Desde 1945, maioria dos conflitos armados ocorre dentro dos países.
Série do G1 analisa guerras e confrontos atuais.
Em 2009, o mundo presenciou um total de 365 conflitos políticos, entre os quais sete guerras e 24 crises severas. É o que diz um estudo do Instituto Heidelberg para Pesquisas em Conflitos Internacionais (HIIK), publicado anualmente. O número não é muito diferente do ano anterior, que registrou 353 confrontos, mas o que chama a atenção numa análise mais detalhada é a mudança na natureza das guerras nas últimas décadas.
Segundo a pesquisa, chamada ‘Conflitobarômetro’ [clique aqui  para ler a íntegra, em inglês], hoje, é cada vez mais difícil a batalha  direta entre duas nações. “Conflitos muito violentos entre Estados são  extremamente raros. [...] Desde o declínio da União Soviética, seu  número caiu severamente – nos últimos anos, apenas um ou até nenhum  conflito entre estados é contabilizado por ano”, explicou em entrevista  ao G1 uma das diretoras do Instituto, Lotta Mayers.
Baseado nesse estudo, o G1 publica a partir desta  quinta-feira (29) uma série de reportagens analisando os principais  conflitos armados no mundo. A primeira é sobre a guerra do Afeganistão.
Para Kristine Eck, professora da Universidade Uppsala, na Suécia, todo o  período pós-Segunda Guerra foi marcado por um número maior de conflitos  internos do que de guerras entre Estados. "Mas deve-se levar em conta  também que, apesar de as nações estarem menos inclinadas a lutarem  diretamente entre si, elas geralmente fornecem apoio a grupos rebeldes,  como um tipo de 'guerra proxy' [guerra por procuração], provendo apoio  com armamentos, treinamento ou ajuda financeira. Esse tipo de ajuda é  recebida em 75% de todos conflitos internos."
Além disso, o modo como os confrontos terminam também tem mudado. Antes  da Guerra Fria, segundo a professora Eck, a maioria das guerras  terminava com uma vitória militar de lado e destruição do outro. "Hoje,  essa é a maneira mais improvável de acabar um confronto. Os conflitos  terminam de um jeito diferente agora: é mais provável que eles acabem  com um cessar-fogo, um acordo de paz, ou outro motivo, como mudança de  liderança ou de estratégia."
Outra mudança apontada por Eck é a diminuição de mortes nos conflitos  atuais, tendência que pode ser vista desde 1980. Segundo ela, isso pode  ser explicado pois desde o fim da Guerra Fria o apoio armamentista e  financeiro vindo de países para grupos rebeldes é bem menor. "Os  partidos guerreiros não têm o mesmo acesso a armas, tecnologia e  dinheiro que eles tinham há 30 anos."
Fluxo contínuo
Nos anos de 1980 a 1990 houve um crescimento mais ou menos contínuo no  número de conflitos violentos até que se atingiu um pico em 1992, com 52  conflitos altamente violentos. “Isso ocorreu por causa do declínio da  União Soviética”, explica Lotta Mayers. "Depois disso, o número diminuiu  muito até 1995, mas voltou a crescer em 2004. Os últimos cinco anos  foram marcados por uma oscilação entre uma média de 30 a 40 conflitos  muito violentos."
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Policial da polícia de fronteira afegã mostra armamento em Kunar, dezembro de 2009 (Foto: Tauseef Mustafa/AFP)
Metodologia
O HIIK diferencia três categorias de conflitos violentos: crise, crise grave e guerra. Crises são caracterizadas por uso esporádico da violência, ao passo que crises severas e guerras seriam uma resposta organizada com uso de violência sistêmica durante um longo período de tempo, causando intensa destruição. Crises severas e guerras, na metodologia do Instituto, podem ser agrupadas na categoria ‘conflitos muito violentos’.
Fonte: www.g1.com.br 

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ResponderExcluirAhhh, agradeço o elogio no blog!
ResponderExcluirEle tá um pouco "abandonado" graças ao meu esforço pra prestar um bom vestibular, mas eu to voltando.
Seu blog é super show de bola! Me apaixonei! *o*
Ah, e obrigada pelo jovem! HAHAHAHAHAAH
Um grande abraço!
Vanessa Sousa
http://nesuka.blogspot.com/