo mais abaixo...
Dois dias depois:
- Zé, secretário de um deputado, salário modesto, R$ 5.000,00, tá bom assim?
- Nãooooo, Rodriguez, algo com um salário menor, eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois....Consegue outra coisa.
- Olha Zé, a única coisa que eu posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, R$ 2.800,00 por mês e nada mais....
- Rodriguez, isso não, por favor, alguma coisa de 500,00 ou 600,00, prá começar.
- Isso é impossível Zé!!!*
- Mas, por que???*
- PORQUE ESSES SÃO POR CONCURSO PARA PROFESSOR, PRECISA TÍTULO SUPERIOR, MESTRADO ETC.... É MUITO DIFÍCIL...



domingo, 15 de maio de 2011

Acervo do Museu Nacional de Belas Artes




O Museu Nacional de Belas Artes é um dos mais importantes e conhecidos centros de cultura do país. Ele foi fundado no Rio de Janeiro, em 19 de agosto de 1938. O primeiro grande acervo colocado à disposição do público foi o conjunto de obras trazidas por Dom João VI, em 1808.  O local conta atualmente com mais de 16 mil peças entre pinturas, esculturas, desenhos e gravuras brasileiras e estrangeiras.

 Em 17 de fevereiro de 2011, após três anos de restauração, o museu foi reaberto com uma grande exposição de 230 obras produzidas no século XIX por grandes artistas como: Pedro Américo, Vitor Meirelles, Almeida Junior e Rodolfo Amoedo.
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Pedro Américo
Nascido em 1843, o paraibano começou a fazer desenhos com apenas 11 anos de idade. Sua vida acadêmica teve início na Academia Imperial de Belas Artes. Aos 15 anos, Américo recebeu de Dom Pedro II uma bolsa para estudar e se aperfeiçoar em desenho e pintura na França. Sua obra mais conhecida é a ‘Batalha do Avaí’ com 66 metros quadrados. Ele morreu em Florença, na Itália, em 1905.



Vitor Meirelles
Meirelles nasceu em 1832 em Florianópolis, e foi professor de desenho no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Como todo artista da época, ele precisou sair do país para estudar pintura. Morou em Roma e Paris. Entre seus trabalhos mais marcantes estão: ‘Batalha dos Guararapes’ (1879) e ‘Primeira Missa no Brasil’ (1860). Vitor Meirelles morreu na cidade do Rio de Janeiro, aos 71 anos.



Almeida Junior
Esse paulista de Itu, nasceu em 1850 e teve muita importância para cultura e na arte do país. Ele sempre retratou o regionalismo do Brasil em suas obras. Expandindo seu trabalho, Almeida Junior trazia o diferente ao abordar a cultura caipira, até então muito desconhecida pelas pessoas dos centros urbanos. O artista morreu na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo, em 1889.



Rodolfo Amoedo
Em 1857, nasce em salvador um dos grandes pintores brasileiros. Estudante do Liceu de Artes e Ofícios e da Academia de Belas Artes, o artista viu em Vitor Meirelles um grande mestre. Rodolfo  ganhou uma bolsa na Escola de Belas Artes de Paris.Em seu retorno ao Brasil, o artista teve o privilégio de ser professor e, mais tarde, diretor da Escola Nacional de Belas Artes. Muito de seus trabalhos são encontrados no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e no Palácio do Itamaraty.



[Fonte: Globo.com/Faustao]

Armas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Durante a Primeira Guerra, a produção bélica entrou na fase industrial. Conheça alguns destaques
por Fabiano Onça

A Primeira Guerra Mundial teve uma característica marcante em relação a todas as guerras anteriores: foi um campo inigualável de provas. Ali emergiram novas doutrinas, que perduraram por todo o século 20, como o uso intensivo de granadas, o uso de morteiros para acossar posições fortificadas e o emprego de metralhadoras leves para acompanhar os assaltos da infantaria. Acima de tudo, foi um marco na produção de armas em larga escala, de forma industrial.

Metralhadora Lewis
O que era - Esta metralhadora ligeira, feita para apoiar os pelotões em avanço, foi inventada em 1911 pelo coronel americano Isaac Newton Lewis, autor de várias invenções militares. Entretanto, o Exército americano não foi o primeiro a utilizá-la: a arma passou antes pelos belgas e, principalmente, pelos britânicos, que a usaram extensivamente, até substituírem-na pela Bren.
Por que foi importante - A Lewis tinha uma grande vantagem operacional no campo de batalha: pesava 12,7 kg, metade do peso da metralhadora padrão inglesa, a Vickers. Outra vantagem é que, embora idealmente necessitasse de uma dupla, podia ser operada sozinha. Seu custo de produção era um sexto do da Vickers. Não à toa, a arma passou a ser colocada também em tanques e aviões.

Ficha técnica
Peso: 12,7 kg
Comprimento: 96,5 cm
Calibre: .303 polegadas
Ação: operada a gás
Alimentação: tambores de 47 ou 97 cartuchos
Taxa de fogo: 550 tiros por minuto
Velocidade do projétil: 746 m/s

Granada de mão “nº 5”
O que era - Virou um dos maiores ícones da guerra moderna. Projetada por William Mills, em 1915, foi adotada imediatamente pelo Exército britânico. Podia ser tanto arremessada quanto lançada de um rifle, com o auxílio de um “copo” acoplado à boca da arma e o uso de um cartucho vazio para impulsão.
Por que foi importante - Calcula-se que foram produzidas 75 milhões de unidades dessa arma em sua longa existência (permaneceu em uso pelo Exército britânico até 1972). A razão do sucesso estava na sua simplicidade de uso e na eficiência – ela “funcionava” bem, mesmo detonando após longos 7 segundos.

Ficha técnica
Carga explosiva: baratol
Peso: 0,45 kg
Detonador: tempo
Delay: 7 segundos (esse tempo foi posteriormente reduzido para 4 segundos)

Bombardeiro Gotha G
O que era - Operado por um piloto e dois artilheiros, o germânico Gotha foi um dos primeiros bombardeiros pesados a enfrentar serviço constante durante a Primeira Guerra Mundial.
Por que foi importante - A despeito de sua lentidão, de não conseguir manter o vôo em caso de pane de um dos motores e de sua relativa vulnerabilidade (principalmente contra ataques no ventre), os Gotha inauguraram a era do “terror aéreo”, ao realizar várias sortidas contra Londres. As tropas britânicas também sofreram com seus bombardeios no front. Seus dois motores emitiam um barulho característico, apelidado pelas tropas britânicas de “Gotha hum”.

Ficha técnica
Tripulação: 3
Comprimento: 12,4 m
Envergadura: 23,7 m
Altura: 4,5 m
Peso (sem carga): 2,7 ton
Peso (carga máxima): 3,9 ton
Motor: 2x Mercedes D IV, de 260 hp cada
Velocidade máxima: 140 km/h
Autonomia: 840 km
Teto: 6 500 m
Armamento: 2 a 3x 7.92 metralhadoras Parabellum LMG 14

Morteiro Minenwerfer 7.58 cm
O que era - Um morteiro alemão para uso da infantaria, esta versão entrou em serviço em 1916, junto com seus irmãos “maiores” (calibres de 17 e 25 cm). As rodas eram utilizadas apenas para transporte, sendo retiradas durante o uso.
Por que foi importante - Foi o terror das trincheiras aliadas, uma vez que morteiros eram muito mais eficientes do que canhões na devastação de posições defensivas, por causa da trajetória em parábola do projétil. Seu uso foi consagrado pelos alemães, que tiraram lições da guerra nipo-russa em Port Arthur, 1904. Ali, os alemães perceberam que canhões não faziam grandes estragos em fortificações.
Ficha técnica
Peso do projétil: 4,6 kg
Calibre: 76 mm
Elevação: +45º a +78º
Taxa de fogo: 6 projéteis por minuto
Alcance efetivo: 300 a 1 300 metros
Velocidade: 90 metros por segundo

Luger
O que era - Projetada pelo engenheiro austríaco Georg Luger no final do século 19, era uma pistola semi-automática, utilizada pelo oficialato alemão durante a Primeira Guerra. A arma também era empregada por militares que não tinham como portar rifles – como era o caso dos pilotos de aviões.
Por que foi importante - Era uma arma confiável e certeira, fruto do alto padrão de acabamento. No total, foram produzidas mais de 2 milhões de unidades, mas sempre “estava em falta”, dada sua popularidade. Sua fama atravessou as linhas: os soldados aliados tinham um verdadeiro fetiche por esse troféu de guerra.
Ficha técnica
Peso: 0,87 kg
Comprimento: 22 cm
Calibre: 7,65 mm ou 9 mm
Alimentação: tambor com 8 cartuchos

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Abolição, sim. Igualdade, ainda não

Quase um século e meio após a abolição da escravatura, os negros ainda não alcançaram igualdade de oportunidades e sofrem com o racismo institucionalizado, que vai aos poucos sendo superado.

Ricardo Ampudia
Em uma assinatura, fomos de um passado vergonhoso de dor e humilhação de centenas de milhares de negros para uma pré-democracia com igualdade de direitos e oportunidades, no dia 13 de maio de 1888. 

Essa é a história conhecida sobre a abolição da escravatura no Brasil, a última colônia nas Américas a abrir mão do trabalho forçado, mas pouco se fala sobre as verdadeiras intenções do ato de Princesa Isabel - que seguiu um movimento de pressão externa e interna contra a Coroa portuguesa, sendo um fato mais político que humanitário - e das verdadeiras mudanças, refletidas até os dias de hoje.

Mais de um século após a assinatura da Lei Áurea, muita coisa mudou, a população negra soma hoje 50,1% dos cidadãos brasileiros, mas ainda existe um fosso entre negros e brancos no país difícil de transpor e a democracia racial continua sendo um mito. 

De acordo com especialistas, essa diferença entre brancos e negros no Brasil tem reflexos basicamente econômicos - na renda e no emprego - mas podem ser notadas também no acesso a serviços básicos, como saúde, Educação Superior, saneamento básico e previdência. Para o professor Marcelo Paixão, coordenador do Laboratório de Análises Econômicas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, avaliar o tamanho do fosso entre brancos e negros depende de qual aspecto se analisa. "Se vamos analisar mercado de trabalho, renda e emprego, tivemos redução das disparidades. Se falamos em mortalidade materna e taxa de homicídios, o índice ainda assusta", comenta ele. O especialista alerta também para a Previdência Social, que não cobre nem metade da população negra feminina no país.

Outro aspecto que evidencia as desigualdades no país pode ser visto ao analisar a distribuição de renda. Segundo dados do Censo de 2010, o Brasil tem hoje 16,3 milhões de miseráveis (renda inferior a R$70 mensais). Destes, cerca de 70% são negros. Mesmo assim, houve a ascensão de uma classe média negra nos últimos oito anos, que hoje engloba 53,5% dos negros e 47,3% dos mestiços, centrados nas classes A, B e C.

Edson Cardoso, assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SPPIR) observa também que a população negra capturada pelo Censo cresceu, indo de encontro a uma taxa de natalidade decrescente da população brasileira. Essa mudança, segundo ele, não reflete um aumento real, mas sim uma mudança de atitude. "Houve uma conscientização, empreendida principalmente pelo movimento negro no país, que fez com que essa população se autoafirmasse. Aquelas pessoas que anteriormente se diziam brancas, agora se sentem à vontade para se declarar pretas ou pardas", explica.

O acesso à Educação é outro bom parâmetro para entender a questão do negro no Brasil. "Quando analisamos os dados de quase 100 anos após a abolição, tínhamos 40% da população negra de analfabetos. Hoje, 20 anos depois desse estudo, não conseguimos superar o quadro. A população de negros analfabetos, em números absolutos, ainda é quase o dobro da de brancos", afirma Marcelo Paixão. 

O problema se reflete no Ensino Superior. Apesar dos investimentos feitos nos últimos dez anos, com a adoção de políticas afirmativas para a área, os números indicam que ainda há muito por fazer. Cardoso acredita que é preciso uma combinação entre as políticas afirmativas e uma discussão na sociedade. 

"Precisamos entender como funcionam certas instituições, para entender porque determinados grupos ficam de fora", diz. Para o pesquisador, a própria reação negativa inicial gerada em determinados setores da sociedade com as políticas afirmativas beneficiou o debate sobre a função da universidade e o racismo no Brasil. "A demanda pelo acesso dos negros ao terceiro grau beneficiou toda a sociedade, pois acabou abrindo discussões sobre o aluno do sistema público, sobre o indígena. Quando paramos para discutir, vimos que estávamos criando um terceiro grau muito excludente", afirma.

O especialista acredita que somente uma tomada de consciência para excluir o racismo da cultura e Educação vai trazer eficácia a qualquer política pública para diversidade. "Uma parcela da sociedade acha que quando você usa a palavra racismo, ela é tarefa dos negros, mas na verdade é de toda a sociedade brasileira", resume.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Livro: O Mensageiro da Regeneração



Lançamento do Livro: O Mensageiro da Regeneração do escritor Rossano Sobrinho
 - Editora Chico Xavier -

Dia 21 de maio de 2011 às 17:00, na Sociedade Espírita Paz, Amor e Caridade em Espera Feliz - MG

A história do Tabaco.



Desconhecido dos europeus até a viagem de Colombo, em 1492, o tabaco já era utilizado pelos nativos da América desde tempos remotos. Os índios que viviam no atual território brasileiro acreditavam que, pelo fumo, podiam entrar em contato com os espíritos e fazer adivinhações. empregavam também a planta para curar feridas, dores de estômago, fístulas e outras doenças. O produto poderia ser comido, bebido em fusão, mascado e fumado. Encantado com a planta, Luís de Góes, que veio com Martim Afonso de Sousa em 1530, levou as primeiras mudas para Portugal.
Índios fumam tabaco em gravura que retrata o descobrimento
da América por Cristóvão Colombo em 1492.
Na França, o sucesso do fumo começou depois que Jean Nicot, embaixador francês em Lisboa, presenteou sua rainha, Catarina de Medici, com certa quantidade do produto. Quando ela passou a atribuir ao tabaco a cura de  suas enxaquecas, o consumo do produto se tornou comum na alta sociedade francesa e caiu no gosto da população.  
Já na Inglaterra, o hábito de fumar e mascar fumo foi introduzido na década de 1580, quando os corsários de Francis Drake e Wlater Raleigh, de volta de viagens à América do Norte, levaram para lá mudas de tabaco.

No século XX, a indústria cinematográfica norte-americana associou o ato de fumar ao charme, à beleza e ao sucesso, e o cigarro espalhou-se por todo o mundo. a partir das últimas décadas do século, porém, o poder de sedução do tabaco diminuiu com a divulgação de pesquisas médicas que o apontam como responsável por inúmeras doenças, entre elas o câncer, que pode ser fatal. 

Veja também:

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