Em tempos de crise, a História pode ser vista como uma das formas de resistência visando a continuidade e amadurecimento de nossa experiência democrática. O tema do XX Encontro Regional de História da ANPUH-MG, ocorrido em 2016, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) em Uberaba, Minas Gerais, já prenunciava o momento vivenciado pela nossa área do conhecimento quando abordou a "História em tempos de crise". Naquele encontro acadêmico, citou-se: "Crise política, ambiental, econômica, moral e epistemológica. Crise dos refugiados, dos paradigmas e das universidades. A Crise, esta filha direta da Modernidade apresenta-se na aurora do século XXI enquanto objeto sedento pela atenção da História. Cabe, então, transformá-la em algo para além do algoz que deseja nos manter cativo, e sim motor para análise, ações e criações".
Na continuidade do proposto pelos encontros acadêmicos dessa Associação Nacional de História, ANPUH-MG, é que a XXI edição propõe elencar a própria área do conhecimento, ampla e abrangente, para pensar as formas de resistências a partir do papel do historiador e da historiografia. O XXI Encontro Regional de História (XXI ERH) será realizado entre os dias 01 a 03 de agosto de 2018, na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Campus Darcy Ribeiro, localizada em Montes Claros.
A temática do evento é de grande relevância para a instrumentalização das ações e do pensamento sobre as questões que nos envolvem na atualidade. A História do Tempo Presente tem se caracterizado pela rápida transformação e mesmo pela perda de valores e conquistas que foram outrora tão caros às gerações anteriores. Entender o papel do historiador, em suas diversas atuações (ensino, pesquisa e extensão), frente a uma sociedade que precisa ser mais dinâmica, mais inclusiva, mais justa e que ao mesmo tempo sofre a ação de retrocessos promovidos por diferentes tipos de fundamentalismos, torna-se o grande desafio desse Encontro Regional. Entendemos que o diálogo e o debate sejam instrumentos poderosos para o combate ao estranhamento e ao preconceito, reações que são fruto do desconhecimento do outro. A partir do exposto, pretendemos contar com pesquisas que abordem, mesmo que de forma implícita, suportes teóricos, metodológicos, éticos e políticos que este recorte, voltado às formas de resistências, impõe ao campo histórico e às atuações do historiador e do professor de História.
Diretoria ANPUH-MG
Gestão 2016/2018
Para mais informações acesse: http://www.encontro2018.mg.anpuh.org/apresentacao
História Pensante e atuante, mostrando que historiar pode ser um verbo de ação ao invés de apenas um substantivo de descrição.
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