"This is América", o vídeo clipe mais aclamado do momento destaca o racismo e outras mazelas da sociedade estadunidense.
De modo geral, a canção teve ampla recepção da crítica musical. Stephen Kearse, da revista Pitchfork, classificou a canção como "Best New Track" e salientou: "a canção "This Is America" é um reinício. Na obra, utiliza a recepção ambivalente da arte negra para representar a problemática de ser negro na América. Construída com base no contraste melódico e no sincretismo cadente, a música mostra Childish Gambino de modo confiante e cortante. Os vocais de fundo embelezam ambos os ambientes da canção, evocando gritos em êxtase e murmurações angelicais, apoiados por 21 Savage, Young Thug, Quavo, Slim Jxmmi e BlocBoy JB. [...] O vídeo de "This Is America", dirigido pelo colaborador frequente de Glover, Hiro Murai, transforma a tensão contextual em sátira. Despido e alegre, Glover atravessa um depósito dançando e atirando nas pessoas; transição esta que é escondida atrás de um sorriso. A ambivalência presente na música e no videoclipe delineiam a situação negra nos Estados Unidos."
Israel Daramola, da revista Spin, afirma que "[This Is America] serve para lembrar o quanto a morte de pessoas negras — seja pela captura em câmeras ou em vídeos de celulares — torna-se viral em nossa cultura a ponto de cercear a sensibilidade popular. Nem o videoclipe nem a canção estão cientes do escopo. Em primazia, a canção lida com o choque e com a violência para distraí-lo, capitalizando a crescente dormência cultural em ver pessoas negras sendo assassinadas. Glover, portanto, retrata a violência negra de forma detalhada e explícita – em um momento, faz alusão ao massacre da igreja de Charleston em 2015 – enquanto fala sobre o rap e a ostentação relacionada. A justaposição reflete o seu argumento contra o tratamento de morte de negros como insensível e inconsequente, fazendo, desse modo, uma descrição insensível e inconsequente."
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