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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Novo calendário faria o 'tempo parar'

Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, descobriram uma maneira de fazer o tempo parar, pelo menos no caso da variação dos dias da semana que as datas caem de ano a ano. Com ajuda de programas de computador e fórmulas matemáticas, o astrofísico Richard Conn Henry e o economista Steve H. Hanke, criaram um novo calenário em que cada período de 12 meses seria exatamente igual ao anterior. Assim, se o Natal deste ano caiu em um domingo, ele continuaria a ser comemorado no mesmo dia da semana pelo resto da eternidade. No novo calendário, os meses de março, junho, setembro e dezembro teriam 31 dias, enquanto todos os demais ficariam com 30.
- Nossa proposta oferece um calendário estável que é absolutamente idêntico de ano a ano e permite um planejamento permanente e racional das atividades, desde os anos letivos até os feriados – defende Henry. - Imagine o tempo e esforço despendidos todo ano no planejamento de cada organização no mundo e fica claro que nosso calendário tornaria a vida mais simples, com benefícios dignos de nota.
Além das vantagens práticas de aniversários e feriados caírem sempre no mesmo dia da semana, os benefícios econômicos seriam ainda maiores, considera Hanke, especialista em economia internacional e política monetária.
- Nosso calendário simplificaria os cálculos financeiros – conta. - A contagem diária é necessária para determinar os juros acumulados por hipotecas, títulos e outros instrumentos e nosso calendário atual está cheio de anomalias que levaram ao estabelecimento de várias convenções numa tentativa de simplificar esses cálculos. Já nosso calendário permanente tem um padrão trimestral previsível de 91 dias, com dois meses de 30 dias e um terceiro de 31 dias, que nos livra destas convenções artificiais na contagem diária.
Segundo Hanke e Henry, seu calendário é uma melhoria de vários outros apresentados por indivíduos e organizações ao longo do último século.
- As tentativas de reforma fracassaram no passado porque todas elas envolviam a quebra do ciclo de sete dias da semana, o que não é aceitável por muitas pessoas por violar o mandamento de guardar os sábados e nossa versão nunca quebra este ciclo – explica Henry.
Segundo ele, o novo calendário é mais conveniente e fácil de usar que o o atual gregoriano, instituído há mais de quatro séculos, quando em 1582 o Papa Gregório alterou o calendário instituído por Júlio César em 46 a.C.. Numa tentativa de sincronizar o calendário juliano com as estações, o papa removeu 11 dias de outubro naquele ano, com o dia 15 se seguindo ao dia 4. Esse ajuste foi necessário para lidar com o mesmo problema complexo que faz tão grande desafio a criação de um novo calendário: o fato de que cada ano terrestre dura exatamente 365,2422 dias.
Hanke e Henry resolveram o problema dos pedaços extras de dias abandonando os anos bissextos em favor de uma semana extra a ser adicionada ao fim de dezembro a cada cinco ou seis anos, sincronizando o calendário à mudança das estações enquanto a Terra orbita o Sol.
Além de defenderem a adoção do novo calendário, Hanke e Henry querem abolir os fusos horários em favor de uma “hora universal” de forma a sincronizar datas e horas em todo mundo, favorecendo os negócios internacionais.
- Uma mesma hora e uma mesma data em todo o mundo – argumentam em artigo a ser publicado em janeiro do ano que vem no periódico “Global Asia”. - Reuniões de negócios, tabelas de campeonatos e anos letivos seriam idênticos todos os anos. A cacofonia de fusos horários, horários de verão e flutuações de calendários de hoje estaria encerrada. A economia – e todos nós – receberia um dividendo de harmonização permanente.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/calendario-faria-natal-sempre-cair-no-mesmo-dia-da-semana-3521516#ixzz1nJOZnupV 

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