O Hino nacional que conhecemos hoje tem a mesma melodia desde o Império, mas a letra já foi bem diferente. A música foi composta em 1831 por Francisco Manuel da Silva, que utilizou como letra versos de Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva. Executada pela primeira vez em 13 de abril, na festa de despedida de Pedro I, a marcha patriótica ficou conhecida como Hino 7 de Abril.
A letra não fez sucesso, mas o hino passou a ser tocado em todas as solenidades públicas. Em 1841, para a coroação de Pedro II, o Hino ao 7 de Abril recebeu novos versos, de sautor desconhecido, mas manteve o antigo refrão. Mais uma vez a letra não agradou, mas a música tornou-se o Hino do Império, executado em todas as aparições de Pedro II.
Hino 7 de Abril, 1831
Os bronzes da tirania
Já no Brasil não se rouquejam
Os monstros que os escravizaram
Já entre nós não vicejam
Arranque-se aos nossos filhos
Nomes e idéias dos lusos...
Monstros que sempre em traições
Nos envolvem confusos
Da Pátria o grito
Eis se desata
Desde o Amazonas
Até o Prata
Hino do Império, 1841
Quando vens, faustoso dia,
Entre nós raiar feliz,
Vemos só na liberdade
A figura do Brasil.
Da Pátria o grito
Eis que desata
Do Amazonas até o Prata
Negar de Pedro as virtudes
Seu talento escurecer;
É negar como é sublime
Da bela aurora romper.
Da Pátria o grito
Eis que desata
Do Amazonas até o Prata
Exultai, brasílio povo,
Cheio de santa alegria
Vede de Pedro o exemplo
Festejando neste dia.
Da Pátria o grito
Eis que desata
Do Amazonas até o Prata
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