" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

DOS ALUNOS E SUAS “TEMPERATURAS”

 Se fôssemos classificar os alunos conforme as suas diferentes temperaturas, poderíamos dividi-los em três grupos: os alunos quentes, os frios e os mornos.
          
Os alunos quentes são aqueles alunos brilhantes, que passam pela escola e deixam também que a escola passe por eles. Eles não são aprovados apenas porque têm boas notas no boletim, mas, também, porque têm bons conhecimentos na cabeça. O diploma deles é verdadeiro (é preciso esclarecer aqui que, hoje em dia, diplomas podem estar também nas mãos de pessoas semianalfabetas, já que modernamente foram criadas outras maneiras de se conseguir diplomas sem ser, necessariamente, por meio do estudo). Os alunos quentes são precisamente aqueles que estudam de verdade. Mas, diga-se de passagem, eles também sabem descontrair na hora certa e do jeito certo. Sabem dizer algo que provoque risos na turma de modo que até o professor ri, pois seu senso de humor é inteligente e suas piadas ocorrem com naturalidade e de modo oportuno, encaixando-se na aula sem perturbá-la. Quando os alunos quentes vão embora da escola, deixam um vazio enorme. Ficam as saudades e as lembranças boas. Eles jamais são esquecidos! Tornam-se orgulho para os professores, elevam o nome da escola por onde passam e ficam para a posteridade como modelos a serem seguidos.
          
Os alunos frios são aqueles que passam pela escola recusando que a escola passe por eles. Eles querem a nota alta no boletim, mas não fazem questão do conhecimento na cabeça. Falam muito. Interrompem o professor várias vezes enquanto este explica uma matéria, mas nunca os vemos fazer uma pergunta ou um comentário sério, que acrescente algo de útil à aula ou ao seu próprio esclarecimento enquanto estudantes. Seu objetivo toda vez que erguem a voz é apenas o de provocar risos na turma. Com esse comportamento, o que eles querem é profanar o lugar sagrado da educação, é desdenhar do que o professor apresenta como algo sério. Cada um deles está, no fundo, de modo subliminar, dizendo: “Veja, professor, como eu não estou nem aí para você nem para o que você está ensinando!” Os alunos frios também são lembrados depois que vão embora da escola. Mas é uma lembrança de pesar. Não são orgulhos para os professores, não servem como modelos a serem seguidos e denigrem o nome da escola onde deixaram suas pegadas.
          
Os alunos mornos são aqueles que ficam quietos no canto deles. Não mexem com ninguém. Não se expressam. Seu olhar não é mais que um vôo rasante que, de vez em quando, passa pela sala. O professor vara o ano quase sem saber como é a voz deles. Eles possuem potenciais a serem explorados, mas, por algum motivo, os mantêm escondidos, bloqueados. Acompanham bem as aulas, tiram boas notas. Mas pecam pela inexpressividade, pela extrema falta de comunicação. Enfim, por um constante isolamento afetivo. Os alunos mornos não são lembrados depois que saem da escola, pois eles não deixam uma marca. Eles não têm a marca brilhante dos alunos quentes, nem a marca cinzenta dos alunos frios. São, portanto, esquecidos. Aos alunos mornos, por quem tenho especial carinho, dirijo um conselho: Lembrem-se do enigma da esfinge: “Preserva-te, e serás esquecido. Expõe-te, e serás devorado!” Você, aluno morno, é o tipo de aluno que se preserva demais em seu próprio mundinho e, por isso, é esquecido. Proponho que você faça a outra parte do que diz o enigma da esfinge: expõe-te! Expor-se, neste caso, significa comunicar-se mais, fazer o seu marketing pessoal diante do professor, significa mostrar seus potenciais, mostrar ao mundo quem você é do que você é capaz. Assim, então, você será devorado. Isto é, todos vão querê-lo, desejá-lo, solicitá-lo. Você será lembrado! Se você ficar excessivamente calado, confabulando só com os seus próprios neurônios, ninguém poderá adivinhar os potenciais que você possui e nem as pessoas terão motivos para acreditar que você seja uma pessoa maravilhosa. Isso porque o mundo classifica-o segundo a sua temperatura. E você está se mostrando morno aos olhos do mundo.
          
Neste ano de 2012, desejo ter muitos alunos quentes.
          
Desejo que os mornos aceitem o desafio de se aquecerem um pouco mais.
          
E quanto aos frios, quando quiserem dizer-me algo que não seja uma piada, só então estarei aqui para ouvi-los, pois, por enquanto, estou dignamente ocupado com os alunos quentes e os mornos e, por isso, não tenho tempo a perder. 

 




Este artigo pode ser copiado, distribuído, postado em sites e blogs, desde que se cite a fonte e deixe o link para que outros leitores acessem.
Autor: José Fernandes, publicado originalmente no sitehttp://www.escritorjosefernandes.com, em 20 de novembro de 2011. 


Este artigo está liberado para uso, no todo ou em parte, desde que seja citada a fonte: Artigo publicado originalmente no site www.portalesperafeliz.com.br , em 10 de fevereiro de 2012.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Expansão marítima e comercial européia


O Comércio com o Oriente era bastante lucrativo para os comerciantes italianos, mas empobrecia a economia européia, pois os produtos orientais eram pagos, em boa parte, com ouro e prata, o que provocava uma “hemorragia de metais preciosos”. Na Europa ocidental, a produção de alimentos não era suficiente para alimentar sua população. Para agravar a situação, a população rural não tinha poder aquisitivo para adquirir a produção artesanal dos burgos. Assim, o excedente artesanal deveria ser colocado em outros mercados. A solução natural para todos esses problemas foi a expansão marítima.
         Como Veneza e Gênova dominavam as principais rotas do Mediterrâneo , era necessário encontrar novas rotas. Os europeus, acostumados à navegação no Mediterrâneo e próximo ao litoral atlântico, teriam que desenvolver técnicas mais ousadas, ampliar conhecimentos geográficos e astronômicos para orientação em mar alto, e melhorar a cartografia, essencial para a representação das novas regiões.
         As modernas invenções criavam uma perspectiva favorável paras as navegações: a imprensa propiciava a divulgação dos avanços, a pólvora era utilizada para armar os navios com canhões e instrumentos como a bússola e o astrolábio orientavam melhor os navegantes. A introdução do leme e o uso da vela latina propiciaram o aparecimento da caravela, um navio capaz de enfrentar os grandes percursos, as grandes ondas do Atlântico e de carregar muita mercadoria. Somem-se, a tudo isso, o interesse econômico do Estado moderno e a obra missionária da Igreja Católica e temos um plano estimulante das grandes navegações.
         A queda de Constantinopla, em 1453, acelerou a expansão marítima, pois com as rotas comerciais no Mediterrâneo oriental sob o controle dos turcos, as mercadorias asiáticas alcançaram um alto preço. Assim, era preciso descobrir novas rotas para evitar o domínio comercial dos turcos e italianos no Mediterrâneo e atingir as índias diretamente, sem intermediação na aquisição dos produtos de luxo como tapetes, sedas, porcelanas e especiarias (pimenta, cravo, canela, gengibre, noz-moscada), tão valiosos e desejados na Europa.


O pioneirismo de Portugal

         A grande expansão marítima européia se iniciou com Portugal quando, em 1415, tomou Ceuta, cidade comercial árabe norte-africana, portanto bem antes da queda de Constantinopla. Localiza-se na parte mais ocidental da Europa. É um país voltado naturalmente para o atlântico. Desde o século XIV era comum navios, que ligavam a Itália e para o mar do Norte, aportarem em Lisboa, para abastecimento e reparos, transmitindo para seus tripulantes conhecimentos e propiciando lucros aos portugueses. O interesse da monarquia coincidia com o dos comerciantes na busca de riquezas, e os da nobreza e da Igreja não eram diferentes. A nobreza, pelos saques e terras; o clero, pela expansão do Cristianismo e os benefícios que isto lhe traria. Pode-se, portanto, considerar essa expansão como uma renovação do ideal das Cruzadas. Não esquecendo os esforços do infante D. Henrique, o Navegador, ao fundar em Sagres, 1417, um centro de construção e estudos navais, que reuniu diversos especialistas como cartógrafos, astrônomos e marinheiros que possuíam conhecimento do que de mais avançado se sabia na época sobre a arte de navegar, que juntos passaram a estudar  o legado náutico deixado por grandes povos do passado – fenícios, egípcios, gregos, árabes, etc.  Foi na Escola de Sagres que foram realizados, em 1418, os primeiros estudos e projetos de viagens oceânicas. Foi nela que foram aprimoradas embarcações como a caravela e aperfeiçoados os instrumentos náuticos necessários a longas viagens, como a bússola e o astrolábio, que haviam sido inventados no Oriente. É importante ressaltar que os estudos desses especialistas não chegaram a tomar a forma de uma instituição educacional permanente, mas mesmo assim ficaram conhecidos Escola de Sagre.
         As principais etapas do avanço marítimo português foram:
a)       1415 – Conquista de Ceuta, no norte da África, primeiro passo na expansão.
b)       1434 – Alcance do Cabo Bojador, por Gil Eanes. Região de arrecifes pontiagudos, o cabo era considerado um obstáculo intransponível pelos portugueses. Quando chegavam ali, as caravelas sofriam sérias avarias ou afundavam. Em poucos anos, cerca de vinte embarcações foram a pique. Para os supersticiosos, a destruição dos barcos no Bojador devia-se aos monstros que habitavam o oceano ou à fúria divina.
c)       1488 – Alcance do Cabo da Boa Esperança (Cabo das Tormentas), no extremo sul da África, por Bartolomeu Dias.
d)       1498 – Chegada de Vasco da Gama às Índias, por navegação, contornando o continente africano; a mais longa viagem marítima até então.
e)       1500 – chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em sua viagem ás índias.
Feitorias comerciais e militares foram estabelecidas no litoral africano e asiático, como em Calicute, Goa, Timor e Malaca. Em 1520, os portugueses atingiam a China e o Japão. Para consolidar o seu domínio no comércio das especiarias, Portugal edificou um império na Ásia, que enriquecia mais especificamente a nobreza e o Estado. Lisboa era, nas primeiras décadas do século XVI, a principal praça comercial européia.

Carnaval de Carangola e o "frevo mineiro"

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Novo calendário faria o 'tempo parar'

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, descobriram uma maneira de fazer o tempo parar, pelo menos no caso da variação dos dias da semana que as datas caem de ano a ano. Com ajuda de programas de computador e fórmulas matemáticas, o astrofísico Richard Conn Henry e o economista Steve H. Hanke, criaram um novo calenário em que cada período de 12 meses seria exatamente igual ao anterior. Assim, se o Natal deste ano caiu em um domingo, ele continuaria a ser comemorado no mesmo dia da semana pelo resto da eternidade. No novo calendário, os meses de março, junho, setembro e dezembro teriam 31 dias, enquanto todos os demais ficariam com 30.
- Nossa proposta oferece um calendário estável que é absolutamente idêntico de ano a ano e permite um planejamento permanente e racional das atividades, desde os anos letivos até os feriados – defende Henry. - Imagine o tempo e esforço despendidos todo ano no planejamento de cada organização no mundo e fica claro que nosso calendário tornaria a vida mais simples, com benefícios dignos de nota.
Além das vantagens práticas de aniversários e feriados caírem sempre no mesmo dia da semana, os benefícios econômicos seriam ainda maiores, considera Hanke, especialista em economia internacional e política monetária.
- Nosso calendário simplificaria os cálculos financeiros – conta. - A contagem diária é necessária para determinar os juros acumulados por hipotecas, títulos e outros instrumentos e nosso calendário atual está cheio de anomalias que levaram ao estabelecimento de várias convenções numa tentativa de simplificar esses cálculos. Já nosso calendário permanente tem um padrão trimestral previsível de 91 dias, com dois meses de 30 dias e um terceiro de 31 dias, que nos livra destas convenções artificiais na contagem diária.
Segundo Hanke e Henry, seu calendário é uma melhoria de vários outros apresentados por indivíduos e organizações ao longo do último século.
- As tentativas de reforma fracassaram no passado porque todas elas envolviam a quebra do ciclo de sete dias da semana, o que não é aceitável por muitas pessoas por violar o mandamento de guardar os sábados e nossa versão nunca quebra este ciclo – explica Henry.
Segundo ele, o novo calendário é mais conveniente e fácil de usar que o o atual gregoriano, instituído há mais de quatro séculos, quando em 1582 o Papa Gregório alterou o calendário instituído por Júlio César em 46 a.C.. Numa tentativa de sincronizar o calendário juliano com as estações, o papa removeu 11 dias de outubro naquele ano, com o dia 15 se seguindo ao dia 4. Esse ajuste foi necessário para lidar com o mesmo problema complexo que faz tão grande desafio a criação de um novo calendário: o fato de que cada ano terrestre dura exatamente 365,2422 dias.
Hanke e Henry resolveram o problema dos pedaços extras de dias abandonando os anos bissextos em favor de uma semana extra a ser adicionada ao fim de dezembro a cada cinco ou seis anos, sincronizando o calendário à mudança das estações enquanto a Terra orbita o Sol.
Além de defenderem a adoção do novo calendário, Hanke e Henry querem abolir os fusos horários em favor de uma “hora universal” de forma a sincronizar datas e horas em todo mundo, favorecendo os negócios internacionais.
- Uma mesma hora e uma mesma data em todo o mundo – argumentam em artigo a ser publicado em janeiro do ano que vem no periódico “Global Asia”. - Reuniões de negócios, tabelas de campeonatos e anos letivos seriam idênticos todos os anos. A cacofonia de fusos horários, horários de verão e flutuações de calendários de hoje estaria encerrada. A economia – e todos nós – receberia um dividendo de harmonização permanente.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/calendario-faria-natal-sempre-cair-no-mesmo-dia-da-semana-3521516#ixzz1nJOZnupV 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Foto histórica - Uma atitude contra o nazismo

A coragem de dizer não

Foto histórica de um homem que se recusou a fazer a saudação nazista cai na internet e faz sucesso nas redes sociais


Contrariando a atração à frivolidade das mensagens virais que tomam a internet, uma antiga foto de um homem que se recusou a fazer o cumprimento nazista se espalha pelo Facebook e faz sucesso na rede mundial de computadores. Enquanto dezenas de pessoas saúdam o Terceiro Reich, o homem permanece de braços cruzados e com um semblante de desdém.
A imagem foi feita em 1936 – em plena Alemanha Nazista – no Porto de Hamburgo, onde a multidão se aglomerava para assistir ao lançamento de um navio militar. O cidadão se chamava August Landmesse e era operário do estaleiro de Hamburgo. Apesar de ter ingressado no Partido Nazista em 1931, ele foi expulso em 1935 por ser casado com uma judia. A união lhe valeu duas filhas e a prisão por “desonrar a raça ariana”. Em 1941, August foi libertado e enviado à guerra. Em pouco tempo no campo de batalha foi dado como desaparecido em combate e declarado morto. Já a mulher de August teria sido presa pela Gestapo, a polícia secreta nazista, e depois desaparecido.
A história veio à tona apenas em 1991, quando August foi identificado. Ao ver a foto num jornal alemão, Irene, uma de suas filhas, o reconheceu. Enquanto sua irmã foi morar com a avó materna, Irene foi enviada a um orfanato e depois adotada. Em 1996, ela escreveu um livro contando a história da família.
A imagem, que já foi curtida quase 100 mil vezes e compartilhada outras 40 mil, foi publicada no último sábado (dia 4) na página do Facebook do movimento Senri No Michi – uma organização criada após o terremoto e o tsunami de 2011 do Japão, com o objetivo de divulgar ações de caridade.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Exposição: "Carnaval é História"

O Museu Municipal de Carangola realizará uma exposição fotográfica sobre o Carnaval Carangolense entre os dias 06 e 10 de fevereiro de 2012.

No primeiro dia de exposição (06/02), às 19 horas, no Salão Nobre "Jayro Motta Hosken", nas dependências do Museu, haverá uma mesa redonda com especialistas do carnaval carangolense, debatendo importantes assuntos desta festividade e relembrando momentos inesquecíveis.

Prefeitura de Carangola e a Secretaria de Cultura por intermédio do Museu Municipal convidam toda a população para participarem e visitarem a exposição.

Saindo da rotina...Carnaval em Carangola

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