" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias

terça-feira, 7 de novembro de 2017

100 Anos da Revolução Russa


Um olhar sobre o ‘século soviético’. Foi dentro do espaço consagrado à conflagração mundial, iniciada em 1914, que o Estado noticiou os acontecimentos que levaram à queda do czar Nicolau II e a chegada dos bolcheviques ao poder na Rússia. A ascensão da União Soviética – a entidade política criada pelos comunistas, com seus comissários do povo, regime de partido único e economia estatal planificada – teve enormes consequências em todo o mundo durante o século 20. Desde a expansão da onda revolucionária a outras partes do globo até a divisão do planeta entre os blocos capitalista e socialista, após a Segunda Guerra Mundial. O Estado acompanhou o desenvolvimento do regime e de seus aliados até o colapso da URSS com reportagens, artigos, publicação de documentos e editoriais. É este olhar sobre a história do ‘século soviético’, na expressão do historiador Moshe Lewin, que este especial se propõe a mostrar.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Jogos infantis

Quantas brincadeiras você consegue identificar nesta pintura?

No quadro “Jogos Infantis”, o flamengo Pieter Brueghel (1525?-1569) mostra cerca de 250 personagens participando de 84 brincadeiras, em 1560. Grande parte delas é conhecida ainda hoje.
É o caso da maria-cadeira,em que duas crianças trançam os braços para formar uma cadeira humana, usada para lançar um dos companheiros, após o canto de um versinho: “Onde vai, Maria Cadeira?/ Vai à casa do capitão,/ O capitão não está em casa,/ Joga Maria Cadeira no chão/ joga Maria Cadeira no chão...”.

De onde vêm as brincadeiras? Ninguém responde com certeza. Elas são universais e fazem parte da cultura popular _como a literatura oral, a música, a culinária.

Leia mais em: http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/brinca8.htm

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Personalidades históricas quando crianças

Uma homenagem para as crianças de todas as idades, de hoje, ontem e de sempre.
Inspirado pela música "Saiba" de Adriana Calcanhoto e Arnaldo Antunes esta publicação exibe uma pequena mostra de personalidades históricas quando ainda eram eram crianças, reforçando a lógica que todo mundo  já passou pela tenra idade. Independentemente de como foi a sua caminhada pela vida, todos já tiveram os medos, anseios e sonhos de uma criança.   


Saiba!
Todo mundo foi neném
Einstein, Freud e Platão, também
Hitler, Bush e Saddam Hussein
Quem tem grana e quem não tem...
Saiba!
Todo mundo teve infância
Maomé já foi criança
Arquimedes, Buda, Galileu
E também você e eu...
Saiba!
Todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar...
Saiba!
Todo mundo vai morrer
Presidente, general ou rei
Anglo-saxão ou muçulmano
Todo e qualquer ser humano...
Saiba!
Todo mundo teve pai
Quem já foi e quem ainda vai
Lao-Tsé, Moisés, Ramsés, Pelé
Gandhi, Mike Tyson, Salomé...
Saiba!
Todo mundo teve mãe
Índios, africanos e alemães
Nero, Che Guevara, Pinochet
E também eu e você
E também eu e você
E também eu e você...

sábado, 30 de setembro de 2017

Intolerância e fé no Brasil





Um ótimo documentário da TV Brasil: "Intolerância e fé no Brasil", para repensarmos a necessidade de se discutir o papel das religiões em nossa sociedade e a intolerância que as cerca. "No mundo, ela está por trás de guerras, massacres e agressões. No Brasil, apesar da miscigenação e da diversidade de credos, a intolerância religiosa também deixa suas marcas."
Um momento propício para pensarmos melhor sobre esse assunto, especialmente pelas últimas notícias e polêmicas, a qual se destaca a autorização do STF para que as escolas públicas possam ministrar um único credo em suas aulas de Ensino Religioso.
"O Supremo tomou a decisão ao julgar uma ação de inconstitucionalidade movida pela Procuradoria-Geral da República, que queria que as aulas de religião oferecessem uma visão plural sobre as diferentes religiões.... "

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Rebeliões do Período Regencial.


Toda a agitação política do governo de Dom Pedro I culminou em sua rápida saída do governo durante os primeiros meses de 1831. Surpreendidos com a vacância deixada no poder, os deputados da Assembléia resolveram instituir um governo provisório até que Dom Pedro II, herdeiro legítimo do trono, completasse a sua maioridade. É nesse contexto de transição política que observamos a presença do Período Regencial.


Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo regencial abriu espaço para diferentes correntes políticas. Os liberais, subdivididos entre moderados e exaltados, tinham posições políticas diversas que iam desde a manutenção das estruturas monárquicas até a formulação de um novo governo republicano. De outro lado, os restauradores –funcionários públicos, militares conservadores e comerciantes portugueses – acreditavam que a estabilidade deveria ser reavida com o retorno de Dom Pedro I. 


Em meio a tantas posições políticas, a falta de unidade entre os integrantes da política nacional em nada melhorou o quadro político brasileiro. As mesmas divergências sobre a delegação de poderes políticos continuaram a fazer da política nacional um sinônimo de disputas e instabilidade. Mesmo a ação reformadora do Ato Adicional, de 1834, não foi capaz de resolver os dilemas do período. 
Umas das mais claras conseqüências desses desacordos foram a série de revoltas deflagradas durante a regência. A Sabinada na Bahia, a Balaiada no Maranhão e a Revolução Farroupilha na região Sul foram todas manifestações criadas em conseqüência da desordem que marcou todo o período regencial.


Cabanagem (1835-1840) 


Foi grande a revolta popular ocorrida no Pará. Participaram deste movimento pessoas humildes.
Chamados de cabanos, eram constituídos por negros, índios, mestiços, pessoas exploradas pelas autoridades do Governo. Viviam miseravelmente. Diante das injustiças sociais, estes queriam tomar o poder da província. Seus principal líder foi o padre Batista Campos. Em 1835 conseguem ocupar a capital da Província. O que se observa a seguir é a incapacidade dos "cabanos" em estabelecer um governo eficaz.
Para combater os rebeldes, o Governo Central enviou tropas que combateram duramente a rebelião.
"É ela um dos mais, senão o mais notável movimento popular do Brasil. É o único em que as camadas mais inferiores da população conseguem ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade. Apesar de sua desorientação, apesar da falta de continuidade que o caracteriza, fica-lhe contudo a glória de ter sido a primeira insurreição popular que passou da simples agitação para uma tomada efetiva de poder."
(Caio Prado JÚnior., Evolução Política do Brasil, Brasiliense, 1979. Ap. 69) 


Links:
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/cabanagem-1835-1840-rebeliao-tem-fim-sangrento-no-periodo-regencial.htm
http://www.escolakids.com/cabanagem.htm
http://www.historiadigital.org/infograficos/infografico-para-na-epoca-da-cabanagem/
http://www.historiadigital.org/curiosidades/10-curiosidades-sobre-a-cabanagem/
http://parahistorico.blogspot.com/2009/02/cabanagem-no-para-1835-1840.html
http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/cabanagem.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabanagem
http://www.historiabrasileira.com/brasil-imperio/cabanagem/
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u20.jhtm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/cabanagem/cabanagem-1.php
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=1020:cabanagem&catid=38:letra-c&Itemid=1


Revolução Farroupilha (1835 - 1845)

Apresentou um caráter federalista, tentando desarticular a área sulina do país. Teve grande duração; seus principais líderes foram: Bento Gonçalves, Antônio de Sousa Neto, entre outros. Esse Movimento significou uma reaçãoébntra os governos impostos pela Regência. Em 1836,proclamaram..a República Rio Grandense ou Piratini, estendendoio movimento até Santa Catariria, quando em 1839 foi proclamada a República Juliana federada à de Piratini.
Em 1845 foi pacificado movimento pelo Duque de Caxias.

Links:
http://www.sohistoria.com.br/ef2/revolucaofarroupilha/
http://www.todamateria.com.br/guerra-dos-farrapos/
http://www.escolakids.com/revolta-farroupilha-1835-1845.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Farrapos
http://www.pampasonline.com.br/tradicao/tradicao_revolucaofarroupilha.htm
http://www.riogrande.com.br/causas-b601_0-en.html
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u22.jhtm
http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/guerra-dos-farrapos.htm
http://www.guerras.brasilescola.com/seculo-xvi-xix/guerra-dos-farrapos.htm
https://www.youtube.com/watch?v=M00UNW2Lka0
http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/foi-revolucao-farroupilha-nao-deu-certo-499563.shtml


Balaiada (1838 - 1841)

Também de caráter popular, foi um movimento composto por uma população pobre, vaqueiros, sertanejos e escravos. 
"Cansada de tantos sofrimentos, essa multidão queria lutar contra as injustiças, a miséria, a fome, a escravidão e os  maus tratos. Além disso, a insatisfação política reinava entre a classe média maranhense da cidade. Essa classe média era formada pelo grupo dos bem-te-vis, que iniciaram a revolta contra os grandes fazendeiros conservadores do Maranhão, contando com a participação explosiva dos sertanejos." (COTRIN, Gilberto. História e Consciência do Brasil. p. 190)

Essa insurreição perdeu força à medida que os bandos armados se dividiram sob várias lideranças. Merece destaque líderes como Manuel dos Anjos (o "Balaio') e o vaqueiro "Cara Preta".
Em 1840 Duque de Caxias também foi responsável pela pacificação da região. Foi também nomeado como presidente da província.
Segundo Caio Prado Júnior,"na origem deste levante" encontram-se as mesmas causas dos demais movimentos da época: "a luta das classes médias, especialmente urbana, contra a política aristocrática e oligárquica das classes abastadas, grandes proprietários rurais, serihores de engenho e fazendeiros, que se implantaram no país".


Links:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=31424
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=206
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/balaiada-1838-1841-revolta-popular-no-maranhao.htm
http://www.escolakids.com/revolta-da-balaiada-no-maranhao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Balaiada
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/brasil_america/balaiada
http://www.klepsidra.net/klepsidra5/balaiada.html
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u21.jhtm
http://www.brasilescola.com/historiab/balaiada.htm
http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/balaiada.htm
http://www.mundovestibular.com.br/articles/2911/1/BALAIADA/Paacutegina1.html
http://www.geledes.org.br/a-balaiada/a-guerra-da-balaiada.html 
http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/a-balaiada

Sabinada - (1837-1838)

As origens desse movimento se encontram no lusofobismo e no antiabsolutismo dos baianos.Demonstra também uma insatisfação em relação ao centro.
 Embora tenham proclamado a República  Baiense, movimento não conseguiu expandir-se para o interior e outras províncias, ficando restrito à capital. Curioso é que os sabinos pretendiam  reincorporar a Bahia ao Império logo que D. Pedro fosse declarado maior.
Em 1838 forças comandadas pelo General Crisóstomo Calado e contando com o apoio da aristocracia rural baiana, esmagaram violentamente a insurreição. Violências, torturas, execuções, foram implementadas pelas tropas do governo. O movimento, no entanto, não possuiu o mesmo significado e importância da Balaiada, Cabanagem e Farroupilha. 


Revolta dos Malês - 1835

A chamada Revolta dos Malês (também conhecida como revolta dos escravos de Alá) registrou-se de 25 a 27 de Janeiro de 1835 na cidade de Salvador, capital da então Província da Bahia, no Brasil.
Consistiu numa sublevação de caráter racial, de escravos africanos das etnias hauçá e nagô, de religião islâmica, organizados em torno de propostas radicais para libertação dos demais escravos africanos. O termo "malê" deriva do iorubá "imale", designando o muçulmano.
Foi rápida e duramente reprimida pelos poderes constituídos.


Links:

* Apoio didático para a apresentação de seminários das turmas de 2º ano da E. E. Altivo Leopoldino de Souza.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Navio Nazista encontrado nas águas da Islândia

A briga agora é para saber quem é o dono do tesouro – se é que existe algum!

Vídeo relacionado: 

O SS Minden deixou a costa brasileira em 1939, dias depois da eclosão da Segunda Guerra Mundial, levando nada menos que quatro toneladas de ouro dos bancos sul-americanos para a Alemanha. 



Mas a encomenda nunca foi entregue. Ao perceber que navios da frota britânica se aproximavam do SS Minden, o capitão, seguindo as ordens dadas pelo próprio Hitler, afundou a embarcação. A ideia era que o oponentes jamais pudessem pôr a mão numa carga tão valiosa. 



O valor da carga seria equivalente hoje a mais ou menos R$ 500 milhões. 



Agora, com a descoberta, a guerra é para saber a quem pertence o tesouro: se ao Reino Unido, que fez o achado, ou à Islândia, que detém domínio do território onde estão os restos do navio. Exploradores britânicos continuam atrás da permissão do governo islandês para fazer a operação de resgate, mas até agora nada feito. 



O argumento dos britânicos é que “achado não é roubado”. 



A expectativa é que nas próximas semanas os islandeses definam a quem pertence o ouro – se é que existe algum. Alguns pesquisadores acreditam que o metal foi retirado há tempos. 



Fonte: Independent 
Imagem: Wikipedia Commons

Referência: https://seuhistory.com/noticias/restos-de-navio-nazista-carregado-de-ouro-brasileiro-sao-encontrados-na-costa-da-islandia

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Os efeitos da Grande Guerra sobre a população civil

A antiga conexão entre alimentos e sucesso militar foi expressa pelo dito de Napoleão [Bonaparte]: “Um exército marcha com seu estômago”. A Primeira Guerra Mundial, no entanto, encontrou uma situação nova, em que as populações civis, longe de qualquer campo de combate, tornaram-se vulneráveis à fome e à doença induzidas pela guerra.
A comida foi uma questão de vida e morte durante a guerra nas cidades do norte da Rússia, onde, em 1917, havia filas intermináveis para receber suprimentos mínimos e não regulados de provisões mais básicas. As filas para pão em Petrogrado, onde as pessoas permaneciam durante horas todos os dias e, às vezes, todas as noites, funcionavam como centros de informação não oficiais e tornaram-se incubadoras da Revolução Russa, iniciada em 1917. As filas também eram parte da vida no tempo de guerra na França, onde o racionamento de carvão, óleo e alguns alimentos pelo governo começou em 1918.
Na Grã-Bretanha, a guerra representou mais privação do que fome. No final de 1916, os controles do governo só permitiam que as lojas de alimentos tivessem metade de seu estoque. No início de 1918, quando a intensificação da guerra com submarinos estava afetando seriamente a importação de alimentos, foi introduzido o racionamento por pessoa, principalmente de açúcar, chá, margarina, bacon, queijo, manteiga e, a partir de abril [de 1918], carne.No início da guerra, os civis alemães confiaram na promessa do governo de uma guerra curta. Eles não estavam preparados para os efeitos do bloqueio Aliado, que começaram a surgir em poucos meses, particularmente em Hamburgo e Berlim. Em 1915, os berlinenses foram os primeiros alemães a receber cartões de racionamento de pão. Não demorou para que carne, laticínios, batata, açúcar, cereais e sabão também só fossem obtidos por meio dos cartões. Quando a carne se tornou escassa, as pessoas recorreram a iguarias duvidosas, como morsa em conserva e corvo cozido. O mercado negro cresceu e havia filas por toda parte. O inverno de 1916-1917 ficou conhecido como “inverno dos nabos”, porque, depois de uma colheita desastrosa de batatas, nabos e beterrabas tornaram-se alimentos básicos.
A guerra foi também um estímulo para a abertura de novas oportunidades de emprego. As mulheres foram trazidas para as fábricas francesas. Em 1918, mais de um milhão de mulheres na França estavam trabalhando em defesa nacional, armamento e aeronáutica. No Império Austro-Húngaro, em 1916, 42,5% dos trabalhadores na indústria pesada eram mulheres – a título de comparação, eram 17,5% em 1913. O mesmo aconteceu na Alemanha, onde, em 1918, as mulheres compunham 35% da
força de trabalho industrial. 
Maria Bochkareva
As mulheres passaram ainda a exercer atividades antes restritas aos homens, como dirigir ônibus e ambulâncias e também foram para as frentes de batalha. O Batalhão da Morte, do exército russo, todo composto de mulheres, foi organizado por Maria Bochkareva, que havia trabalhado como capataz de fábrica antes da guerra. Depois de fazer uma solicitação diretamente ao czar, ela conseguiu permissão para se tornar soldado e passou dois anos na trincheira.
Em 1917, quando havia alcançado o posto de sargento, Maria Bochkareva formou seu Batalhão da Morte feminino na esperança de levantar o estado de espírito de seus colegas soldados (muitos dos quais estavam desertando) e incitá-los a uma investida vitoriosa contra o inimigo. As mulheres de Bochkareva rasparam a cabeça e vestiram uniformes comuns do exército e antes de partir para a frente, reuniram-se em Moscou para receber a bênção da igreja russa.
Batalhão da morte de Maria Bochkareva. 


Adaptado de: WILLMOTT, H. P. Primeira Guerra Mundial.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. p. 124-130.

Fonte: Azevedo, Gislane Campos
História em movimento / Gislane Campos Azevedo,
Reinaldo Seriacopi. – 2. ed. – São Paulo: Ática, 2013.

sábado, 15 de julho de 2017

A Rota do Escravo - A Alma da Resistência





No filme "A Rota do Escravo - A Alma da Resistência", a história do comércio de seres humanos é contada através das vozes de escravos, mas também dos mestres e comerciantes de escravos.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

O Dia do Trabalho


Em julho de 1889 a Segunda Internacional instituiu o Dia do Trabalhador, que deveria ser celebrado anualmente no dia 1º de maio. A data escolhida pretendia comemorar os fatos ocorridos três anos antes em Chicago, quando uma bomba causou a morte de vários policiais em uma manifestação operária. Os autores deste atentado nunca foram encontrados, mas quatro líderes anarquistas foram julgados como responsáveis pelo atentado e executados em 11 de novembro de 1887. Um desses líderes, Albert Spies, deixou escrito: "Se pensam que enforcando-nos poderão acabar com o movimento dos trabalhadores... o movimento, do qual os milhões de oprimidos, milhões que trabalham na miséria e na necessidade, aguardam a sua salvação; se essa é a sua opinião, então enforquem-nos! Porque aqui, apenas estará pisando numa fagulha, mas ali e acolá, por detrás de você, na sua frente, e por toda a parte, as chamas surgirão. É um fogo subterrâneo. Jamais poderão apagá-lo!".
"Operários" de Tarsila do Amaral
"Operários" de Tarsila do Amaral


O trabalho humano, em todas as suas formas, possui uma dignidade inalienável, por ser atividade de criaturas racionais livres, seu valor não se medindo apenas pela categoria a que pertence cada um, mas principalmente pela perfeição com que é realizado. O termo "trabalho" tem sua raiz no latim "trans, trabis" - trave ou carga que se impunha aos escravos para obrigá-los ao serviço.
Os  povos dominados pelos romanos conservaram a raiz latina associada à ideia do trabalho escravo: "travail", "trabalho". Os povos imperiais, italianos ou não dominados, conservaram a raiz latina associada às atividades nobres: "larbor" em latim, que deu "lavoro" em italiano, "labour", em inglês e que, em português, aparece na forma de labor, laborioso.
em quase todos os países do mundo comemora-se nesta data - 1º de maio - o Dia do Trabalho, as comemorações sendo feitas em certos países com pequenas variantes quanto à data.
Nos Estados Unidos, o governo transferiu a comemoração para a primeira segunda-feira de setembro; na Inglaterra, é o primeiro domingo depois do dia 1º de maio; no Japão, 23 de novembro; na Espanha, 18 de julho; na Nova Zelândia, 18 de outubro. 
No Brasil, a primeira tentativa de celebrar o 1º de maio, data de 1893. encontrou violenta repressão do governo, mas já a partir de 1895, a data passou a ser celebrada sem maiores alterações.
o trabalho é um dever, mas também um direito, reconhecido aliás, solenemente, na Declaração universal dos Direitos Humanos. Todo homem tem direito inalienável de procurar, pelo trabalho, os meios de se realizar como homem e de prover a sua subsistência e a daqueles por quem é responsável.

Fonte: Livro Escola Viva

sexta-feira, 28 de abril de 2017

REVISTA ESCRITA DA HISTÓRIA: DOSSIÊ "REVOLUÇÕES E MOVIMENTO OPERÁRIO NO SÉCULO XX"

Há aproximadamente 100 anos explodiam movimentos sociais de massa, com especial destaque para aqueles ocorridos na Europa e na América Latina. A partir do Velho Continente, a Revolução Russa apavorou capitalistas e impulsionou muitos trabalhadores a fundarem partidos comunistas por todo o planeta. No antigo Novo Mundo, destaca-se a Revolução Mexicana, que colocou na ordem do dia o debate sobre a necessidade da Reforma Agrária, em simultâneo ao movimento bolchevique; e ainda a chamada Greve Geral de 1917, no Brasil, de forte tendência anarquista, que levou algumas de suas principais lideranças, poucos anos depois, a reconheceram nos métodos sovietes o caminho revolucionário para o país. Assim, com a pretensão de contribuir com o árduo debate a propósito desses temas e/ou de seus impactos no desenrolar de outros acontecimentos e processos, a Revista Escrita da História – REH lança a chamada de sua edição de número 8. Esta privilegiará estudos de movimentos sociais e/ou de governos que tinham (ou tem) em pauta o socialismo e a luta dos trabalhadores como horizonte de seus embates, bem como suas ramificações na esfera política, social, econômica, cultural etc., compreendendo seus aspectos históricos, historiográficos e teóricos para compor o Dossiê Revoluções e Movimento Operário no Século XX.
 
Data limite para envio de artigos: 15 de agosto de 2017


ISSN: 2359-0238

Fonte: http://site.anpuh.org/index.php/mais/publicacoes/chamada-de-artigos-sp/item/4063-revista-escrita-da-historia-dossie-revolucoes-e-movimento-operario-no-seculo-xx

sábado, 22 de abril de 2017

Museu virtual Memorial da Democracia



Durante o III Encontro Educadores (as) pela Liberdade (20/04), realizado na cidade histórica de Ouro Preto, a historiadora Heloisa Starling, coordenadora do Projeto República núcleo de pesquisa documentação e memória da UFMG, promoveu a apresentação do Projeto Memorial da Democracia, um portal multimídia interativo do Instituo Lula, um museu virtual dedicado à história das lutas democráticas do povo brasileiro, Concebido por uma equipe de jornalistas, historiadores, artistas e pesquisadores, o Memorial é uma obra em construção. Ao todo serão 11 módulos a respeito da trajetória do povo brasileiro na pela justiça e liberdade. Dois módulos já estão no ar, períodos de 1964-1985 e 1985-2002, durante o Encontro a professora Heloisa Sarling noticiou que em breve novos módulos também estarão disponíveis no site, os quais congregarão os períodos de 1930-1945 e 1945-1964. O portal pode ser acesso pelo endereço www.memorialdademocracia.com.brA navegação está estruturada em dois grandes eixos interativos. Nas linhas do tempo estão ordem cronológica os episódios que marcaram a história. Grandes eventos aparecem sempre marcados em amarelo e ao lado de todos os textos fotos, charges, cartazes, documentos, jornais, músicas, discursos e trechos de filmes e vídeos.
A linha do tempo é complementada pelos Extras, capítulos especiais que levam a um mergulho mais profundo em temas com uma linguagem mais leve e lúdica . É possível encontrar exposições virtuais, listas musicais, navegar entre personagens e conquistas históricas inclusive jogos interativos e divertidos.



terça-feira, 18 de abril de 2017

Divulgação: "Filhos da senzala"




Filhos da senzala é um romance histórico da autora Silvânia Dias que retrata a história de amor desmedido entre um homem livre e uma escrava. Para poder viver esse amor, ele vende doze anos de sua existência ao árduo trabalhado na fazenda Cantareira. O que ninguém imagina, é que o preço da liberdade pode ser alto demais.



Silvânia Dias retrata a sociedade mineira do século XIX em "Filhos da Senzala"
O amor e a diferença social são temas mais do que clássicos dos livros brasileiros. Com "Filhos da Senzala", da autora mineira Silvânia Dias, não é diferente. Inspirada em um caso real, a história do homem que vende doze anos de sua liberdade por amor a uma escrava marca a estreia da historiadora no cenário da literatura nacional.
Para saber mais: www.fb.com/Silvania.DiasHist

segunda-feira, 3 de abril de 2017

"Era uma vez uma História"


A emissora de TV Band anuncia para o mês de abril a exibição de um programa que promete levar os espectadores a uma viagem pelo tempo através da História do Brasil.  O programa será apresentado pelo ator/apresentador Dan Stulbach e pela historiadora Lilia SchwarczA produção pretende apresentar episódios  da História do Brasil pouco explorados pelos livros de História. Em seis capítulos, onde se mistura história e dramaturgia através da dinâmica de um documentário o público poderá conhecer fatos e personagens pitorescos de nossa história. O programa também será apresentado pelo canal de TV fechada Warner.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Revoltas e movimentos sociais na República Velha




A República Velha (1889-1930) foi um período de grande instabilidade política. A difícil situação econômica dos pobres e a insatisfação com o domínio das oligarquias geraram vários movimentos populares.
Ocorreram inúmeras manifestações de rebeldia social e política dos brasileiros durante a República Velha. Camponeses, marinheiros, operários, jovens oficiais do Exército, cada grupo social tinha seus próprios motivos para se rebelar.
Entre os vários movimentos sociais e políticos do Brasil das oligarquias, podemos destacar as guerras das comunidades camponesas do Contestado (SC) e Canudos (BA), os cangaceiros e a atuação do padre Cícero (CE), as revoltas da Vacina e da Chibata e também os jovens oficiais do Exército que nos nos anos 20, lideraram revoltas em quartéis contra o domínio das oligarquias. Foi o chamado movimento tenentista, que gerou a célebre Coluna Prestes.

Guerra de Canudos:

A Guerra de Canudos ou Campanha de Canudos, também conhecida como Guerra dos Canudos em certas regiões do sertão baiano, foi o confronto entre o Exército Brasileiro e integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, na então comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no Brasil.
O episódio foi fruto de uma série de fatores como a grave crise econômica e social pela qual passava a região à época, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico. Milhares de sertanejos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.
Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano, reinstalando a Monarquia. Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos. Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, inclusive uma comandada pelo Coronel Antônio Moreira César, conhecido como "corta-cabeças" por ter mandado executar mais de cem pessoas a sangue frio na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina. A derrota das tropas do Exército pelos canudenses nestas primeiras expedições apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as 5.200 casas do arraial.

Dica de links:

Guerra do Contestado:
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras, e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.
A região fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à Southern Brazil Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos conflitos, ficou conhecida como Contestado, justamente por ser uma região de disputas limítrofes entre os dois estados brasileiros.

Dica de links:

Revolta da Vacina

No início do século XX, a cidade do Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Estava crescendo desordenadamente. Sem planejamento, as favelas e cortiços predominavam na paisagem. A rede de esgoto e coleta de lixo era muito precária, as vezes inexistente. Em decorrência disto, dezenas de doenças se proliferavam na população, como Tifo, Febre Amarela, Peste Bubônica, Varíola, entre outras enfermidades.

Oswaldo Cruz
Vendo a situação piorar cada dia mais, o então presidente Rodrigues Alves decide fazer uma reforma no centro do Rio, implementando projetos de saneamento básico e urbanização. Ele designa Oswaldo Cruz, biólogo e sanitarista, para ser chefe do Departamento Nacional de Saúde Pública, que juntamente com o prefeito Pereira Passos, começam a reforma.
A reforma incluía a demolição das favelas e cortiços, expulsando seus moradores para as periferias, a criação das Brigadas Mata-Mosquitos, que eram grupos de funcionários do serviço sanitário e policiais que invadiam as casas, matando os insetos encontratos, etc. Essas medidas tomadas causaram revolta na população, e com a aprovação da Campanha da Vacinação Obrigatória, que obrigava as pessoas a serem vacinadas (os funcionários responsáveis pelo serviço tinham que vacinar as pessoas mesmo que elas não quisessem), a situação piorou. A população começou a fazer ataques à cidade, destruir bondes, prédios, trens, lojas, bases policiais, etc. Esse episódio da história brasileira ficou conhecido então como Revolta da Vacina.
Mais tarde, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se voltaram contra a lei da vacina. A revolta popular fez com que o governo suspendesse a lei, não sendo mais obrigatória. Para finalizar a rebelião, Alves coloca nas ruas o exército, polícia e marinha.
Ao final da revolta, o governo recomeça a vacinação da população, tendo como resultado a erradicação da varíola na cidade

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Revolta da Chibata:

A Revolta da Chibata foi um movimento de militares da Marinha do Brasil, planejado por cerca de dois anos e que culminou com um motim que se desenrolou de 22 a 27 de novembro de 1910 na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, à época a capital do país, sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto.
Na ocasião, mais de dois mil marinheiros rebelaram-se contra a aplicação de castigos físicos a eles impostos como punição, ameaçando bombardear a cidade. Durante os seis dias do motim seis oficiais foram mortos, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves.

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Cangaço:

O Cangaço foi uma onda de banditismo, crime e violência que se alastrou por quase todo o sertão do Nordeste brasileiro entre o século 18 e meados do século 20. Para alguns especialistas, o cangaço teria nascido como uma forma de defesa dos sertanejos diante da ineficiência do governo em manter a ordem e aplicar a lei. Mas o fato é que os bandos de cangaceiros logo se transformaram em quadrilhas que aterrorizaram o sertão, pilhando, assassinando e estuprando. Para combatê-los, o governo reagia com as "volantes", grupos de policiais disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes eram mais brutais que os próprios cangaceiros. O maior de todos os cangaceiros, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, começou a atuar em 1920. Estima-se que sua gangue chegou a matar mais de mil pessoas. As primeiras mulheres juntaram-se ao cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi Maria Bonita, companheira de Lampião. O sucesso de seus ataques contra fazendas e vilarejos fez a polícia intensificar os esforços para enfrentá-los, usando armamentos que os cangaceiros jamais conseguiram comprar, como submetralhadoras. Em 1938, Lampião e Maria Bonita foram mortos por uma volante. Um dos sobreviventes, Corisco, tentou assumir o lugar

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Padre Cícero:
Cícero Romão Batista nasceu em 1844 na antiga Vila Real do Crato e chegou a Juazeiro em 1872, dando início ao sacerdócio junto a população pobre de sertanejos, numa cidade marcada pela violência e pela prostituição. Teve importante atuação tanto no sentido de aconselhamento espiritual como no trabalho junto às comunidades nas épocas de seca e de fome. Dessa maneira conquistou o respeito da comunidade que passou a lhe atribuir a qualidade de santo e profeta.
O messianismo passou a fazer parte de sua vida em 1891, quando a hóstia ficou vermelha na boca da beata Maria Madalena, fazendo com que o povo considerasse o fato como um milagre.
A partir de então desenvolveu-se grande campanha contra o padre movida pela Igreja católica, que proibiu-o de rezar as missas e forçou sua transferência de Juazeiro. Em 1898 foi chamado à Roma para dar explicações sobre o â??milagre" e é absolvido, retornando a Juazeiro.
Mesmo com a rejeição do milagre pelo padre, o boato se espalha e a cidade torna-se centro de romarias de camponeses que buscam a cura para seus males, ampliando a fama do "Padim Ciço".

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Tenentismo e Coluna Prestes:

A partir da década de 1920, um movimento de caráter político-militar começou a se organizar no interior dos exércitos do Brasil. Jovens militares que ocupavam as patentes de oficial, tenente e capitão começaram a expressar o seu descontentamento frente aos desmandos do governo das oligarquias. Representando em parte os anseios dos setores médios da população brasileira, esses militares pregavam a moralização e o fim da corrupção no âmbito das práticas políticas da nação.
Entre outros pontos, os tenentes defendiam a instauração do voto secreto e o fim da corrupção eleitoral. Em certa medida, eram defensores de um regime político calcado na ordem democrática e liberal. No entanto, parte desses oficiais do Exército também via que a situação de urgência do país buscava a constituição de um governo forte e centralizado.
Uma das primeiras revoltas organizadas por esses militares começou a se organizar no ano de 1921, realizando oposição ao processo eleitoral da época. Os oficias eram contrários à eleição de Arthur Bernardes, que viria a se tornar presidente. Visando repreender as críticas desses oficiais ao novo governo, Arthur Bernardes ordenou o fechamento do Clube Militar. Inconformados com o decreto autoritário, uma guarnição do forte de Copacabana bombardeou a cidade e exigiu a renúncia do novo presidente.
A rebelião motivou uma violenta reação do governo que acabou desarticulando a maioria de seus participantes. Apenas um pequeno grupo, noticiado pelos jornais da época como “Os Dezoito do Forte”, resistiram às forças oficiais saindo em marcha pelo litoral carioca. As tropas fiéis ao presidente saíram à procura desse grupo resistente, executando a maioria dos envolvidos. O evento acabou potencializando a ocorrência de novas rebeliões militares.
Na data de 5 de julho de 1924, um novo grupo de tenentes paulistas tomaram das armas para enfrentar o governo. Ao longo de quase um mês, o grupo comandado pelo general Isidoro Dias Lopes entrou em confronto com as tropas governamentais. Em pouco tempo, novos levantes tenentistas viriam a se espalhar por outros cantos do Brasil. Uma parte dos militares envolvidos no levante em São Paulo, se refugiaram em Foz do Iguaçu, onde se encontraram com um grupo de tentes gaúchos.
A união desses militares possibilitou a formação da chamada Coluna Prestes. Esse grupo de guerrilheiros, de origem militar e civil, era liderado por Luís Carlos Prestes pregando mudanças por todo o território brasileiro. Ao longo de três anos, os participantes da Coluna Prestes percorreram mais de 24 mil quilômetros fugindo da perseguição dos oficias legalistas e convocando outras pessoas a fazer parte do movimento.
A falta de apelo popular de seus líderes acabou enfraquecendo o movimento, que se dissipou na Bolívia, no ano de 1927. Os participantes do movimento encerraram a sua luta. Alguns dos integrantes, entre eles Luis Carlos Prestes, resolveram militar pelas vias partidárias ao se aproximar do Partido Comunista do Brasil. Mesmo não obtendo resultados concretos, o tenentismo dava sinais de desgaste sofrido pelas teias de dominação estabelecidas pelo regime das oligarquias.

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Apoio didático para a apresentação dos seminários dos alunos do 9º ano da E. M. Dr. Xenofonte Mercadante.

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