" História, o melhor alimento para quem tem fome de conhecimento" PPDias

domingo, 20 de novembro de 2011

Orgulho da cor

  • Em diálogo com outros países, o movimento negro brasileiro cresceu nos anos 1970 sob vigilância da ditadura, para se afirmar na democracia


    No Dia da Consciência Negra, a RHBN Online destacou um artigo dos pesquisadores Amilcar Araújo Pereira e Verena Alberti, publicado em setembro de 2008, que contra a história do movimento negro brasileiro em plena ditadura militar. O levante encorpou diante do assassinato do jovem negro Robson Silveira da Luz acusado de roubar frutas numa feira, e na discriminação sofrida por quatro meninos negros impedidos de treinar vôlei no time infantil do Clube de Regatas Tietê.
    As lutas, porém, começaram desde a abolição, como explica o artigo “Consciência de cor”, publicado em setembro de 2007. Em 1903, por exemplo, nascia o jornal “O Baluarte”, anunciado como “órgão oficial do Centro Literário dos Homens de Cor e dedicado à defesa da classe”. Era comum jornais dirigidos por negros denunciando o preconceito, defendendo o bom comportamento e apostando na formação de uma consciência racial
    Mas, como a luta continua, confira a programação culturalsobre consciência racial que acontece até o fim do mês em várias capitais do país.

     


     

    Por Verena Alberti e Amilcar Araujo Pereira
    O Serviço Nacional de Informações (SNI), criado em 13 de junho de 1964 com a finalidade de coordenar as atividades de informação e contra-informação em todo o país, produziu inúmeros relatórios sobre assuntos julgados pertinentes à Segurança Nacional durante o regime militar. Num deles, de 14 de julho de 1978, podemos encontrar um relato sobre a manifestação, nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo, daquilo que se tornaria mais adiante o Movimento Negro Unificado (MNU), uma das entidades do movimento negro surgidas no Brasil na década de 1970.

    Realizou-se em São Paulo, no dia 7 julho de 1978, na área fronteiriça ao Teatro Municipal, junto ao Viaduto do Chá, uma concentração organizada pelo autodenominado “Movimento Unificado Contra a Discriminação Racial”, integrado por vários grupos, cujos objetivos principais anunciados são: denunciar, permanentemente, todo tipo de racismo e organizar a comunidade negra. Embora não seja, ainda, um “movimento de massa”, os dados disponíveis caracterizam a existência de uma campanha para estimular antagonismos raciais no País e que, paralelamente, revela tendências ideológicas de esquerda. Convém assinalar que a presença no Brasil de Abdias do Nascimento, professor em Nova Iorque, conhecido racista negro, ligado aos movimentos de libertação na África, contribuiu, por certo, para a instalação do já citado “Movimento Unificado”.

    Esse documento, que se encontra no Arquivo Ernesto Geisel, depositado no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas, não é o único produzido pelos órgãos de informação da época sobre a atividade de militantes e organizações do movimento negro. Mas ele nos ajuda a situar a atuação desse movimento social na História do Brasil, mais especificamente no contexto da abertura política, iniciada em 1974. Desde o início da década de 1970, é possível registrar a formação de entidades que, como diz o relatório do SNI, buscavam denunciar o racismo e organizar a comunidade negra.

Dia Nacional da Consciência Negra - O Brasil é isso aí


20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra - "Consciência de igualdade, valor e atitude". Linda Música de Arlindo Cruz com a participação de Marcelo D2, que mostra um retrato fiel do nosso Brasil, miscigenado, multicultural e lindo.

Os estandartes do país, da Colônia à República


Bandeira da Ordem
de Cristo

(1332 - 1651)
A Ordem de Cristo patrocinou as grandes navegações portuguesas e exerceu grande influência nos dois primeiros séculos da vida brasileira. A cruz de Cristo estava pintada nas velas da frota de Pedro Alvares Cabral. Os marcos traziam de um lado o escudo português e do outro a Cruz de Cristo. Esta bandeira foi usada de 1332 até 1651.
Era a bandeira de Portugal na época do descobrimento do Brasil. Em 1495, o rei dom Manuel decidiu sobrepor a Cruz de Cristo ao brasão real. As bandeiras dos reis eram sempre as oficiais do reino. 
Bandeira Real
(1500 - 1521)
Bandeira de dom João 3
(1521 - 1616)
A bandeira desse rei, chamado de "Colonizador", tomou parte nas expedições exploradoras e colonizadoras, na instituição do Governo Geral na Bahia em 1549 e na posterior divisão do Brasil em dois governos, com a outra sede no Maranhão.
Dom João 3o morreu sem deixar herdeiros diretos. O próximo na linha de sucessão era Felipe 2o da Espanha, que criou em 1616 esta bandeira, para Portugal e suas colônias. Era a bandeira a época das invasões holandesas no Nordeste e ao início da expansão bandeirante, propiciada, em parte, pela "União Ibérica". 
Bandeira do Domínio Espanhol
(1616 - 1640)
Bandeira da Restauração
(1640 - 1683)
Também conhecida como bandeira de dom João 4o; foi instituída, logo após o fim do domínio espanhol. O fato mais importante que presidiu foi a expulsão dos holandeses do Brasil. A orla azul alia à idéia de pátria o culto de Nossa Senhora da Conceição, que passou a ser a padroeira de Portugal, no ano de 1646.
Primeira bandeira criada para o Brasil. Dom João 4o conferiu a seu filho Teodósio o título de "Príncipe do Brasil" e elevou a antiga colônia à condição de principado. O Brasil recebeu um emblema exclusivo, concedido pelo soberano: aesfera armilar de ouro passou a ser representada nas bandeiras de nosso país.
Bandeira do Principado
do Brasil

(1645 - 1816)
Bandeira de dom Pedro 2o, de Portugal
(1683 - 1706)
Esta bandeira presenciou o apogeu da epopéia bandeirante, que tanto contribuiu para nossa expansão territorial. É interessante atentar para a inclusão do campo em verde (retângulo), que voltaria a surgir na bandeira imperial e foi conservado na bandeira atual, adotada pela República.
Em 1600 Portugal ganha sua primeira bandeira oficial – até então a bandeira oficial do reino era a do rei. Esta bandeira foi usada como símbolo oficial do Reino ao lado das três bandeiras já citadas: a bandeira da restauração, a do Principado do Brasil e a bandeira de dom Pedro 2o, de Portugal. 
Bandeira Real Século 17
(1600 - 1700)
Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve
(1816-1821)
Criada em conseqüência da elevação do Brasil à categoria de Reino, em 1815, presidiu as lutas contra Artigas, a incorporação da Cisplatina, a Revolução Pernambucana de 1817 e, principalmente, a conscientização de nossas lideranças quanto à necessidade e à urgência de nossa emancipação política.
A Revolução do Porto, de 1820, fez prevalecer em Portugal os ideais liberais da Revolução Francesa, abolindo a monarquia absoluta e instituindo o regime constitucional, cujo pavilhão foi criado em 21 de agosto de 1821. Foi a última bandeira Lusa a tremular no Brasil. 
Bandeira do Regime Constitucional
(1821- 1822)
Bandeira Imperial
do Brasil

(1822 - 1889)
Criada por Decreto de 18 de setembro de 1822 e desenhada por Jean-Baptiste Debret era composta de um retângulo verde e um losango ouro, escolhidas por dom Pedro 1o, os ramos de café e tabaco indicados no decreto como "emblemas de sua riqueza comercial, representados na sua própria cor, e ligados na parte inferior pelo laço da nação". As 19 estrelas de prata correspondem às 19 províncias que o país tinha na época. Menos de quatro meses depois a coroa real que se sobrepunha ao brasão foi substituída por uma coroa imperial "a fim de corresponder ao grau sublime e glorioso em que se acha constituído esse rico e vasto continente", afirmava o decreto de 1º de dezembro de 1822.
Esta bandeira foi hasteada na redação do jornal "A Cidade do Rio", após a proclamação da República, e no navio "Alagoas", que conduziu a família imperial ao exílio.Tinha 21 estrelas de prata e era uma variante da bandeira do Clube Republicano Lopes Trovão. Uma versão local da bandeira norte-americana.Bandeira provisória da República
(15 a 19 Nov 1889)
A bandeira brasileira,
criada em 19 de novembro de 1889.
Projetada por Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, nossa bandeira foi inspirada no pavilhão do Império. No lugar da coroa imperial, a esfera azul-celeste e a divisa positivista "Ordem e Progresso". Dentro da esfera está representado o céu do Rio de Janeiro, com a constelação do Cruzeiro do Sul, às 8h30 do dia 15 de novembro de 1889. Em 1992, uma lei alterou a bandeira para permitir que todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal fossem representados por estrelas.
Fonte: Academia Militar das Agulhas Negras
Arte: Lydia M.A.Olivieri

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Aprenda brincando... Proclamação da República

Muitas cidades brasileiras ergueram a sua Praça 15, nome carinhoso para uma data histórica, o 15 de novembro da Proclamação da República. Teste-se sobre aquela época de tensão entre militares e família imperial. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Termos históricos: Ações Afirmativas

Rosa Parks
O termo ação afirmativa surigu nos Estados Unidos, na década de 1960, nos movimentos pela eliminação das leis que discriminavam a população negra. Uma dessas leis, por exemplo, obrigava os negros a ceder o lugar aos brancos no transporte público. Nos dia 01/12/1965 estorou uma revolta contra a discriminação no transporte público, quando a costureira negra Rosa Parks foi presa e multada por se recusar a ceder seu lugar a um branco, num ônibus na cidade de Montgomery, Alabama. A prisão de Rosa desencadeou um boicote de 381 dias ao transporte público, organizado por Martin Luther King Jr., pastor da Ibreja Batista. Em 1964, Luther King ganhou o Prêmio Nobel da Paz por sua luta pelos direitos civis nos Estados Unidos; em 1968, foi assassinado por um opositor.
Para alguns militantes, entretanto, não bastava acabar com essas leis; era preciso colocar em prática certas ações para garantir o acesso da população negra à educação e ao emprego, de modo a melhorar suas condições de vida e torná-las mais igulitárias em relação às do restante da população.
Nos Estados Unidos, as políticas de ação afirmativa tornaram-se lei, sendo adotadas pelo Estado e por gurpos privados. Em universidades e empresas, por exemplo, foi estabelecido uma cota mínima de vagas a serem preenchidas pela população negra.
Na Europa, essas práticas começaram a ser adotadas em 1976, com o nome de ação ou discriminação positiva. Desde então, as políticvas de ação afirmativa atingiram, além dos negros, também mulheres e minorias étnicas em diversos países, como Índia, Austrália, Nigéria, Cuba e Brasil.
No Brasil, essas políticas começaram a ser implantadas pelo Estao em 1995, com o estabelecimento de uma cota mínima de 30% de mulheres entre os candidatos de cada partida nas eleições. Em 2001, também foram estabelecidas cotas em cargos público e nas universiades para a população negra e indígena.


domingo, 6 de novembro de 2011

A Escravidão...




Vídeo com algumas imagens representando os quase quatro séculos de escravidão no Brasil, séculos de opressão, humilhação, violência, crueldade, insanidade, entre outras atrocidades cometidas contra os povos africanos que chegaram aos milhões nessas terras.
Ao comemorarmos em breve o Dia Nacional da Consciência Negra é importante refletirmos sobre o que passou em nossa História, para pensarmos em um futuro melhor, onde a cor da pele, credo, orientação sexual ou qualquer outra singularidade, não possa ser utilizada para discriminar alguém e que assim possamos agir para construirmos uma sociedade realmente democrática e cidadã.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Entre cantos e chibatas

A convite do blog do ims, a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz analisou uma série de imagens que retratam o negro na sociedade brasileira e pertencem ao acervo do Instituto Moreira Salles. São fotos sobretudo do século 19, reveladoras de contradições de um período em que o Brasil teve fotógrafos de objetivos distintos, que vão da criação de uma imagem apaziguadora da escravidão ao levantamento amplo das diferentes funções dos escravos até a Abolição.
Bloco 1: Deusas e mucamas
Nesta primeira parte, Lilia Schwarcz observa as semelhanças e disparidades nas imagens capturadas ao ar livre ou em ateliê. A antropóloga se apoia em definição de Susan Sontag, segundo a qual a “fotografia serve à mentira”, para definir o que é jogo de cena. E é justamente esse falseamento que ela identifica nos ateliês dos fotógrafos: “Tudo é uma mentira, tudo é uma composição”. Chamam atenção as negras expostas como mulheres sensuais e aquelas que se ornam com fidelidade às origens.

A origem do Dia de Finados

O Dia dos Fiéis Defuntos ou Dia de Finados, (conhecido ainda como Dia dos Mortos no México), é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.

William-Adolphe Bouguereau (1825-1905) 

 The Day of the Dead (1859)

Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e se apóia em uma prática de quase dois mil anos.
Os Protestantes em geral, afirmam que a doutrina da Igreja Católica, que recomenda a oração pelos falecidos, é desprovida de fundamento bíblico. Segundo eles, a única referência a este tipo de prática estaria em II Macabeus 12,43-46. Porém os protestantes não reconhecem a canonicidade deste livro, por tanto não cultuam esse dia.
No México é comemorada a festa do dia dos mortos, uma festa bem característica da cultura mexicana e que atrai muitos turistas.

Fonte: Wikipédia

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Saindo da rotina... Seria hilário se não fosse trágico.

O SEGREDO... 
  
Um médico saiu a caminhar e viu essa velhinha da foto sentada no banco de uma praça fumando um cigarrinho.
 
Aproximou-se e perguntou:
 
"Nota-se que está bem, qual é seu segredo??
 
Ela  então respondeu:
 
"Sou PROFESSORA, durmo às 4 da manhã elaborando provas, me levanto às 6.    Nos fins de semana não pratico esportes, não me divirto. Trabalho corrigindo avaliações, organizando as aulas, preenchendo    DIÁRIO    de classe, lançando a nota do Estado na internet (putz!),fazendo planejamentos, procurando músicas para passar para os alunos, procurando vídeos na INTERNET para não deixar as aulas MONÓTONAS, não tenho tempo para os meus filhos, só para os FILHOS DOS OUTROS, todo final de semana estou sempre com algo para elaborar ou corrigir, inclusive nos feriado, como hoje 1º DE MAIO, DIA DO TRABALHO. Não tomo café da manhã, não almoço e nem janto porque não dá tempo.
 
O doutor então exclamou:
 
- "Mas isso é extraordinário". A senhora tem quantos anos?
  

     37, respondeu-lhe a velhinha.... 

Veja também:

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