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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Passado revisto na televisão


Cenas do episódio

Foi apresentada nesta terça-feira (30) no Rio de Janeiro a série “Histórias do Brasil”, uma produção que tem o objetivo de recriar importantes capítulos da trajetória do país, sob a ótica de personagens comuns, que viveram os episódios. A série mistura encenação realista com depoimentos de pesquisadores que estudam os assuntos em questão. Assim, para falar sobre o período inicial da colonização portuguesa na terra que um dia receberia o nome de Brasil, foi convocado o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, professor da UFRJ.
O mesmo acontece com Álvaro da Costa e Silva, que esteve presente nesta terça no Instituto Moreira Salles, na Zona Sul do Rio, que fala em diversos episódios sobre a população africana que havia sido trazida à força para o Brasil. Outros membros do conselho editorial da Revista de História, como José Murilo de Carvalho, Lilia Moritz Schwarcz, Caio César Boschi, Marieta de Moraes Ferreira, também participam das entrevistas, que contou também com a supervisão de pesquisadores da própria revista e a direção do cineasta Arthur Fontes.
Os temas, os lugares e as datas abordadas são: “Antes do Brasil”, em Cabo Frio, 1530; “Escravos no engenho”, na Bahia, 1574; “Guerra pelo açúcar”, em Pernambuco, 1645; “Entradas e Bandeiras”, no sertão da Capitania de São Vicente, 1690; “Ouro e cobiça”, em Ouro Preto, 1719; “Leituras perigosas”, no Rio de Janeiro, 1794; “O sangrador e o doutor”, no Rio de Janeiro, 1820; “Vida e morte no Paraguai”, em Tuiuti, 1866; “Propaganda e repressão”, no Rio de Janeiro, 1942, “O sonho de Juscelino”, em Brasília, 1958.
Nesta terça foram apresentado os episódios “O sangrador e o doutor” e “O sonho de Juscelino”. O primeiro, que conta com o ator Antônio Pompêo no papel principal, mostra o escravo forro Benedito (Pompêo) que trabalha como curandeiro e sangrador, mas é denunciado por um nobre de quem ele tinha tratado por participar de calundus – que Benedito considera, curiosamente, uma doença. Na oportunidade, Alberto da Costa e Silva explica que o período entre 1808 e 1831 foi o de maior entrada de africanos no Rio, e que a cidade poderia ser confundida como um ponto no continente do outro lado do Atlântico.
O segundo, como o título sugere, mostra a construção de Brasília, sob o ponto-de-vista de dois ajudantes do então presidente Juscelino Kubistchek – um novo, entusiasta da mudança; outro pronto a se aposentar, que afirma que a capital deveria continuar no Rio. Nesse segundo, a professora Marieta de Moraes Ferreira faz um comentário que contextualiza a situação política da época. Segundo Marieta, o plano de metas de JK, que tinha como meta síntese a construção de Brasília, dava pouco destaque para assuntos como a educação. Também descobrimos que a construção afetou seriamente a situação financeira do país.
São dez episódios de cerca de 25 minutos, cada, que vão passar na TV Brasil, a partir do dia 5 de setembro, diariamente, às 22h. No dia seguinte à sua exibição, o capítulo estará na íntegra no site da Revista.

2 comentários:

  1. É bom vir aqui e me manter informada, vou assistir sim, a TV Brasil pra ver mais da História, olha que o meu pai gostava muito do JK...enfim quero ficar mais ciente de tudo, o passado do Brasil era melhor que o presente, não acha...sei não, mas adoro a história do nosso País. Abraços da Mery.

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  2. Olá Mery, obrigado pela visita, acredito que essa série de programas será uma ótima oportunidade para o povo brasileiro conhecer um pouco mais sobre a nossa própria História. Quanto ao nosso passado, tivemos sim muitas coisas boas, mas também outras nem tanto e algumas horríveis, todas essas "coisas" que o homem produz ao longo do tempo é que alimenta a nossa História. Abraços do Prof. Pedro Paulo

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